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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

LIVRO "JAPÃO - O IMPÉRIO DA CULTURA POP" EM PRÉ-VENDA

 O novo livro Japão - O Império da Cultura Pop, escrito por Alexandre Nagado, está em pré-venda. A obra é o primeiro volume de uma coletânea de textos do Blog Sushi POP, tratando de elementos históricos, criativos, sociais e mercadológicos envolvendo o entretenimento japonês.

O Blog Sushi POP aborda os vários aspectos da cultura pop japonesa, contendo matérias sobre autores, músicas, filmes, mangás, animês, tokusatsu e muito mais.

Alexandre Nagado é escritor, roteirista e desenhista. Com 30 anos de carreira tem como trabalhos de maior destaque os roteiros para quadrinhos nacionais das séries Changeman, Flashman, Maskman, Goggle V, Machine Man e Sharivan (Editoras Abril e Ebal). Matérias sobre animês e tokusatsu na Revista Herói (Editora ACME). Livro Almanaque da Cultura Pop Japonesa (Via Lettera) e as biografias Paulo Fukue - O Engenheiro de Papel e Ignácio Justo - Pilotando Quadrinhos (Editora Criativo / GRRR!)

Japão - O Império da Cultura Pop contém 26 matérias, dentre elas: As origens do mangá, do animê e do tokusatsu; A História do Encouraçado Yamato; A relação entre Demon Slayer e uma famosa obra de arte tradicional; A presença do Cristianismo na cultura japonesa; Valores e lições de vida transmitidos em séries de TV; Acontecimentos que inspiraram as famosas canções “Ue wo muite arukou ~ Sukiyaki” e “Shima Utá” e entrevista com a pioneira pesquisadora do mangá, Sonia Luyten.

O lançamento oficial ocorrerá no final de outubro de 2023, mas o livro já pode ser adquirido com preço especial de pré-venda, até 10 de outubro, no link à seguir: https://ibesec.org/produto/japao-o-imperio-da-cultura-pop/

 


Japão - O Império da Cultura Pop 

Autor: Alexandre Nagado 

Prefácio: Marcus Marinho 

Editor e revisor: Roberto Lacerda Barricelli 

Capa: Diogo Felipe Cruxen (Sobre esboço do autor) 

Formato: 16 x 23 cm, com 170 páginas 

Publicação: Editora IBESEC

 

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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

VIAGEM AO CENTRO DA TERRA

"Viagem ao Centro da Terra", publicado pela Editora Hemus em 1972.

[*] Por Alexandre Nagado
 
Um tema recorrente na cultura pop é o da possibilidade de encontrar seres pré-históricos e mundos fantásticos nas profundezas da Terra. Como no clássico O Elo Perdido (1974) e em inúmeras outras produções, o misterioso centro do planeta oferece tanto mistério e fascinação quanto as profundezas do mar ou a imensidão do espaço cósmico.
 
A ideia sobre grandes aventuras em cavernas e vales muito abaixo da superfície do planeta remete a um dos maiores clássicos da literatura juvenil: Viagem ao Centro da Terra (“Voyage au centre de la Terre”, 1864), do francês Júlio Verne, ou melhor, Jules Verne (1828~1905). Histórias sobre mundos subterrâneos envoltos em mistérios e perigo é algo que já existia na literatura bem antes de Júlio Verne, mas foi sua obra que se tornou a grande referência sobre o tema, influenciando autores como J.R.R. Tolkien, Arthur Conan Doyle e Edgar Rice Burroughs. A história é uma aventura leve e extremamente criativa, com boas doses de suspense e mistério.
 
Júlio Verne (1828-1905)
 
Em pleno século XIX, na Alemanha, o excêntrico mineralogista e professor de Geologia Otto Lidenbrock encontra um misterioso manuscrito dentro de um antigo livro que adquiriu. Lá, uma mensagem instigante de um homem chamado Arne Saknussemm dava pistas de um possível caminho para o centro da Terra, a partir da cratera do Sneffels, um vulcão inativo na Islândia. 
 
Empolgado com a possibilidade de descobertas inimagináveis, Lidenbrock resolve partir rumo à Islândia, em busca da passagem misteriosa. Sem muita convicção, seu brilhante, porém nada aventureiro sobrinho Axel (o narrador da história) o acompanha. Para ajudá-los na difícil jornada, o professor contrata o caçador local Hans, um homem quieto, forte e de grande dedicação e lealdade. O trio enfrenta um longo e tortuoso caminho, até que encontram galerias que vão descendo cada vez mais. Sem enfrentar o calor incandescente que se esperava de acordo com as teorias científicas da época, os exploradores vão adentrando um mundo isolado da civilização e cheio de mistérios. 
 
Versão da Editora Principis (2019)

Clássico da ficção científica, Viagem ao Centro da Terra foi publicado originalmente em 1864. De lá para cá, foi editado e republicado incontáveis vezes em vários países, inclusive no Brasil.
 
Versão cinematográfica, produzida pela 20th Century Fox em 1959.

No cinema, ganhou famosas adaptações em 1959 e 2008. Direta ou indiretamente, inspirou quadrinhos, filmes, séries e jogos, sendo uma obra icônica da cultura pop mundial. Repleto de informações sobre mineralogia, botânica e biologia, a obra oferece especulações que fascinaram os leitores da época, e soam instigantes até hoje. Júlio Verne não era apenas um escritor habilidoso e criativo, era também dono de uma cultura colossal, com múltiplos interesses em suas pesquisas.
 
A viagem em si ocupa a maior parte da obra, que se detém pouco nos cenários, criaturas e situações extraordinárias que Lidenbrock, Axel e Hans encontram no centro da Terra, mas a narrativa do autor é envolvente. Os personagens são carismáticos e a química entre o impulsivo, obstinado e temperamental cientista e seu sobrinho prudente ao extremo (para dizer o mínimo) tornam a leitura deliciosa.
 
Viagem ao Centro da Terra é uma das obras mais conhecidas de Júlio Verne, ao lado de clássicos igualmente cultuados como Cinco Semanas em Um Balão, Da Terra à Lua, Vinte Mil Léguas Submarinas e Volta ao Mundo em 80 Dias. É leitura indicada, não somente para adolescentes, mas para qualquer um disposto a mergulhar em uma obra que tem atiçado a imaginação de muitas gerações, com um genuíno senso de aventura e encantamento. 

 
[*] Alexandre Nagado é autor do Blog Sushi POP




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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

RUPERT (1991)

 

Um clássico dos livros e desenhos animados

Quem foi criança nos anos 90 com certeza já assistiu, pelo menos uma vez, as aventuras de um simpático urso branco, com seu emblemático cachecol amarelo, que sempre ajudava seus amigos e viajava para lugares fantásticos. Este era Rupert, O Urso. Um personagem criado nos anos 1920, que ganhou sua famosa versão animada em 1991, produzida pela Nelvana, sendo exibida com muito sucesso em vários países, inclusive no Brasil pela TV Cultura.

Rupert foi criado por uma artista e ilustradora de livros infantis inglesa, chamada Mary Tourtel (1874-1948), sendo lançado inicialmente em quadrinhos no ano de 1920. Mary era casada com o editor assistente do jornal The Daily Express, Herbert Tourtel, que nesta época estava em busca de novos personagens para a seção de tiras, já que os jornais concorrentes, The Daily Mail e The Daily Mirror, vinham fazendo grande sucesso com os quadrinhos dos personagens Teddy Tail (Mail) e Pip, Squeak e Wilfred (Mirror). Logo pediu a sua esposa, já experiente com histórias infantis, que criasse um novo personagem. Assim, em 8 de novembro de 1920, foi publicada a primeira tira de Rupert, que na ocasião ainda não era chamado pelo nome, na história "Little Lost Bear". Curiosamente foi desenhado como um urso pardo, mas por cortes de despesas com tinta, logo passou a ser impresso em cor branca, tornando-se sua característica principal nas publicações posteriores.

"The Adventures of Rupert The Little Bear"
  

Com o sucesso, logo o personagem começou a ganhar novas aventuras, sendo publicadas em livros e revistas. Sua primeira série de livros começou a ser publicada em 1928, denominada "Rupert Little Bear Library", com um total de 64 volumes. Ainda outras duas séries foram publicadas, sendo "Rupert Bear Annuals" desde 1936 até os dias de hoje, completando 85 volumes em 2020 e "Brainwaves Limited" em 1991 com 4 volumes. O personagem foi desenhado por Mary até 1935, quando teve que parar por problemas de visão. Em seguida o artista Alfred Bestall assumiu os desenhos, sendo que os fez durante 40 anos. Seus sucessores foram James Henderson, Ian Robinson e Stuart Trotter.

A fama de Rupert é tão grande na Europa que há uma ala dedicada ao personagem em um museu próximo a Londres, Inglaterra, o Canterbury Heritage Museum. A ala denominada "The Rupert Bear Museum" (Museu de Rupert, O Urso) foi fundada em 2003, tendo várias exposições, raras edições de publicações e a atividades para crianças. No ano de 2010 foram realizadas comemorações alusivas aos 90 anos do personagem, contando com exposições especiais e autógrafos dos cartunistas.

Exposição no "Museu do Rupert" em Londres
  

Ganhou algumas adaptações para a televisão nos anos 70 e 80, além de um curta-metragem intitulado "Rupert and the Frog Song", produzido por Paul McCartney em 1984. Porém, nenhuma produção televisiva ficou tão famosa quanto a série animada dos anos 90, que contou com 65 episódios de cerca de 25 minutos, divididos em 5 temporadas, produzidas pelo estúdio Nelvana, entre 1991 e 1997. No Brasil foi exibida pela TV Cultura à partir de 1998, ficando no ar durante vários anos. Foi dublado no estúdio paulista BKS, contando com a voz de Rodrigo Andreatto no protagonista. Teve alguns episódios da primeira temporada lançados em DVD pela distribuidora Vídeo Brinquedo no início dos anos 2000.

A série animada apresentava o jovem e educado urso Rupert, vivendo com seus pais, Sr. e Sra. Urso, em um pequeno vilarejo medieval, chamado Nozópolis (Nutwood no original). Está sempre brincando e ajudando seus amigos a resolverem problemas e até mesmo viajando a outros países e mundos fantasiosos. Entre os amigos de Rupert estão o medroso texugo Bill, o guloso porco Barrica, o brincalhão cachorro Valdo, o sábio cão chinês Pong Ping, o gentil elefante Eduardo, as travessas raposas gêmeas Freddy e Ferbie, entre outros. Entre os episódios memoráveis do desenho estão "Rupert na Terra dos Jogos", "Rupert e o Cavaleiro", "Rupert e os Bolinhos Mágicos", entre tantos outros.

Rupert e seus amigos
 
Além de personagens e aventuras fantásticas, Rupert também se destaca por valores perenes que caracterizam o personagem principal, assim como elementos culturais pouco vistos em outros desenhos animados. Rupert é um garoto urso que carrega valores como honestidade, respeito, amizade, altruísmo e valorização da família. As aventuras do desenho mostram locais e mitos de vários países e culturas, principalmente a nórdica, onde vemos castelos, pequenos vilarejos, seres e personagens com vestes características da cultura européia.

As aventuras de Rupert estarão para sempre na memória de quem já leu os livros ou assistiu a série animada, sendo uma ótima opção de cultura e entretenimento para pessoas de todas as idades. Vale a pena conferir as aventuras deste simpático urso, que há mais de um século vem divertindo e marcando gerações.

 

 

 

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