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segunda-feira, 3 de julho de 2023

COMANDO DOLBUCK (1983)

 

Um comando especial utilizando Máquinas Mutantes em defesa da Terra!

Dentre os vários gêneros que compõem a animação japonesa, existe um que é tido como um dos mais queridos em seu país de origem, enquanto no Brasil nunca chamou muito a atenção. Este gênero chama-se mecha, cujas séries tem como foco robôs gigantes, geralmente pilotados por humanos. Este estilo de animação gerou várias franquias de sucesso no Japão, como Mazinger Z, Gundam e Patlabor. Já no Brasil, entre os poucos títulos que chegaram, podemos destacar como um grande sucesso apenas o animê O Pirata do Espaço (Groizer X), exibido pela Rede Manchete e TV Gazeta, entre os anos 80 e 90. Porém, para quem costumava alugar fitas VHS no final da década de 1980, um outro animê deste gênero é também lembrado com muito carinho, tanto pelos robôs de combate, quanto por seus protagonistas carismáticos. A série chama-se Comando Dolbuck (Tokusou Kihei Dorvak).

Produzida pela Ashi Productions, foi exibida entre 7 de outubro de 1983 e 6 de julho de 1984 pela rede Fuji Network System (FNS) com um total de 36 episódios, patrocinados pela fabricante de brinquedos Takatoku Toys. Contou com a direção de Masami Anno e roteiros de Shigemitsu Taguchi. Foi uma criação do roteirista e romancista Takeshi Shudo, que posteriormente trabalharia com a franquia Pokémon, criando o monstro Lugia, o personagem central em Pokémon: O Filme 2000.

Os heróis: Pierre, Masato e Louise.

A trama se passava no, até então, futurístico ano de 1999. A Terra estava ameaçada pela invasão dos edelianos, uma raça alienígena que precisava de um novo lar, já que seu Planeta Edelia havia sido extinto. Seu aspecto era muito parecido com o dos humanos, embora possuíssem pele de cor azulada e cabelos verdes. Viram na Terra o ambiente ideal para sua habitação, tendo assim que entrar em guerra contra os humanos a fim de conquistar o planeta. Seu líder era o Comandante Zeller, uma figura tida como superior e digna de honra por seu povo. Também compõem o alto escalão dos invasores o ambicioso e inescrupulodo jovem Edel, que tomou para si o cargo de Comandante-Chefe, anteriormente ocupado pelo sábio e justo Amoff, pai da jovem Aroma. A moça era apaixonada por Edel, embora não concordasse com seu modo de agir.

Os vilões, oriundos do Planeta Edelia.

Para conter a ameaça alienígena, o Exército Federal Japonês contava com uma subdivisão denominada Comando Triplo Dolbuck. Equipada com poderosos veículos que podiam tornar-se robôs de combate, chamados como Máquinas Mutantes, a equipe liderada pelo rigoroso Coronel Takashi, era composta por três jovens que passaram por um pesado treinamento até se tornarem combatentes.

Estes jovens eram Masato Mugen, um excelente atirador que tinha personalidade forte e pilotava o Jipe Carribar (Mugen Calibur, no original). Pierre Bonaparte, um ex-ladrão nascido na França, sempre alegre e brincalhão, pilotava o Tanque Targus (Bonaparte Tulcas). Louise Ovellon, uma garota doce e corajosa. É secretamente apaixonada por Masato e pilota o Helicóptero Gazette (Ovellon Gazette). Ainda integram a equipe o Comandante-Chefe Fred, seu braço direiro Jonas e os mecânicos Bob e Jack, que contam com a ajuda do robô Peter.

Durante os episódios é descoberto que o povo de Edelia tinha ligação com a Terra, especialmente pelas figuras esculpidas na Ilha de Páscoa. O ser supremo do planeta invasor, chamado Moai, era muito parecido com as mesmas. No passado, a ilha era considerada um local sagrado para os edelianos. Várias reviravoltas acontecem na trama, como edelianos que tornam-se aliados dos humanos com o passar do tempo.

A série era recheada de ação e aventura, embora também houvessem cenas de humor, destacando o relacionamento entre o simpático trio de protagonistas. As cenas de batalha possuiam uma animação bastante fluida, além de contar com uma bela e envolvente trilha sonora, tornando tais momentos ainda mais empolgantes.

Louise, Masato, Coronel Takashi e Stanley com seus novos trajes.

Um fato que marcou a série foi a morte de um dos protagonistas. No episódio 21, intitulado "O Triste Final", Pierre falece durante uma missão.Tal acontecimento pegou o público de surpresa, tendo sua explicação nos bastidores da produção. O patrocinador não estava gostando da postura do personagem que, embora fosse um honrado combatente, era simpático e alegre demais. Foi exigida sua substituição por um personagem mais sério, mesmo que isso custasse a vida do protagonista e deixasse o público chocado. Assim, foi integrado à equipe o oficial Stanley Hilton, cuja personalidade era totalmente oposta a de Pierre, sendo um sujeito frio e extremamente focado em sua missão.

Além de exigir a substituição de Pierre por Stanley, o patrocinador também propôs mudanças no robô pilotado por Masato, Carribar, que ganharia novo visual, a fim de vender mais brinquedos. Também houve alteração nos trajes dos protagonistas, que passaram a usar elegantes jaquetas com golas volumosas. 

As Máquinas Mutantes: Gazette, Targus e Carribar.

O animê chegou ao Brasil em meados de 1986 por intermédio da distribuidora Everest Vídeo, de propriedade do Sr. Toshihiko Egashira. Foi lançado diretamente em fitas VHS, ao lado das icônicas séries tokusatsu, O Fantástico Jaspion e Esquadrão Relâmpago Changeman. À princípio, o animê teve maior aceitação que os citados títulos, mas com o passar do tempo, as locações das séries live-action ultrapassaram as de Dolbuck, culminando em seu cancelamento no décimo terceiro volume, cobrindo até o episódio 26. Infelizmente o animê nunca chegou a ser exibido na televisão brasileira, tornando-se um clássico das fitas VHS nos anos 80.

A dublagem ficou à cargo do estúdio paulista Álamo, contando com as vozes de Eduardo Camarão como Masato, Carlos Laranjeira como Pierre, Rosa Maria Baroli como Louise, Carlos Takehi como Stanley, Flávio Dias como Robô Peter e Edel, Mauro de Almeida como Coronel Takashi, José Carlos Guerra como Bob e Zeller, Lúcia Helena como Jack, Líbero Miguel como Comandante Fred, Marcos Lander como Jonas, Muibo César Cury como Amoff e Denise Simonetto como Aroma. A narração foi feita por Francisco Borges.

== EXTRAS ==

Abertura da série:


 Trilha sonora lançada em LP (Japão):


 

 

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sexta-feira, 3 de março de 2023

AS DIFERENÇAS DE EDIÇÃO EM "OS CAVALEIROS DO ZODÍACO" NO BRASIL

O público brasileiro aprendeu a gostar de animações japonesas e mangás com o sucesso de Os Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya), criação de Masami Kurumada, exibida na extinta e saudosa Rede Manchete à partir de 1994. A saga de Seiya e seus amigos em defesa de Atena, e consequentemente da terra, segue despertando o interesse dos admiradores de animês até os dias de hoje. Porém, alguns detalhes referentes à edição dos episódios em suas exibições na TV, streamings e mídia física muitas vezes passam despercebidos pelos menos atentos. Falaremos sobre estes detalhes à seguir.

Em sua estreia no Brasil o animê contava com a edição exibida na televisão espanhola, sendo que até mesmo o estúdio Gota Mágica usava a dublagem espanhola como base para a primeira versão brasileira da série. A abertura que chegou também havia sido alterada na europa, exibida na França e Espanha, com o tema "Os Guardiões do Universo", cantado originalmente pelo francês Bernad Minet, que interpretava aberturas de vários animês e tokusatsu em seu país. Essa abertura não alterava apenas a música, mas também as imagens, sendo que foram usadas cenas do filme "A Lenda dos Defensores de Atena" de 1988. Tal canção foi dublada em português por Mário Lúcio de Freitas e seu coro, marcando quem conheceu o animê em suas primeiras exibições na Rede Manchete.

Logo da série em espanhol, exibido na estreia pela Rede Manchete

Após o sucesso da série, logo nos primeiros meses de exibição, a emissora carioca tirou a atração do programa Clube da Criança, passando a exibí-la em horário próprio, onde ganhou uma apresentadora mirim, a garota Mitsui, que falava sobre os episódios ao início e nos intervalos, além de um novo tema de abertura feito no Brasil para lançamento em LP. O novo tema, composto por Mário Lúcio de Freitas, chamava-se "Os Cavaleiros do Zodíaco" e marcou a fase de maior sucesso da série na TV, onde batia recordes de audiência e vendas de produtos relacionados à mesma. As imagens usadas nesta eram do próprio animê, mais precisamente da icônica saga das doze casas, com Seiya e seus amigos passando pelas casas protegidas pelos cavaleiros de ouro. O encerramento usava outra faixa do LP, intitulada "Força Astral".

Logo da segunda abertura na Rede Manchete


A Rede Manchete fazia alguns pequenos cortes em cenas consideradas mais violentas, porém apenas em ocasiões pontuais, já que segundo Eduardo Miranda, diretor de programação da emissora na época, todas as lutas da série tinham justificativa e passavam mensagens de amizade e perseverança.

Exibição no Cartoon Network em 2003

A exibição do animê na emissora carioca durou até 1997, quando foi retirado do ar após oito reprises completas, ficando fora da televisão brasileira durante alguns anos. O retorno ocorreu exatamente nove anos após a estreia na Manchete, desta vez pelo canal pago Cartoon Network, em 1 de setembro de 2003, com nova dublagem realizada no estúdio Alamo, contando com quase todas as vozes da versão Gota Mágica e correção de alguns erros. Pela primeira vez a série era apresentada no país com seus respectivos temas de abertura e encerramento originais, com as músicas "Pegasus Fantasy" e "Blue Forever", intepretadas no Japão por Nobuo Yamada, ganhando versões em portugues por Edu Falaschi. Nas duas últimas sagas do animê os temas de abertura e encerramento são "Soldier Dream" e "Blue Dream", respectivamente, interpretados no Japão por Hirobobu Kageyama e em português por Marcelo Almeida Leal.

Cavaleiros do Zodíaco na Band com apresentação de Kelly Key

Já em 2004 o animê voltava a ser apresentado na TV aberta, desta vez pela Band, que aos moldes da extinta Manchete o exibiu em horário próprio aos finais de tarde e contando com uma apresentadora, a cantora Kelly Key. Na ocasião foram realizados vários cortes em cenas violentas por conta do horário, mas ainda assim, com muito sucesso de audiência.

DVD lançado em 2004 pela Playarte

Ainda em 2004 o público teve a oportunidade de ver a série na íntegra, já que a distribuidora Playarte começou a lançá-la em DVD em versão original sem cortes. Foram 21 volumes, cobrindo todos os 114 episódios, com as três sagas da chamada "fase clássica". Porém, um detalhe chamou a atenção nos primeros cinco volumes, o corte dos eye catchs, que são pequenas animações apresentadas antes e depois dos intervalos comerciais na televisão. As mesmas só passaram a aparecer á partir do volume 6 da citada coleção.

Eye Catch apresentado no retorno do intervalo comercial

Durante os anos de 2004 e 2015 o animê foi reprisado em emissoras como Band, Rede 21 e Play TV, sempre aos moldes da exibição no Cartoon Network, por vezes com pequenos cortes. Um detalhe interessante desta edição foi a inserção do logo da série em português na abertura e eye catchs, além de uma imagem padrão dos protagonistas ao ser apresentado o título de cada episódio, com texto também em português, enquanto na versão original japonesa, além dos caracteres locais, usava-se imagens diferentes em cada episódio.

Título do primeiro episódio com imagem padronizada para o Brasil (exibição na Band em 2004)

Em outubro de 2016 foi anunciada a aquisição do animê pela Rede Brasil de Televisão, que exibiria a série juntamente com Dragon Ball Z em suas respectivas versões remasterizadas em HD. Assim, em outubro do citado ano, ambos os títulos estreiam em horário nobre. Nesta ocasião o logo em português na abertura e os títulos em português ganharam nova edição, com fundo em tom azul claro, e os episódios foram exibidos na íntegra.

Título em português na abertura em versão remasterizada (exibição na Rede Brasil em 2016)

 Em 2018 a Playarte relançou o animê em DVD e Blu Ray com a versão remasterizada, assim como na exibição na Rede Brasil, porém com logo e títulos com caracteres originais japoneses. Desta vez a série foi dividida em cinco boxes, contando com cada um dos cinco protagonistas como tema por volume. Outro diferencial da nova coleção foi manter os previews do próximo episódio ao fim do tema de encerramento. Tais previews nunca foram dublados, pois nunca foram exibidos na televisão brasileira e constavam apenas como bônus em alguns volumes da primeira coleção de DVDs lançada no início dos anos 2000. Por tal razão os mesmos aparecem com legendas em português nos novos boxes, mesmo quando ativada a opção com áudio dublado.

Blu ray lançado em 2018 pela Playarte

Infelizmente Os Cavaleiros do Zodíaco está fora da televisão e streaming há algum tempo, porém a nova versão, disponível em DVD e Blu Ray, vale muito a pena para quem quer guardar os episódios em qualidade máxima, sendo este o primeiro material com edição totalmente fiel à original exibida no Japão.

 

 

 

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sábado, 14 de janeiro de 2023

SUPER GRAND PRIX - ANIMÊ (1977)

O animê sobre automobilismo que chegou ao Brasil em DVD.

Entre as décadas de 1980 e 2000, o Brasil conheceu várias animações japonesas, tanto pela televisão quanto em fitas VHS e DVD. Porém, muitas dessas lançadas em home video ficaram esquecidas pelo tempo, já que nem todos tinham vídeo cassete em casa e alguns títulos não chegavam às locadoras de bairro. Assim, apenas as séries exibidas na televisão se popularizavam a nível nacional. Entre os títulos menos conhecidos está Super Grand Prix (Arrow Emblem Grand Prix no Taka), uma série com temática automobilística que chegou ao Brasil no ano de 2003, apenas em DVD, editado como um filme de 90 minutos.

Embora o animê tenha chegado aqui no início dos anos 2000, foi produzido na década de 1970 pela Toei Animation, com um total de 44 episódios de aproximadamente 25 minutos, exibidos entre 22 de setembro de 1977 e 31 de agosto de 1978 pela Fuji TV, às quintas-feiras, na faixa das 19h00. 

A série foi criada por Kogo Hotomi e escrita por Masaki Tsuji, Keisuke Fijukawa e Shozo Uehara. A direção ficou à cargo de Rintaro e Nobutaka Nishizawa. A animação foi feita por Kenzo Koizumi e Takuo Noda. Dois destes nomes trabalharam em obras muito conhecidas do público brasileiro, sendo Shozo Uehara e Rintaro. O primeiro escreveu roteiros para séries como Ultraman e O Fantástico Jaspion, enquanto o segundo dirigiu animês como Kimba, O Leão Branco e Jet Marte: O Menino Biônico.


Dainishi, Rie, Suzuko, Takaya e Hangarou.

Na série original, intitulada Arrow Emblem Grand Prix no Taka, acompanhamos a trajetória do jovem Takaya Todoroki, que tem personalidade forte e sonha em se tornar um grande piloto de Fórmula 1. Para isso constrói um carro de aparência rústica, mas com boa mecânica, o que faz com que um grupo de competidores, que possuem carros melhores, zombem dele. Mesmo com poucos recursos, Takaya mostra que sua grande habilidade ao volante pode lhe garantir um futuro promissor. Porém, ao disputar uma corrida e estar a ponto de vencer, seu carro derrapa em uma poça de óleo e acaba batendo em uma murada.

Após o acidente, Takaya é levado às pressas ao hospital para tratar de seus ferimentos. Quando tudo parecia perdido, surge um sujeito mascarado, chamado Nick Lauda (uma referência ao famoso piloto homônimo), oferecendo-lhe uma oportunidade de voltar a correr, agora pela equipe Katori Motors de propriedade do Sr. Katori. O que o jovem não esperava é que os pilotos que zombaram dele antes do acidente também faziam parte desta equipe. Entre estes estavam a filha do presidente local, Rie Katori, e seu namorado Dainishi Houshou.

Takaya aceita o convite do misterioso mascarado, sendo levado até a casa de pilotos da Katori Motors. Ali conta com a ajuda e amizade da jovem Suzuko Ouse e seu irmão caçula Hangarou Ouse. No decorrer da trama, ainda surgem outros personagens baseados em renomados pilotos reais, entre eles o brasileiro Emerson Fittipaldi.

Takaya recebe o convite de Nick para voltar a pilotar.
 

Durante a saga, Takaya participa de vários rallies e corridas, sempre demonstrando sua grande habilidade, mas enfrentando problemas por não possuir carro próprio e cair em armadilhas de pilotos rivais. Após um período, ganha a simpatia do Sr. Katori, que lhe concede permissão para montar seu próprio carro na fábrica Katori Motors. Porém, tem dificuldades em conseguir peças com os funcionários do local, por não contar com um supervisor para assinar seu projeto.

O jovem piloto tem a ideia de juntar peças descartadas em um velho galpão do local, montando um potente carro conversível que o ajudaria a provar à diretoria que além de ser um grande piloto, era também muito habilidoso em engenharia e mecânica. Assim, foi convocado a participar da mais aguardada competição automobilística, o Rally de Monte Carlo.

Após vencer o Rally de Monte Carlo, contando com Suzuko como sua auxiliar, passa a ganhar o respeito dos demais pilotos. Na ocasião participou da competição como o terceiro piloto da equipe. À partir de então, passa a focar em seu grande sonho de chegar à Fórmula 1, contando com um apoio de Nick.

 

Capa de LP japonês com músicas da série.

 O ANIMÊ NO OCIDENTE

Ao chegar nos Estados Unidos, em 1983 pela Century Video Corporation, o animê foi editado e reduzido para um filme de 90 minutos, intitulado Super Grand Prix, onde foram alterados os nomes dos personagens e a trilha sonora. O protagonista, Takaya, agora foi chamado como Shawn Corrigan (por vezes chamado como “Chash” Corrigan pelos pilotos rivais, devido ao acidente com seu carro). Suzuko foi chamada como Millie. Hagarou como Joji. Rie como Sumiko. Finalmente, Dainishi como Ases Tanaka.

O tema de abertura original, intepretado por Ichiro Mizuki, foi substituído por uma música instrumental que combinou bem com o clima da trama, assim como os demais fundos executados durante a animação. Os caracteres em japonês, presentes na abertura e créditos, foram substituídos para o padrão americano, embora ainda sejam creditados os nomes originais da produção japonesa.

A edição americana praticamente não alterou o roteiro original, sendo o longa-metragem um resumo da primeira fase da série. Quando se adapta uma série animada para filme o resultado não costuma ser satisfatório, vide vários casos de produções que chegaram em VHS nos anos 80 e 90, que acabavam deixando suas respectivas tramas com pontas soltas. Super Grand Prix foi uma exceção, pois conseguiram fazer uma edição coesa, com começo, meio e fim bem amarrados, destacando a luta de Shawn para alcançar seus objetivos, assim como suas dificuldades para vencer corridas e rallys sem o apoio dos colegas, tornando clara a mensagem de superação e perseverança da obra original. O filme termina deixando no telespectador um sentimento de vontade de continuar acompanhando a saga do jovem piloto.

 

Capa do DVD lançado no Brasil pela Spot Films

A série original foi exibida em alguns países da América Latina com o título Grand Prix, porém nunca no Brasil, que só veio a conhecer o título em 2003, quando a distribuidora Spot Films lançou o longa-metragem em DVD, com o mesmo título americano Super Grand Prix. A edição era bem simples, contando apenas com opção de áudio em português e nenhum conteúdo extra. A dublagem foi realizada no estúdio carioca Brasil Corp, que escalou um ótimo elenco de vozes, combinando perfeitamente com a personalidade de cada personagem. Infelizmente, o filme nunca chegou a ser exibido na televisão brasileira ou disponibilizado em algum serviço de streaming, sendo ainda possível encontrar exemplares em mídia física em sebos ou sites de venda. Vale a pena conferir este excelente clássico da animação japonesa, que infelizmente é pouco conhecido no Brasil. 

 


 

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== VÍDEOS ==

Abertura original:



Comercial de brinquedos da série no Japão:



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