Um clássico animê repleto de ação e aventura, protagonizado por simpáticos robôs de combate!
No início dos anos 2000, uma grande leva de animês com temática de batalhas entre monstros e disputas de jogos, tendo crianças como protagonistas, tomou conta da televisão brasileira. O sucesso iniciado com as séries Pokémon e Digimon logo trouxe outros títulos, como Monster Rancher, Beyblade e Yu-Gi-Oh. Dentre estes, estava um animê diferenciado, pois não apresentava duelos com monstros, cartas ou piões. Desta vez as batalhas eram entre pequenos robôs que davam título à série, Medabots.
Baseado no jogo para Game Boy, Medarot (originalmente "Medarotto"), lançado em 1997, o animê foi produzido pelo estúdio Bee Train. A exibição na televisão japonesa ocorreu entre 2 de julho de 1999 e 30 de junho de 2000 pela TV Tokyo, totalizando 52 episódios. Uma sequência, intitulada Medabots Spirits (Medarot Damashii) foi exibida entre 7 de julho de 2000 e 30 de março de 2001, com um total de 39 episódios.
Durante a exibição da série original, a franquia ganhou também uma versão em mangá. Publicado na revista Comic Bom Bom, da editora Kodansha, entre 6 de julho de 1999 e 6 de junho de 2000. O sucesso da franquia ainda lhe rendeu outros jogos de videogames, sendo lançados para consoles como Game Boy Advance, GameCube e Nintendo DS.
Medabots para Game Boy Advance. |
A distribuição ocidental da série ficou à cargo da empresa canadense Nelvana, que fez alterações em nomes de personagens e adaptou novos temas para abertura e encerramento dos episódios.
A trama se passa no ano de 2122, quando os robôs denominados Medabots serviam à humanidade, desenvolvendo os mais variados tipos de tarefas. Porém, entre as crianças, a função favorita para os robôs era a disputa de Cyberlutas. O protagonista da série era o garoto de 10 anos, Ikki Tenryou, sendo o único aluno de seu colégio a não possuir um Medabot, apesar de sempre pedir para que seus pais lhe dessem um de presente.
Certo dia, ao caminhar perto de um rio, Ikki encontra uma rara medalha. Tal peça era utilizada como a alma dos medabots, contendo suas habilidades e características. Esta medalha havia sido perdida pelo misterioso Fantasma Renegado. Mesmo sem um Medabot, o garoto guarda a medalha com muito cuidado.
Ikki já havia tentado comprar um Medabot na loja em que trabalhava o jovem Henry. Porém, o único exemplar que poderia comprar com suas economias era um antigo modelo KBT, que estava no estoque da loja há muito tempo por ser ultrapassado. Assim, o garoto prefere esperar para adquirir um modelo mais recente. Até que sua melhor amiga, Erika, a fotógrafa do jornal do colégio, se encontra em apuros com a terrível Gangue dos Roqueiros, fazendo com que ele tenha que reconsiderar e adquirir o velho Medabot para assim salvar a garota. Erika era a dona do Medabot Brass.
Henry, Metabee e Ikki. |
A princípio, Ikki tem problemas com a personalidade forte de seu novo Medabot, a quem chamou como Metabee. O robô era muito teimoso e não queria obedecer às ordens de seu dono, devido as características contidas em sua rara medalha, que também lhe conferia uma Medaforça extraordinária. Com o passar do tempo as coisas começam a mudar, e a amizade entre garoto e seu robô começa a ganhar novos rumos, abrindo caminho para que Ikki se torne um grande medalutador e ambos participem do esperado Torneio Mundial de Cyberlutas.
Entre os personagens ainda se destacam Koji, um grande medalutador e rival de Ikki. A garota rica, Karen, por quem Ikki é apaixonado. O trio Samantha, Spyke e Sloan, conhecido como a Gangue dos Malucos. O irritante garoto Rintaro, que está sempre seguindo Ikki e Metabee. Dr. Aki, presidente da Corporação Medabot. O hilário Sr. Juiz, árbitro das cyberlutas que sempre surge dos lugares mais inesperados. Ainda os principais vilões da série, conhecidos como a Gangue dos Robôs de Borracha, liderada pelo Dr. Meda-Malvado, que está sempre em busca de medalhas raras.
No decorrer dos episódios surgem vários mistérios e revelações sobre o passado dos Medabots, que tinham ligação com a antiga civilização dos Medalorians. Algumas passagens marcantes envolvem o surgimento do Medalutador Espacial X e os temidos 10 dias de escuridão.
Mesmo sendo uma série contemporânea à Pokémon e Digimon, Medabots possui um estilo de animação que remete à animês mais antigos. Seus traços, longe de depreciar a produção, tornam a animação ainda mais simpática e interessante, apresentando um estilo próprio.
Erika, Ikki, Samantha e Koji com seus respectivos medabots. |
A série estreou no Brasil em 19 de novembro de 2001 pelo extinto canal pago Fox Kids. A exibição ocorria no bloco Invasão Anime ao lado de vários outros títulos nipônicos. No ano seguinte chegou à TV aberta, pela Globo, estreando em 22 de abril no programa infantil TV Globinho com muito sucesso. Posteriormente, foi exibida também pelo extinto canal Jetix, que substituiu a Fox Kids em 2004. Consta que a série Medabots Spirits nunca foi exibida na TV aberta.
A dublagem ficou à cargo do estúdio paulista Mastersound. Contou com as vozes de Diego Marques como Ikki, Wendel Bezerra como Metabbe, Melissa Garcia como Erika, Silvia Suzy como Brass, Fábio Lucindo como Koji, Márcio Araújo como Henry, Gabriel Noya como Rintaro, Carlos Silveira como Sr. Juiz, Tatá Guarnieri como Fantasma Renegado, Luiz Laffey como Medalutador Espacial X, Walter Breda como Dr. Aki e Luiz Carlos de Moraes como Dr. Meda-Malvado. A narração ficou à cargo de Júlio Franco. O tema de abertura foi cantado por Nil Bernardes.
Vários produtos foram lançados no país, como bonecos, figurinhas (no chiclete Ping Pong Ploc), revistas de atividades, mangá (pela Editora Abril), fitas VHS e DVDs com os quatro primeiros episódios.
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