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O repórter investigativo Carl Kolchak. |
Em 11 de janeiro de 1972, a rede americana ABC exibiu um telefilme do gênero investigação/terror, chamado Pânico e Morte na Cidade (The Night Stalker). A trama apresentava um repórter investigativo chamado Carl Kolchak na pista de um serial killer, que na verdade era um vampiro. O roteiro foi baseado no livro homônimo de Jeff Rice, sendo que seus direitos haviam sido adquiridos pela emissora há alguns anos, ficando engavetado até o início da década de 70. O longa-metragem foi recorde de audiência na ocasião, fazendo com que fosse encomendado um novo filme estrelado pelo repórter, cujo título foi "A Noite do Estrangulador", estreando em 16 de janeiro de 1973. O roteiro ficou à cargo de Richard Matheson e a direção de Dan Curtis, o produtor que havia adquirido os direitos do livro para a adaptação do primeiro filme.
O sucesso do repórter Kolchak levou os produtores a pensarem em um projeto para uma série semanal, apresentando o peculiar personagem em estranhos casos envolvendo mistério e doses de terror, porém nada tão assustador que tornasse a produção restrita ao público adulto. Assim surge a série Kolchak e Os Demônios da Noite (Kolchak: The Night Stalker), estrelada pelo mesmo ator dos telefilmes, Darrin McGavin.
Na trama vemos o repórter Carl Kolchak trabalhando para o jornal S.I.I. (Serviço de Imprensa Independente - no original I.N.S., ou Independent News Service), sob às ordens de Tony Vicenzo. Kolchak vestia-se de forma peculiar, com um terno branco de finas listas negras e um chamativo chapéu de palha. Está sempre com sua câmera e gravador em mãos, agindo de modo inquieto e farejando casos sobrenaturais que nenhum de seus companheiros de trabalho, nem mesmo seu chefe, percebem.
Kolchak era visto por seus colegas como um funcionário rebelde, pois desobedecia ordens e manipulava situações para ficar com os furos de reportagem que envolviam o sobrenatural, fazendo-o levar broncas de Vicenzo, ainda que o mesmo as ignorasse. Tinha fama de excêntrico, não apenas entre os jornalistas, mas até mesmo entre a polícia, que não o deixava ter acesso a locais ou documentos que provariam suas teorias sobre a existência de fantasmas, múmias, vampiros e outros seres assustadores que assombravam a cidade.
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Ron Updyke, Carl Kolchak e Tony Vicenzo. |
Alguns dos colunistas de jornal que apareciam regularmente eram Ron Updyke e a veterana Emily Cowles, a única por quem Kolchak tinha alguma simpatia.
As táticas usadas pelo repórter quando precisava juntar pistas sobre acontecimentos envolvendo seres misteriosos envolveiam apostar dinheiro em uma espécie de loteria do sujeito responsável do Instituto Médico, a fim de conseguir acesso à informações sigilosas, e projetar armadilhas para capturar fantasmas.
O veículo de Kolchak era um belo Mustang conversível amarelo. Estava sempre dirigindo às pressas pelas ruas de Chicago, atrás de pistas, sempre se envolvendo em ações de policiais que não o queriam por perto, por julgá-lo como louco ou intrometido em assuntos que não eram de seu interesse.
Durante os episódios, o repórter enfrentou seres assustadores como lobisomem, vampiro, zumbi, homem sem cabeça, andróide, seres de outro mundo, entre outros.
Embora a série seja considerada como do gênero terror, não pode-se dizer que suas histórias assustassem a ponto de crianças ou jovens não poderem assistí-las, pois os episódios tinham um tom bastante leve, muitas vezes com Kolchak estando em situações levemente cômicas, mostrando os seres assutadores dos respectivos episódios apenas na parte final da trama, quando o protagonista torna-se costumeiramente uma espécie de herói anônimo, enfrentando-os bravamente.
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O icônico Mustang de Kolchak. |
Os episódios tinham iniciavam com Kolchak narrando suas aventuras em seu gravador portátil, geralmente terminando em frente à maquina de escrever da redação do jornal.
O marcante tema de abertura e encerramento da série foi composto por Gil Mellé, iniciando com Kolchak chegando ao trabalho assobiando um ritmo alegre que progressivamente torna-se misterioso ao som de um violino.
Produzida pela Universal Television e Francy Productions Inc., a série foi exibida originalmente nos Estados Unidos pela rede ABC entre 13 de setembro de 1974 e 28 de março de 1975, sendo finalizada com apenas uma temporada de 20 episódios, devido à baixa audiência. Apenas com o passar dos anos a produção foi considerada cult, tornando-se fonte de inspiração para o roteirista Chris Carter criar a série Arquivo X (The X-Files), um feômeno dos anos 1990.
Estreou na televisão brasileira pela TV Bandeirantes (atual Band) em 1975 e teve uma breve passagem pela TV Record na década de 1990, nunca mais sendo reprisada no país até o momento.
A dublagem ficou à cargo do estúdio paulista AIC, contando com as vozes de Amaury Costa (Carl Kolchak), José Soares (Tony Vicenzo), Muibo César Cury (Ron Updyke) e Noeli Mendes (Emily Cowles) e Carlos Alberto Vaccari (narração).
Teve lançamento dos filmes em DVD pelo selo One e da série completa pelo selo Screen Vision. Atualmente vem sendo exibida pela emissora paulista ISTV.
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