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quarta-feira, 3 de abril de 2024

ESQUADRÃO CLASSE A (1983)

 

A série que marcou a geração oitentista!
 

A década de 1980 é conhecida por sua grande variedade de produções criativas, no cinema, desenhos animados e, principalmente, nas séries de TV. Os gêneros ação e aventura se sobressaem neste período. Uma série que representou de forma brilhante tais gêneros foi Esquadrão Classe A (The A-Team). Produzida pela Universal Television e Stephen J. Canell Productions, exibida originalmente entre 23 de janeiro de 1983 e 8 de março de 1987 pela rede estadunidense NBC.

Apresentava um grupo de mercenários, veteranos da Guerra do Vietnã, que eram contratados para resolver os mais variados problemas, usando seus conhecimentos e habilidades. O grupo havia sido condenado em 1972 por um crime que não havia cometido. A equivocada acusação fez com que os veteranos fossem presos, sob alegação de um suposto roubo de banco. Logo, o grupo consegue escapar da prisão, vivendo como fugitivos e sendo contratados para as mais perigosas e mirabolantes missões.

A abertura dos episódios iniciava com uma narração que resumia a situação que levou o esquadrão a viver como um grupo de mercenários, seguido da marcante trilha sonora instrumental que nunca saiu da memoria de quem acompanhou a série.

A narração era a seguinte:

“Há dez anos, uma equipe de comandos especiais foi mandada para a prisão por um tribunal militar por crime que não haviam cometido. Esses homens escaparam da prisão militar de segurança máxima passando a viver secretamente em Los Angeles. Ainda hoje são procurados pelo governo e sobrevivem como aventureiros. Soldados da Fortuna. Se você tem algum problema, se ninguém mais puder ajudá-lo e se conseguir encontrá-los, talvez consiga contratar o Esquadrão Classe A!”.

Esquadrão A, pronto para a missão!

O "Esquadrão A" (abreviação de "Esquadrão Alpha"), como era chamado por seus próprios membros, era liderado pelo estrategista e brilhante mestre dos disfarces, John "Hannibal" Smith (George Peppard). Contava com o mal-encarado mecânico B.A. Baracus (Mr. T), que embora fosse muito valente e bom de briga, morria de medo de altura, tendo sempre que ser desmaiado por seus companheiros ao andar em aviões e helicópteros. Ainda, o galã da equipe, Tenente Templeton Peck, mais conhecido como Cara-de-Pau (interpretado por Tim Dinigan no episódio piloto, sendo substituído por Dirk Benedict no restante da série), que sempre conseguia os aparatos necessários por ser bom de papo. O lunático Capitão Murdock (Dwight Schultz), que sempre era resgatado do manicômio para realizar as missões, sendo um habilidoso piloto de aeronáves. Por fim, a garota da equipe, Amy Amanda Allen (Melinda Culea), uma repórter aliada do grupo que os acompanhava e ajudava nas missões.

Cada episódio trazia novas situações e perigosas missões aceitas pela esquadrão, como defender comerciantes de chantagistas que ameaçavam o bairro, enfrentar um grupo de fanáticos seguidores de uma seita, resgatar pessoas importantes, etc.

O principal veículo do esquadrão era o icônico furgão preto, dirigido por B.A. Personagem este, que aparentava estar sempre de mau humor e vivia discutindo com Murdock por suas loucuras.

B.A. e seu icônico furgão.

Durante suas cinco temporadas, ocorreram algumas mudanças de elenco, quando personagens como Amanda foram substituídos e outros foram inseridos ao esquadrão. Como nos casos de Tawnia Baker (Marla Heasly), que substituiu Amanda. Eddie Valez (Frankie Santana), que foi integrado ao grupo. Por fim, o General Hunt Stockwell (Robert Vaughn), para quem o esquadrão passou a prestar serviços, entre outros.

No último ano, algumas alterações no enredo e características dos protagonistas acabaram não agradando o público, culminando com o cancelamento da série. Dentre estas mudanças pode-se destacar o fato do esquadrão, que sempre trabalhou por conta própria, passar a ter um "chefe" para prestar contas, no caso o General Stockwell, e a cura da loucura de Murdock, descaracteriznado por completo o personagem que, diga-se de passagem, era um dos mais queridos e marcantes.

Assim, a série foi encerrada com um total de 98 episódios de 45 minutos de duração. Com excessão do filme piloto que teve 90 minutos. Chegou a ser um dos programas mais assistidos dos Estados Unidos durante sua exibição original, ganhando várias reprises mesmo após seu cancelamento.

No início da década de 1990, foi cogitada a produção de um longa-metragem baseado na série, onde o esquadrão teria sua inocência provada e seria perdoado pelo governo americano. Porém, infelizmente, o ator Geoge Peppard viria a falecer em 1994, engavetando assim o projeto do filme. Apenas em 2010 houve uma adaptação para o cinema, porém, contando com novo elenco para os papéis principais.

O "Esquadrão A" em sua formação original.

Estreou no Brasil em 6 de abril 1984 pela TVS (atual SBT) com grande sucesso, chegando a concorrer ao Troféu Imprensa na categoria Filme Seriado, perdendo para outra série de grande sucesso na época, A Super Máquina.

O sucesso era notório, não somente entre o público adulto, mas também com as crianças. Tal fato levou a fabricante Glasslite a lançar uma linha de brinquedos da série no mercado nacional.

Na década de 1990 passou a ser reprisada pela Globo. Já nos anos 2000 foi exibida pelo canal pago TCM e teve as duas primeiras temporadas lançadas em DVD pela Universal, contando apenas com opção de áudio original em inglês e legendas em português. Pouco depois, teve alguns volumes avulsos lançados pela Elabor Midia, contendo dois episódios por disco (apenas da primeira temporada), desta vez contando com a dublagem original.

A dublagem nacional ficou à cargo do estúdio paulista BKS, contando com as vozes de Francisco Borges como Hannibal, Antônio Moreno como B.A., Ézio Ramos como Cara-de-Pau, Hélio Porto (1ªa voz) e Nelson Batista (2ª voz) como Murdock e Nair Silva como Amy.

Atualmente, a série vem sendo reprisada pela Rede Brasil de Televisão (rede nacional) e ISTV (emissora da Baixada Santista) com sua clássica dublagem.



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sexta-feira, 1 de março de 2024

CHESPIRITO (1980)


O programa que reuniu toda a genialidade e personagens de Roberto Gómez Bolaños
 

Entre as décadas de 1950 e 60, o jovem mexicano Roberto Gómez Bolaños iniciou sua carreira como redator de televisão, rádio e cinema. Sua genialidade lhe rendeu um apelido por parte do diretor Agustín P. Delgado. Este passou a chamá-lo como o Pequeno Shakespeare, que na lígua espanhola seria Chespirito. Dentre seus principais trabalhos no citado período, destacam-se o programa humorístico Cómicos y Canciones, estrelado pela famosa dupla Viruta e Capulina, e o filme Los Legionarios, de 1958.

Chespirito teve sua primeira participação como ator ainda no programa Cómicos y Canciones, quando precisou substituir um ator que havia faltado às gravações, provando que era talentoso, não apenas na escrita, mas também em frente às câmeras. A princípio, seu foco maior era mesmo seguir escrevendo, mas novas oportunidades de atuar seguiram aparecendo. Em 1969 foi contratado pelo produtor Sérgio Pena, da TV TIM (Televisión Independiente de México), para escrever e atuar no papel principal da série humorística El Cidadano Gómez. Apesar da produção contar com apenas 7 episódios, foi o suficiente para fazer de Chespirito um dos grandes nomes do humor mexicano.

Já entre 1969 e 1970, passou a escrever para o programa Sábados de la Fortuna, onde criou o quadro Os Supergênios da Mesa Quadrada (Los supergenios de la Mesa Cuadrada). O sucesso da atração fez com que o mesmo logo se tornasse um programa independente com horário próprio. Foi nesta atração que surgiram os famosos personagens Dr. Chapatin (interpretado por Chespirito) e Professor Girafales (interpretado por Rúben Aguirre), que posteriormente seriam utilizados nas séries de maior sucesso de Bolaños, Chaves e Chapolin Colorado.

Os Supergênios da Mesa Quadrada: Ramón, Maria Antonieta, Dr. Chapatin e Prof. Girafales

A partir de outubro de 1970, o programa mudaria de nome para Chespirito, onde várias esquetes estreladas pelos personagens de Bolaños eram exibidas, agora com duração de uma hora. Foi nesta fase que surgiria o herói atrapalhado, Chapolin Colorado, e pouco depois o garoto do barril, Chaves. Outras esquetes que se destacam neste período são Chaparrón Bonaparte (Los Chifladitos), Chompiras e Peterete (Os Ladrões), Dr. Chapatin e outras histórias soltas de Chespirito.

Esta fase do programa durou até meados de 1973, quando os personagens Chaves e Chapolin passaram a ter maior destaque, substituindo assim o programa Chespirito com suas respectivas séries independentes. Tais séries foram exibidas por vários anos, sendo o programa de Chapolin Colorado encerrado em 1979 e Chaves no início de 1980.

Com o final das duas citadas séries, Bolanõs planejava o retorno de seu clássico programa humorístico composto por várias esquetes de seus personagens, agora estando na maior emissora do México, a Televisa. Assim, mesmo com seus programas indepedentes encerrados, Chaves e Chapolin ainda seriam atrações da nova fase do programa Chespirito, ao lado de outros personagens como Chompiras e Botijão (Los Caquitos), Chaparrón Bonaparte (Los Chifladitos), Dr. Chapatin e Vicente Chambón (La Chicharra).

Quadro de reestreia de Chaparrón Bonaparte em 1980.

Na primeira metade da década de 1980, o programa Chespirito era composto, na maioria das vezes, por quatro ou cinco esquetes semanais dos citados personagens. Embora, em algumas ocasiões, houvessem programas inteiros dedicados a uma única história de 45 minutos (fora os intervalos comerciais). Dentre estes programas especiais, com apenas uma esquete em destaque, estavam vários episódios de Chaves e Chapolin Colorado. Curiosamente, um destes episódios de Chapolin, intitulado "Aventuras em Marte", gravado em 1981, contava com duas partes e foi editado como um filme de 90 minutos, sendo dublado e exibido no Brasil pelo SBT em 1998 na sessão Cinema em Casa.

Destaque para as esquetes do personagem Vicente Chambón, intitulado La Chicharra, que apresentava o repórter homônimo (interpretado por Chespirito) que era muito atrapalhado e distraído, sempre trabalhando ao lado de sua melhor amiga, a fotógrafa Cândida (Florinda Meza). Tal esquete fora baseada em uma pequena série de mesmo nome, apresentada em apenas 14 episódios no ano de 1979, substituindo a série Chapolin Colorado.

A partir da segunda metade da citada década, mais precisamente no ano de 1987, o programa começou a dar maior destaque para as esquetes de Chompiras e Botijão (Los Caquitos). Baseada na antiga esquete Os Ladrões, estrelada por Chespirito e Ramón Valdéz no início dos anos 70, agora a dupla tinha como o novo parceiro de Chompiras o egocêntrico Botijão, interpretado por Edgar Vivar. Na primeira metade da década, as esquetes seguiam o mesmo padrão das histórias da dupla de ladrões atrapalhados que nunca conseguiam roubar nada. Já em 1987, uma nova fase chegava, mostrando a dupla arrependida de seus crimes e passando a trabalhar no hotel do Senhor Lúcio (Don Lucho), interpretado por Carlos Pouliot.

Além das esquetes dos personagens mais conhecidos, como o médico ranziza Dr. Chapatin e a dupla de loucos Chaparrón Bonaparte e Lucas Pirado (Lucas Tañeda), haviam também novos personagens, como Dom Caveira, um dono de funerária com um humor um tanto sombrio, e esquetes em homenagem à personagens clássicos, como O Gordo e o Magro (brilhantemente interpretados por Edgar Vivar e Chespirito, respectivamente) e por vezes homenageando importantes figuras da história, como Guilherme Tell e Cristóvão Colombo.

Chompiras, Chimoltrúfia e Botijão em Los Caquitos.

Após a mudança nas histórias de Chompiras, a esquete foi gradativamente tornando-se o carro-chefe do programa, chegando ao ponto de nos anos 90 ser praticamente o único quadro apresentado nos 45 minutos da atração, por vezes sendo acompanhado por pequenos quadros de Dom Caveira, Chaparrón e Dr. Chapatin. Especialmente após o ano de 1993, quando Chaves e Chapolin deixaram de ser gravados definitivamente.

As tramas passadas no dia a dia do Hotel do Senhor Lúcio agradaram o público mexicano, tornando os personagens da esquete extremamente populares. Destaque para a escandalosa Chimoltrúfia, brilhantemente interpretada por Florinda Meza. Era a camareira do hotel, que vivia cantarolando aos berros, enquanto fazia seu trabalho. Botijão era o ascensorista do elevador, sendo que sempre mandava os hóspedes subirem pela escada, já que o equipamento não suportava seu peso. Chompiras, o astro da esquete, era um despreocupado carregador de malas, que fazia seu trabalho apenas quando lhe ofereciam boas gorjetas.

Em 1993 houve outra mudança no enredo dos episódios, quando o trio Chompiras, Botijão e Chimoltrúfia ficaram desempregados durante algum tempo. Logo conseguiram trabalho em outro hotel, chamado Boa Vista, de propriedade do Seu Cecílio, interpretado por Moisés Suárez.

A popularidade da esquete, especiamente da personagem Chimoltrúfia, levou a editora mexicana Pregón Editorial a publicar a revista em quadrinhos La Chimoltrufia, entre 1990 e 1994. Entre os anos 70 e 80, vários personagens de Chespirito haviam ganhado publicações em quadrinhos, como Chaves, Chapolin e até mesmo Los Caquitos. Porém, o fato de ser lançada uma revista com uma personagem que, à princípio, era secundária, mostra sua importância e sucesso junto ao público.

Revista em quadrinhos de La Chimoltrufia nº 3, publicada nos anos 90.

Assim como na fase clássica das séries Chaves e Chapolin, nos anos 70, as esquetes de Chompiras contavam com vários episódios marcantes e até mesmo sagas de dois ou mais episódios. Dentre estes estão "Hospital do Barulho", "Atentado ao Delegado", "Ali Babá e os 40 Comilões", "A Volta de Chamóis, o Bandido das Mil Faces", "Corra que o Gorila vem aí", "A Praça Não é Nossa", "Procurando Emprego", entre outros.

O programa foi exibido até 1995. Neste ano, o mesmo foi perdendo espaço na grade da Televisa, chegando a ter apenas 30 minutos de duração em seus episódios finais, já que a emissora estava passando por reformulações e não mais exibiria atrações humorísticas na faixa noturna. O último programa foi exibido em 25 de setembro de 1995, sendo composto pelos esquetes: Dr. Chapatin: "O Depósito",  Chespirito: "O Bêbado e a Casa Maluca", Chompiras: "Um Dia no Zoológico".

 

A EXIBIÇÃO NO BRASIL

Após 13 anos de sucesso das séries Chaves e Chapolin no Brasil, exibidos pelo SBT desde 1984, chegava ao país uma grande novidade envolvendo os até então "novos" e desconhecidos personagens de Roberto Bolaños. Em 1997, era a vez de outra emissora assinar um contrato para a exibição de produtos da Televisa, a rede CNT. O pacote contava com várias telenovelas e, a grande supresa humorística, programa Chespirito.

Várias chamadas especiais eram exibidas com grande destaque durante os intervalos da emissora, enquanto o público aguardava ansiosamente para conhecer o novo programa, assim como para conhecer seus respectivos personagens. A estreia ocorreu em um domingo, 30 de maio de 1997. Logo a exibição se estendeu a todos os dias da semana, em horário nobre, no ínicio da noite. 

 

Recorte de jornal da época, mencionando a estreia de Chespirito.

Foram exibidos cerca de 100 episódios das temporadas gravadas entre 1990 e 1995, que ganharam dublagem, à princípio no estúdio paulista BKS. Chespirito foi dublado por Sérgio Galvão, já que o dublador oficial de Chaves e Chapolin no SBT, Marcelo Gastaldi, havia falecido em 1995. Os demais dubladores originais foram mantidos, em sua maioria. Duas exceções foram os personagens dos atores Rúben Aguirre e Edgar Vivar, que originalmente eram dublados por Mário Vilela e Osmiro Campos, respectivamente. Os personagens de Aguirre aqui ganharam a voz de Sidney Lilla, enquanto os de Vivar a voz de Ivo Roberto "Tatú".

Um segundo lote chegou a ser dublado por outro estúdio, a Parisi Video, também de São Paulo, onde o elenco da versão BKS foi mantido. Consta que em certa altura do trabalho, o dublador dos personagens do ator Raúl Padilla (O carteiro Jaiminho em Chaves), no caso Eleu Salvador, precisou ser substituído. Na ocasião, o diretor de dublagem, José Parisi Júnior, escalou Mário Vilela em seu lugar, mas infelizmente estes episódios não chegaram a ser exibidos antes do término de contrato da CNT com a Televisa.

"Clube do Chaves", o novo título do programa Chespirito no SBT.

Quatro anos mais tarde, o SBT anunciou a estreia do programa Chespirito. Porém, com novo título, adaptado para Clube do Chaves, e nova dublagem realizada no estúdio paulista Gota Mágica, que escalou o ator Cassiano Ricardo na voz do protagonista. A estreia na emissora ocorreu em um sábado, 2 de junho de 2001, às 13h30.  Os episódios exibidos, assim como na CNT, eram das temporadas gravadas entre 1990 e 1995.

Os grandes problemas da exibição da série no SBT foram a mudança do título do programa, focando no personagem Chaves, que já não era o carro-chefe de Chespirito neste período, e a tradução para a dublagem. Muito diferente do humor sadio de Bolaños, que o público estava acostumado, foram usados alguns termos baixos que não estavam nos scripts originais. Até mesmo nomes de personagens foram trocados, como no caso de Chompiras que virou "Chaveco" e Chaparrón Bonaparte, agora chamado como "Pancada Bonaparte". Logo, as exibições aos sábados foram canceladas, mais precisamente em 4 de maio de 2002, e o programa voltou apenas em meados de 2006 como tapa-buraco nas madrugadas da emissora. Entre janeiro e junho de 2017, o Clube teve sua última, e breve, passagem pela emissora no horário do almoço.

Na TV paga, o programa foi exibido com o título As Novas Aventuras do Chaves, pela emissora TLN (pertencente à Televisa) com a dublagem da Gota Mágica. Em meados de 2019 foi disponibilizado para o assinantes do serviço de streaming da Amazon, Prime Video, deixando o catálogo em 2020 quando o programa, assim como as séries Chaves e Chapolin, teve sua exibição bloqueada em todo o mundo por impasse de direitos autorais.

Entre 2005 e 2008, a distribuidora Amazonas Filmes lançou vários episódios de Chespirito, ao lado de Chaves e Chapolin, em 8 boxes de DVDs no mercado nacional. As grandes novidades do lançamento foram a nova dublagem, realizada pelo Studio Gábia-SP, e o grande número de episódios inéditos disponíveis nos discos, incluindo alguns da primeira fase dos anos 80. Na ocasião, os personagens de Chespirito foram dublados por Tatá Guarnieri, que embora tenha dividido opiniões como a nova voz de Chaves e Chapolin, fez um trabalho primoroso em Chompiras, Dr. Chapatin e Chaparrón Bonaparte.

 


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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

GORENGER (1975)

O Esquadrão Secreto Gorenger!

 Conhecendo a série precursora da franquia Super Sentai que chegou ao Brasil em mangá.

Desde a estreia da série Esquadrão Relâmpago Changeman no Brasil, na segunda metade da década de 1980, o público passou a conhecer e admirar as séries tokusatsu da franquia Super Sentai. Esta apresenta esquadrões, geralmente compostos por cinco heróis, com uniformes coloridos, lutando contra terríveis impérios que pretendem dominar a Terra. Além de Changeman, outras três séries desta franquia foram exibidas posteriormente na televisão brasileira, sendo Goggle V - Os Guerreiro do Espaço, Comando Estelar Flashman e Defensores da Luz Maskman. Porém, a série que iniciou a citada franquia foi exibida no Japão no ano de 1975. Seu título é Himitsu Sentai Gorenger (Esquadrão Secreto Gorenger).

A princípio, Gorenger seria uma série isolada, já que na época não se cogitava a criação de uma franquia nos moldes apresentados pela produção. O termo "sentai" foi usado pela primeira vez no título da série Taiyo Sentai Sun Vulcan, de 1981. A produtora Toei Company oficializou a franquia como tendo sido iniciada com a série Battle Fever J, de 1979. Posteriormente, as séries Gorenger e JAKQ, exibidas em 1975 e 1977, respectivamente, passaram a figurar na lista como as duas primeiras produções.

Shotaro Ishinomori, o criador da série.
 

A criação de Gorenger foi uma sugestão do produtor Toru Hirayama (1929-2013), sendo seu conceito desenvolvido pelo renomado mangaká Shotaro Ishinomori (1938-1998), autor de títulos aclamados, como Kamen Rider e Kikaider. Enquanto as séries tokusatsu dos anos 60 foram marcadas por heróis gigantes, como Ultraman e Vingadores do Espaço, o início dos anos 70 trouxe heróis solitários que lutavam em tamanho humano, como Lion Man e o já citado Kamen Rider. No intuito de fazer algo diferenciado, Ishinomori trouxe uma temática inovadora para os live action, criando uma equipe com cinco heróis que enfretariam uma organização maligna. Grupos de heróis já haviam sido apresentados em animês, como Gatchaman e Cyborg 009 (criado pelo próprio Ishinomori), sendo algo pouco explorado em séries tokusatsu.

Assim, em 5 de abril de 1975, estreia na televisão japonesa, com produção da Toei Company, a série Himitsu Sentai Gorenger (em português pode ser traduzido como "Esquadrão Secreto Gorenger"), pela NET (atual TV Asahi). O sucesso foi imediato e seu último episódio foi ao ar em 26 de março de 1977, totalizando 84 episódios. Uma marca considerável para um tokusatsu, cujas séries não costumam passar da casa dos 50 episódios. Devido à grande repercussão, foi encomendada outra série nos mesmos moldes para estrear ainda em 1977. A série seguinte, também criada por Ishinomori e produzida por Hirayama, foi chamada como JAKQ.

Os vilões recebendo ordens de Führer da Cruz Negra

A trama de Gorenger se inicia quando a Terra é ameaçada por uma terrível organização terrorista, chamada como Exército da Cruz Negra. Tal organização tinha por objetivo a destruição do planeta. Seu líder era o cruel Führer da Cruz Negra e contava com vários generais e monstros a seu serviço. Apenas a organização EAGLE (Earth Guard League) teria condições para defender a humanidade desta terrível ameaça.

O primeiro episódio mostra o Exército da Cruz Negra atacando as várias bases da EAGLE. Neste ataque foram mortos quase todos os oficiais, exceto cinco soldados. Estes foram convocados pelo chefe da EAGLE Japão, Gonpachi Edogawa, para integrar um esquadrão secreto chamado Gorenger. Sua base secreta ficaria localizada abaixo do restaurante "Snack Gon". Ali receberiam instruções sobre suas missões em defesa da Terra. Ainda contariam com vários equipamentos e veículos de combate, como a fortaleza voadora Variblune.

Daita Oiwa, Akira Shinmei, Tsuyoshi Kaijo, Peggy Matsuyama e Kenji Asuka.

Os cinco jovens oficiais receberiam trajes de combate que lhes concederia grande força e habilidades especiais. Cada um teria uma cor, codinome e ataques específicos. Estes jovens eram Tsuyoshi Kaijo, o líder da equipe, com seu traje de combate vermelo é chamado como Akarenger. Akira Shinmei, o segundo em comando, com seu traje de combate azul é chamado como Aorenger. Daita Oiwa, possuidor de grande força física, com seu traje de combate amarelo é chamado como Kirenger. Peggy Matsuyama, a única garota da equipe, com seu traje de combate rosa é chamada como Momorenger. Finalmente, Kenji Asuka, o mais jovem da equipe, com seu traje de combate verde é chamado como Midorenger.

O personagem Daita Oiwa se destaca por sua personalidade forte, grande força física e estar sempre com fome, almoçando no restaurante Snack Go nas horas vagas. Além destas características, foi promovido a Chefe da filial de Kyushu da EAGLE, sendo substituído na equipe Gorenger por Daigoro Kumano, entre os episódios 55 e 67. Daigoro morre em um dos combates, fazendo com que Daita voltasse ao posto de Kirenger.

Gorenger ganhou seis filmes especiais, entre 1975 e 1978, sendo que o último colocou o esquadrão ao lado dos heróis da série JAKQ. A série é tida como um dos maiores clássicos da televisão japonesa. Além do Japão, foi exibida também nas Filipinas, onde fez grande sucesso e foi chamada como Star Rangers.

Ganhou adaptação para mangá, publicado entre abril de 1975 e julho de 1976 na revista Shonen Sunday, da editora Shogakukan, rendendo dois volumes. Em 2022, o título foi anunciado no mercado brasileiro, pelo selo Xogum da editora NewPOP, sendo que posteriormente o lançamento foi adiado para 2023.

Capa do mangá lançado no Brasil pela NewPOP Editora.
 
 
 
 
 
 
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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

COLUMBO (1971)

Columbo/Universal Studios

Um investigador brilhante e peculiar!

Nas décadas de 1960 e 70, surgiram vários seriados norte-americanos com temática investigativa, estrelando os mais variados tipos de detetives. Dentre estes um se destacou, não apenas por seus roteiros inteligentes, mas também por seu protagonista que passava longe de ser um galã. Esta série chamava-se Columbo, sendo considerada, até os dias de hoje, como um marco no gênero.

O personagem central, chamado como Tenente Columbo (Peter Falk), investigava casos envolvendo criminosos, sempre montando as peças dos quebra-cabeças de forma bastante peculiar. Com aspecto de um detetive lento e desinteressado, sabia levar suas testemunhas de forma que não percebessem que estavam sendo importantes peças no jogo investigativo. 

Além de seu jeito próprio de investigar, o Tenente da Divisão de Homícidios da Polícia de Los Angeles veste sempre um jaleco de aspecto surrado e envelhecido. Seu veículo era um Peugeot 403 Cabriolet.

Outra característica marcante no personagem era sempre citar sua esposa, chamada Kate, embora esta nunca apareça nos episódios.

Columbo e seu Peugeot 403

Curiosamente, o personagem não fora criado originamente para a série de TV, mas para o telefilme Enough Rope, gravado em 1961, baseado em uma história criada por William Link e Richard Leviston, publicada na revista Alfred Hitchcocks's Mistery Magazine. O Tenente Columbo, na verdade, não existia na história original, sendo uma inserção adaptada para o filme. 

Algum tempo depois também houve uma adaptação para peça de teatro, sendo nesta ocasião intitulada Prescription for Murder, que assim como o filme contava com o personagem. Mesmo não sendo o protagonista da trama, Columbo, aqui interpretado por Thomas Mitchell, chamou muito a atenção do público. Notando o sucesso do investigador, os autores decidiram usá-lo como astro de uma série de TV.

Antes da estreia dos episódios regulares foi gravado um filme piloto. Para estrelar a versão televisiva de Columbo convidaram o ator Peter Falk, que ficaria marcado para sempre como o peculiar detetive de jaleco surrado e grande inteligência. O piloto estreou em 20 de fevereiro de 1968.

Os episódios regulares da série só foram exibidos na televisão à partir de 1971, contando com temporadas curtas, tendo uma média de 3 a 8 episódios cada. A razão do baixo número de episódios por temporada era o fato da série ser apresentada em um bloco que contava com outros títulos, sendo cada série exibida em determinado período do ano.


  
    Ao centro o famoso ator Leslie Nielsen, como convidado em um dos episódios.

Cada episódio tinha início com o caso dia, apresentando um assassinato e seu respectivo contexto. Na maioria das vezes o público já tinha o conhecimento de quem era o assassino. Apenas no segundo bloco o protagonista aparecia, já investigando o caso a seu modo peculiar, conversando com as testemunhas e montando as peças do quebra-cabeça, demonstrando sua genialidade que contrastava com seu modo de agir, assim como com sua aparência um tanto desleixada.

As temporadas foram gravadas e exibidas até o ano de 1978, quando houve um grande hiato da série sem novos episódios. As gravações foram retomadas em 1989, tendo seus últimos episódios gravados em 1994. Ainda teve 8 especiais para a TV, gravados entre 1991 e 2003.

A série teve um total de 69 episódios, divididos em 11 temporadas, produzidos pela Universal e exibidos pela rede NBC.

Box de DVD's lançado no Brasil

Estreou no Brasil em meados de 1972 pela extinta TV Tupi, sendo apresentada nas noites de sábado ao lado de outras séries de investigação no bloco denominado Os Detetives. Posteriormente, teve passagens pela TV Record e TVS (SBT), sendo exibida até o final da década de 1980 na TV aberta. No final da década de 1990 foi exibida pelo extinto canal pago USA Network. Desde fevereiro de 2022 vem sendo exibida nas noites de segunda-feira no bloco Séries de Ouro da Rede Brasil de Televisão.

A dublagem nacional ficou à cargo do extinto estúdio carioca Herbert Richers, onde Columbo ganhou a voz de Nilton Valério nos primeiros episódios, sendo posteriormente substituído por Celso Vasconcellos.

As três primeiras temporadas foram lançadas em DVD pela Universal no início dos anos 2000. Porém, apenas a segunda temporada continha a dublagem original em português, enquanto as demais vinham com áudio original em inglês e apenas legendas em português. Posteriormente, a distribuidora lançou um novo box compacto com 5 discos, contendo a primeira temporada com a respectiva dublagem dos estúdios Herbert Richers.


CURIOSIDADES:

- O primeiro nome de Columbo nunca foi citado na série.

- Há quem diga que a série Monk - Um Detetive Diferente (2002) foi inspirada em Columbo, já que ambos os protagonistas são detetives brilhantes e possuem perfis peculiares.

 

 

 
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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

CHAVES (1973)

 

Chaves e a vizinhança mais querida da televisão!

Em 26 de fevereiro de 1973 estreava na televisão mexicana uma das séries de maior sucesso em toda a América Latina, Chaves (El Chavo Del Ocho). Apresentava as aventuras de um garoto que vivia em uma vila. Embora muito pobre, estava sempre brincando com seus amigos da vizinhança e gostava de se esconder em um barril. O personagem foi criado e interpretado por Roberto Gómez Bolaños (Chespirito). Embora a série tenha estreado em 1973, a primeira aparição do personagem ocorreu em 1971, dentro do programa Chespirito, onde vários personagens de Bolaños estrelavam seus próprios quadros humorísticos. Dentre estes quadros, dois se destacaram a ponto de chamar a atenção dos executivos da emissora, tornando-se séries independentes, sendo o próprio Chaves e o Chapolin Colorado.

A série apresentava o dia a dia do personagem homônimo, juntamente com os demais moradores da vila de propriedade do bondoso Sr. Barriga (Edgar Vivar). Sempre que este chegava para cobrar os aluguéis dos inquilinos, era recebido acidentalmente com uma pancada pelo garoto Chaves. Dentre os moradores está a rabugenta Dona Florinda (Florinda Meza), conhecida por seu mau humor e por mimar seu único filho. A prestativa Dona Clotilde (Angelines Fernández), mais conhecida pelas crianças como a Bruxa do 71. Finalmente, o simpático, porém preguiçoso, Seu Madruga (Ramón Valdéz). Um homem viúvo que vive com sua filha e está sempre fugindo do Sr. Barriga para não pagar os 14 meses de aluguel que lhe deve.

Quico, Chaves e Chiquinha 

Entre as crianças da vizinhança estava Quico (Carlos Villagrán), o filho de Dona Florinda, que embora não gostasse de emprestar seus brinquedos era o melhor amigo de Chaves. Chiquinha (Maria Antonieta de las Nieves), a esperta filha de Seu Madruga, que sempre pregava peças em Chaves e Quico. Nhonho (Edgar Vivar), filho do Sr. Barriga, que embora não fosse morador da vila, frequentava o local em algumas ocasiões para brincar com as crianças. Pópis (Florinda Meza), a sobrinha de Dona Florinda, conhecida por sua fala fanha e carregar sempre sua boneca, Serafina. Finalmente, Godínez (Horácio Gómez), um garoto de poucas palavras, colega de classe das demais crianças. Não era morador da vila, aparecendo em raras oportunidades.

Outros personagens fixos eram o egocêntrico Professor Girafales (Rúben Aguirre), mestre das crianças na escola que estava sempre visitando a casa de Dona Florinda, por quem apaixonado. A resmungona Dona Neves (Maria Antonieta de las Nieves), bisavó da Chiquinha, que foi morar com a garota após a partida de Seu Madruga. Finalmente, o carteiro Jaiminho (Raúl "Chato" Padilla), sempre tentando "evitar a fadiga" e fazendo questão de que todos saibam que nasceu em Tangamandápio.

Seu Madruga e Sr. Barriga

A maior parte dos episódios se passava no pátio principal da vila, onde ficavam as casas de Dona Florinda, Dona Clotilde e Seu Madruga. Nestes também haviam algumas cenas internas nas casas dos citados personagens, exceto de Dona Clotilde, onde em apenas um episódio é mostrada a parte interior, como se fosse uma casa de bruxa, já que o acontecimento era fruto da imaginação de Chaves, Quico e Chiquinha. Outros episódios se passavam na rua, no segundo pátio e na escola, onde o Professor Girafales tentava ensinar seus alunos da melhor maneira, embora as trapalhadas dos mesmos tornassem tal tarefa praticamente impossível.

Na temporada final, gravada em 1979, boa parte das histórias se passavam no restaurante de propriedade de Dona Florinda. Tal mudança ocorreu em decorrência das saídas dos atores Carlos Villagrán e Ramón Valdéz, interpretes de Quico e Seu Madruga, respectivamente. A solução encontrada por Bolaños foi mudar o ambiente em boa parte dos episódios, tirando o foco das ausências destes personagens tão marcantes.

Dona Clotilde, Professor Girafales e Dona Florinda no restaurante

Ainda houveram episódios específicos que se passavam em outros ambientes no decorrer das temporadas, como uma barbearia no episódio "Confusão no Cabeleireiro" e o terreno da esquina no episódio "O Futebol Americano", ambos de 1976. O parque central no episódio "O Fotógrafo" de 1977. O cinema em "Vamos ao Cinema?" de 1979. E finalmente, o icônico  episódio que se passava no Hotel Continental em Acapulco, na saga "Os Farofeiros" de 1977.

Os episódios geralmente tinham seus roteiros encerrados em uma única parte. Porém, haviam várias sagas marcantes, contendo de duas à quatro partes, que marcaram a memória do público, como a já citada "Os Farofeiros", "Nem Todos os Bons Negócios, São Negócios da China", "A Sociedade" "Os Espíritos Zombeteiros", "O Festival da Boa Vizinhança", entre outros.

Chompiras e Peterete

Nas primeiras temporadas costumava-se apresentar pequenos esquetes dos ladrões Chompiras e Peterete, interpretados por Chespirito e Ramón Valdéz, respectivamente, antes da história principal com a turma do Chaves. Assim como ocorria com as esquetes de Dr. Chapatin na série Chapolin Colorado. Os personagens deste quadro foram chamados no Brasil como Beterraba e Carne Seca.

A série foi exibida na televisão mexicana, pela Televisa, entre 26 de fevereiro de 1973 e 7 de janeiro de 1980, quando deu lugar à nova fase do programa Chespirito. Ainda assim, Chaves seguiu sendo gravado como uma esquete do citado programa, tendo seu último episódio exibido em 1992, exatamente três anos antes do encerramento do programa na emissora.

O título original do programa era El Chavo Del Ocho ("O Chaves do Oito" em português), pois o programa Chespirito foi exibido inicialmente na TV Tim, canal 8 do México, que ainda na primeira metade da década de 1970 uniu-se à Televisa, canal 2. Assim, para justificar o "Ocho" do título, usaram o argumento de que o garoto Chaves vivia na casa número 8 da vila.

Capa do LP nacional da série

Chegou ao Brasil no início da década de 1980, quando a recém inaugurada emissora TVS (atual SBT) adquiriu um pacote de novelas com a Televisa. Neste mesmo pacote vieram as séries Chapolin Colorado e Chaves (ler matéria sobre a chegada das séries ao Brasil no link ao final do post). A princípio foram dublados alguns episódios como teste nos estúdios da própria emissora, que contava com empresas terceirizadas cedendo dubladores para suas produções. No caso de Chaves e Chapolin, a empresa responsável foi a MAGA, de propriedade de Marcelo Gastaldi

Nestes episódios de teste, nota-se uma diferença nas vozes de alguns personagens, como Chaves, Quico e Chiquinha (inicialmente dublada como "Francisquinha"), pois os dubladores ainda não haviam encontrado o timbre ideal que seria mantido até o final da dublagens. Por tal razão, alguns episódios como "O Leiteiro" e "Na escola...Domingo!" apresentam os citados personagens com vozes mais agudas.

Estreou na TVS em 24 de agosto de 1984, tornando-se destaque na programação em poucos meses de exibição. Foi exibida em programas como TV Poww e Sessão Premiada, logo ganhando horário próprio, passando por praticamente todos os horários da grade. O sucesso junto ao público fez com que a encomenda de novos lotes de episódios fossem realizadas em 1988, 1990 e 1992. Ficou no ar, quase que ininterruptamente, entre 1984 e 2020, quando saiu do ar em todo o mundo devido a um impasse de direitos autorais entre a emissora que produziu a série e os detentores dos roteiros e personagens.

Logo da série na abertura exibida pelo SBT até 1993

Durante os anos de exibição, o SBT produziu algumas aberturas alternativas para a série. Sendo que a última alteração ocorreu em 1993, quando foi padronizada a abertura com a contagem regressiva mostrando os rostos dos personagens, ao som da música "Aí Vem o Chaves". Esta canção era o tema principal do LP da série lançado no país em 1989.

A dublagem da MAGA contou com as vozes de Marcelo Gastaldi como Chaves, Nelson Machado como Quico, Carlos Seidl como Seu Madruga, Marta Volpiani como Dona Florinda/Pópis, Sandra Mara (1ª voz) e Cecília Lemes (2ª voz) como Chiquinha/Dona Neves, Potiguara Lopes (1ª voz) e Osmiro Campos (2ª voz) como Professor Girafals, Silton Cardoso (1ª voz) e Élcio Sodré (2ª voz) como Godinez e Older Cazarré como Jaiminho. 

A exibição não se limitou à TV aberta, pois em meados de 2010 foi exibida em alguns canais da TV por assinatura, como Cartoon Network, Boomerang, TBS e Multishow. Este último foi o único a exibir todos os episódios disponíveis, pois além de exibir todos os que possuiam dublagem MAGA, mandou dublar os que ainda estavam inéditos no estúdio Rio Sound. Ainda teve passagem pelo serviço de streaming Prime Video.

Chaves em desenho animado.

Em 2007 ganhou uma adaptação em desenho animado. Na ocasião a personagem Chiquinha não apareceu no desenho por questões de direitos autorais. Atualmente a série animada conta com mais de 130 episódios, divididos em 7 temporadas.

Ganhou vários produtos no mercado nacional como brinquedos, LP, fitas VHS, gibis e álbuns de figurinhas. Em 2005, a distribuidora Amazonas Filmes lançou uma coleção em 8 boxes de DVDs com episódios das séries Chaves, Chapolin e Chespirito. Estes foram lançados com nova dublagem realizada no Studio Gábia, onde o protagonista foi dublado por Táta Guarnieri.

Isso, isso, isso!!!

Leia também:

"CHAVES" E "CHAPOLIN": SUCESSOS QUE CHEGARAM AO BRASIL POR ACIDENTE



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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

TEATRO DOS CONTOS DE FADAS (1982)

 Os contos de fadas são histórias que fazem parte da vida das pessoas de modo geral. Desde a infância o contato com este tipo de contos é muito comum através de livros, filmes e até mesmo o fato de ouví-los diretamente dos pais ou avós. Quem nunca ouvir falar em personagens como Chapéuzinho Vermelho, Pinóquio ou Os Três Porquinhos? Estes são protagonistas de alguns dos mais famosos contos de fadas. Ainda existem muitos outros títulos pertencentes ao gênero, até mesmo alguns desconhecidos do público em geral.

Na década de 1980, a atriz norte-americana Shelley Duvall, grande admiradora de tais contos, produziu uma série que popularizou ainda mais o gênero entre crianças e adultos. O programa se chamava Teatro dos Contos de Fadas (Faerie Tale Theatre) e contava com grandes atores e diretores de Hollywood. A produção apresentava os contos mais populares, assim como outros menos conhecidos.

Shelley Duvall no papel de Rapunzel.

Shelley teve a ideia de produzir a série em 1980, durante as gravações do filme live-action do icônico Marinheiro Popeye, onde atuava ao lado de Robin Willians. A atriz estava lendo o conto A Princesa e o Sapo e conversando sobre o mesmo com o citado ator. Curiosamente, a série estreou em 1982, tendo como seu primeiro episódio justamente o conto lido pela atriz durante as gravações de Popeye, estrelando o próprio Robin Wiliians como o Príncipe Sapo.

A série de antologia (que conta com elenco e histórias diferentes a cada episódio) estreou na televisão americana, pela rede Showtime, em 11 de setembro de 1982, contando com produção da Gaylord ProductionLion´s Gate Entertainment Corporation e Platypus Productions. Foi exibida até 14 de novembro de 1987, totalizando 27 episódios com duração de 39 à 58 minutos, divididos em 6 temporadas.

A apresentação das histórias era feita pela própria Shelley Duvall, que também atuava em alguns episódios. A série contou com grandes nomes do cinema para estrelar os contos, como Peter MacNicol, Billy Crystall, Christopher Reeve, Susan Sarandon, Eric Idle, Melissa Gilbert, Leonard Nimoy, entre outros. Entre os diretores dos episódios estiveram nomes como Francis Ford Copola, Eric Idle e Tim Burton.

Cena do episódio "Os Três Porquinhos"

Um fato interessante foi a fidelidade dos roteiros aos contos originais, já que Shelley fazia questão de não fazer muitas adaptações às obras. Diferente do que se vê em adapatações para cinema, como nas animações de Walt Disney, onde muitas vezes até mesmo os finais dos contos são alterados para que sejam sempre felizes. Um bom exemplo é comparar a animação A Pequena Sereia de Disney com o episódio homônimo da série Teatro dos Contos de Fadas, onde vários elementos, especialmente o desfecho, são totalmente opostos.

Dentre os contos mais populares, destacam-se na série os episódios Os Três Porquinhos, João e o Pé de Feijão, Chapéuzinho Vermelho, Pinóquio, Cinderella, O Gato de Botas, entre outros. Há também contos menos populares, como O Dorminhoco (Rip Van Winkle), O Menino Que Saiu de Casa Para Saber O Que Era o Medo, As Princesas Dançarinas, A Polegarzinha, A Princesa que Nunca Sorria e A Rainha da Neve. Ainda há outros considerados quase, ou totalmente, desconhecidos pelo público, como O Rouxinol.

Dentre os episódios, há um especial que não apresenta nenhum conto específico, mas um reecontro dos personagens apresentados nas primeiras temporadas do programa. Ainda neste especial, Shelley é julgada pelos Irmãos Grimm, por ter adaptado seus contos para a televisão. Este é o episódio de número 19, intitulado Grimm Party, pertencente à quarta temporada do show. Infelizmente, este foi o único episódio nunca exibido na televisão brasileira.

A ideia de Shelley era trazer um clima realmente teatral para a televisão, o que conseguiu realizar com louvor, já que os cenários e iluminação dos episódios possuíam aspectos que levavam o telespectador a usar sua suspensão de descrença. Assim como ao se assistir uma peça no teatro, a série contava cenários visivelmente longe da realidade, mas que traziam uma sensação fantasiosa e convincente.

Cena do episódio "O Gato de Botas"

Estreou no Brasil em meados da década de 1990, pela TV Cultura, sendo exibida semanalmente com grande sucesso. Retornou à emissora no ano 2000, onde foi apresentada nas tardes de sábado, na faixa das 16h00. Neste período muitos puderam rever, ou até mesmo conhecer, o programa. O público aguardava ansiosamente pelo episódio do sábado seguinte, anunciado durante toda a semana em chamadas especiais da emissora. Ainda teve uma última reprise entre 2010 e 2012, sendo exibida diariamente na faixa das 12h00.

A dublagem foi realizada inicialmente no estúdio BKS, contando com a voz de Dráuzio de Oliveira como narrador e Cecília Lemes como Shelley Duvall nas apresentações dos contos. A segunda leva de episódios a chegar no país ganhou dublagem no estúdio Álamo, contando com as vozes de Nano Filho como narrador e Neuza Azevedo como Shelley Duvall. Os demais personagens não eram fixos, portanto o elenco de vozes também variava a cada episódio.

Foi lançada no Brasil em DVD em duas ocasiões, nos anos 2000, sendo a primeira pela editora Empire, que disponibilizou todos os episódios da série em volumes avulsos. Posteriormente, a distribuidora Vinyx Multimídia lançou todos os episódios em um único box composto por 5 discos. Em ambos os lançamentos não consta o episódio 19, que permanece inédito no país.



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sexta-feira, 28 de julho de 2023

TERRA DE GIGANTES (1968)

Uma marcante e inovadora série de ficção científica!

No final da década de 1960, o produtor Irwin Allen, aclamado por seus vários filmes e séries de ficção científica, inicia seu mais novo projeto televisivo, a série Terra de Gigantes (Land of The Giants). O novo show apresentaria uma trama fantástica, envolvendo viagem dimensional, onde os protagonistas chegariam a um mundo muito parecido com a Terra. Porém, doze vezes maior. Este foi considerado o projeto mais ousado de Allen, já que para a produção de cada episódio custaria em média 250 mil dólares. Um valor bastante elevado para os padrões da época.

Alguns dos trabalhos de produção mais marcantes de Allen foram os filmes "O Mundo Perdido" (1960), "Viagem ao Fundo do Mar" (1961), "O Destino do Poseidon" (1972) e "Inferno na Torre" (1978). Porém, suas séries de ficção científica, produzidas na década de 60, sempre estão entre as obras mais lembradas pelo público, sendo "Viagem ao Fundo do Mar" (1964), "Perdidos no Espaço" (1965), "O Túnel do Tempo" (1966) e, finalmente, "Terra de Gigantes" (1968).

O produtor Irwin Allen (1916-1991)

A trama se passava no, até então, futurístico ano de 1983. Nesta época o uso de naves para voos entre países era algo comum. Em um destes voos estava a nave Spindrift, que partiria de Los Angeles, Estados Unidos, à Londres, Inglaterra. A nave era comandada pelo Capitão Steve Burton (Gary Conway), contando com o co-piloto Dan Erickson (Don Marshall) e a aeromoça Betty Hamilton (Heather Young). Dentre os passageiros estavam o engenheiro Mark Wilson (Don Matheson), a modelo Valerie Scott (Deanna Lund), o trapaceiro Alexander Fitzhugh (Kurt Kasznar) e o garoto órfão Barry Lockridge (Stefan Arngrim).

Durante a viagem, a nave é atingida por uma misteriosa névoa, ocorrida durante uma tempestade magnética, levando-a a uma dimensão paralela. Assim, os tripulantes caem em um mundo de aspecto semelhante à Terra, mas doze vezes maior que a mesma, assim como seus habitantes. Uma das diferenças era a tecnologia daquele mundo, atrasada em cerca de 20 anos, se comparada à Terra dos anos 80. Porém, o que os viajantes não imaginavam era o risco de vida que correriam naquele mundo misterioso, pois seriam caçados pelo governo local, que os chamava como "pequeninos".

A cada episódio o público acompanhava a desesperada fuga da tripulação, comandada pelo Capitão Burton, escapando das armadilhas dos gigantes, tendo que aprender a conviver entre si e trabalhar em equipe. Dentre os gigantes, destaca-se como vilão principal o Inspetor Kobick (Kevin Hagen), um homem frio e calculista que dedica todo seu tempo e energia em busca dos pequenos fugitivos. Trabalhava para o departamento de polícia local, denominado SID (Special Investigation Department), que tratava até mesmo à população de gigantes de forma rude, caso não seguisse suas ordens. 

A icônica nave Spindrift.

O principal temor do departamento de investigação era a avançada tecnologia dos pequeninos, claramente exposta em sua nave, representando uma ameaça ao governo local. Eram oferecidas grandes quantias em dinheiro como recompensa a quem capturasse os pequeninos, tornando ainda mais difícil a sobrevivência da tripulação naquele local. Os pequeninos viviam escondidos em florestas e suas idas à cidade dos gigantes ocorria apenas em ocasiões de extrema necessidade, como resgatar algum membro capturado pelo SID.

Além dos excelentes roteiros, pode-se dizer que os grandes atrativos da série são os cenários e objetos gigantes, construídos com grande fidelidade ao mundo real, passando a impressão de que os atores eram realmente pequenos. Muitas cenas de escaladas em mesas e outros objetos gigantes eram feitas pelos próprios astros do programa, dispensando o uso de dublês, o que tornava os roteiros e drama dos protagonistas ainda mais verossímeis. Até mesmo uma mão humana em tamanho gigante foi construída para as cenas em que os pequeninos eram capturados, tendo um resultado final impecável para a época.

 

Carretel construído em grande escala.

Outro fator que chamava a atenção nos episódios era a realção entre os protagonistas. Liderados pelo enérgico e honrado Capitão Burton, sempre precisavam superar seus medos e proteger o grupo, mesmo que isto lhes custasse a própria vida. Geralmente os problemas eram causados pelo arrogante e trapaceiro Fitzhugh, que sempre pensava apenas em si mesmo. O único que tentava compreende-lo era o garoto Barry, sendo seu melhor amigo. As características e amizade de Fitzhigh e Barry lembram muito os personagens Will Robinson e Dr. Smith da série Perdidos no Espaço, também criada por Allen.

A série foi produzida pela 20th Century Fox, sendo exibida originalmente pela rede ABC entre 22 de setembro de 1968 e 6 de setembro de 1970, totalizando 51 episódios, divididos em duas temporadas. O cancelamento da série, ao final da segunda temporada, se deveu aos altos custos de produção. Ainda assim, Terra de Gigantes será sempre lembrada como uma das melhores e mais inovadoras séries de ficção científica de todos os tempos.

Estreou no Brasil em março de 1969 pela TV Record, fazendo grande sucesso. Nos anos 70 passou a ser exibida pela Globo, sendo reprisada nos anos 80 pela Bandeirantes e nos anos 90 mais uma vez pela TV Record. Nos anos 2000 foi exibida na TV paga pelos canais FX e TCM. Atualmente está sendo reprisada na TV aberta, com imagem remasterizada, pela Rede Brasil de Televisão. Também está disponível em DVD pelo selo World Classics, que lançou a série em boxes de forma completa.

A dublagem foi realizada no extinto estúdio paulista AIC, contando com as vozes de Dráusio de Oliveira como Capitão Steve Burton, João Paulo Ramalho como Mark Wilson, João Ângelo como Dan Erickson, Isaura Gomes como Valerie Scott, Sandra Campos como Betty Hamilton, Aliomar de Matos como Barry Lockridge, José Soares como Alexander Fitzhugh e Osmiro Campos como Inspetor Kobick. 




 

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terça-feira, 11 de julho de 2023

CHiPs (1977)


John Baker e Frank Poncherello, os patrulheiros da Golden State's.

No final da década de 1970, estreava na televisão americana uma das séries mais icônicas de todos os tempos. Apresentando as aventuras de dois simpáticos patrulheiros rodoviários, a série CHiPs tornou-se um dos maiores fenômenos da televisão entre os anos 70 e 80. Produzida pela MGM Television e Rosner Television, foi exibida entre 15 de setembro de 1977 e 1 de maio de 1983 pela rede NBC. Teve um total de 139 episódios, divididos em 6 temporadas.      

Para os papéis dos protagonistas, foram escalados os astros Larry Wilcox e Erik Estrada, interpretando os patrulheiros John Baker e Frank Poncherello, respectivamente. Ambos tinham uma ótima química em cena, já que os personagens possuíam personalidades distintas, mesmo sendo os melhores amigos, trazendo um bom equilíbrio para as situações que enfrentavam nas rodovias e nos momentos mais descontraídos.

Sala de reunião dos patrulheiros.

Os episódios apresentavam a rotina dos policiais rodoviários John Baker e Frank Poncherello, colocando ordem nas estradas americanas e, por vezes, perseguindo criminosos, como ladrões de automóveis, contrabandistas, sequestradores, entre outros. Eram liderados pelo Sargento Getraer (Robert Pine), um oficial honrado e exigente, que estava sempre dando broncas em Poncherello, que por vezes era muito brincalhão e não aparentava ter a seriedade necessária para o trabalho. Ainda integravam a equipe os patrulheiros Barry Barizca (Brodie Greer), Gene Fritz (Lew Saunders), a oficial Bonnie Clark (Randi Oakes) e o mecânico Harlan Arliss (Lou Wagner).

Baker e Poncherello trabalhavam juntos e eram os melhores amigos, embora possuísssem personalidades opostas. Enquanto Baker era calmo, organizado e vivia em um apartamento comum, Poncherello (mais conhecido como "Ponch" pelos amigos), era brincalhão, mulherengo, desorganizado e vivia em um trailer um tanto bagunçado. Ainda assim, nos momentos mais sérios do trabalho, ambos se mostravam bravos patrulheiros, cumprindo suas missões de forma honrada.

Embora a série tratasse de patrulheiros das estradas, o clima dos episódios era bastante leve, podendo ser considerado um programa para toda a família. Os roteiros apresentavam a missão do dia, como desvendar casos de roubos de veículos, mas sempre com uma trama paralela, envolvendo o cotidiano de Baker e Poncherello com muito bom humor. 

As cenas mais marcantes dos episódios eram Geatrer passando a missão do dia na sala de reuniões dos patrulheiros, as perseguições em alta velocidade e os créditos finais, com o marcante tema instrumental da série sendo executado enquanto Baker e Poncherello discutiam  ou faziam algo em tom engraçado, despedindo-se do público de forma agradável e divertida.

Patrulheiros em ação!

Durante os anos de gravação houveram alguns impasses envolvendo os atores, como o fato de Wilcox se incomodar com o estrelismo de Estrada nos bastidores. Tais fatos resultaram no afastamento temporário de Estrada durante sete episódios da quinta temporada e na saída definitiva de Wilcox na sexta e última. Para os lugares dos protagonistas foram escalados Bruce Jenner, substituindo Estrada nos sete episódios em que esteve fora, e Bobby "Hot Dog" Nelson, no papel do patrulheiro Tom Reilly, substituindo Wilcox em todo o último ano da série.

Após o cancelamento da série, em 1983, foram produzidos alguns filmes baseados na série, como CHiPs 99 (1998), produzido pela TNT, e CHiPs: O Filme (2017). 

A série estreou na televisão brasileira ainda no final dos anos 70, pela extinta Rede Tupi, sendo exibida posteriormente pela TVS e TV Record, no início dos anos 80. Bandeirantes e Rede Manchete, entre o final dos anos 80 e início dos 90. TCM e Rede Brasil, nos anos 2000. Atualmente segue em exibição pela já citada Rede Brasil. Foram lançadas em boxes de DVD apenas as duas primeiras temporadas.

A dublagem nacional ficou à cargo do estúdio paulista BKS, contando com as vozes de Aníbal Munhoz como John Baker, Ricardo Marigo como Frank Poncherello, Gervásio Marques como Sargento Getraer, Marcelo Belo como Barry Barizca, Ismael Viera como Harlan Arliss e Márcia Gomes como Bonnie Clark.

O sucesso no país foi imenso, até mesmo entre as crianças, resultando no lançamento de uma linha de brinquedos baseados na série, lançados pela icônica Glasslite nos anos 80. Entre os itens estavam motos com os patrulheiros, motorama, carro patrulha, óculos e auto estrada. Tais produtos são, atualmente, bastante raros e considerados valiosos itens de colecionador.




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