segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

GAVAN (1982)

 O primeiro herói de metal no Japão!

Uchuu Keiji Gavan/Toei Company (1982)

No início da década de 1980, a produtora japonesa Toei Company vivia um período de crise, sendo urgente a criação de novas séries que chamassem a atenção do público, assim como de investidores. As séries da franquia Kamen Rider, produzida desde 1971, estavam entrando em hiato, restando apenas as equipes de heróis com uniformes coloridos na televisão, os Super Sentai, que estavam no ar desde 1975 com a estreia da série Gorenger. Assim a equipe criativa da Toei passou a buscar uma solução que unisse o herói solitário, como em Kamen Rider, e o tema espacial que estava em alta na época, por conta da saga Star Wars nos cinemas. Assim surge, no ano de 1982, a série Policial do Espaço Gavan (Uchuu Keiji Gavan).

A equipe de criação contou com grandes nomes, como o roteirista Shozo Uehara (1937-2020), que havia trabalhado com as primeiras séries da franquia Ultraman, o produtor Susumu Yoshikawa (1935-2020) e o desenhista Katsushi Murakami. Com a grande experiência dos envolvidos no projeto, o resultado final não poderia ser outro senão um grande sucesso. Assim surge o novo herói, com visual incrível para a época, roteiros interessantes e muitos efeitos especiais. Dessa forma, Gavan foi um marco de audiência e comércio, tirando a Toei da crise que até então enfrentara.

O escolhido para estrelar o novo programa foi o experiente ator e dublê Kenji Ohba, que já havia interpretado outros heróis em séries da produtora como Battle Fever J (1979) e Denziman (1980). O carisma e habilidades marciais de Kenji também foram fatores muito importantes para o sucesso da série junto ao público. O marcante tema de abertura foi composto por Michiaki Watanabe e interpretado por Akira Kushida.

Takeshi e Mimi
 

Na trama acompanhamos a saga do policial do espaço Gavan, que foi enviado à terra pela Polícia Galática, através do Comandante Kom, já que era filho de um ex-policial do Planeta Bird e uma mulher do planeta terra. O intuito de sua missão era combater o malígno Império Makuu, que iniciara seu plano de dominação. Liderada pela estátua falante, Don Holler (Don Horror), a gangue malígna ainda contava com aliados como o Caçador Espacial (Hunter Killer). A base secreta de Makku era um castelo que se movia no espaço, enquanto construiam bases secretas na terra e usavam seus monstros disfarçados, agindo como infiltrados em negócios da sociedade japonesa. Para manter sua identidade secreta entre os humanos, Gavan usa o nome de Takeshi Ichijoji (Retsu Ichijoji) e passa a trabalhar no clube de equitação Avalon. Sua companheira de investigações é a filha do Comandante Kom, Mimi, que é apaixonada pelo herói e pode se transformar em pássaro.

Durante os episódios também descobrimos que Gavan estava em busca de seu pai, que havia desaparecido. Algumas reviravoltas acontecem durante a trama, assim como surgem novos aliados e vilões. Destaque para o policial do espaço Alan e o patrulheiro florestal Den Iga (que mais adiante se tornaria o Detetive Espacial Sharivan). Do lado inimigo surgem a Bruxa Kiba e Sandorba, respectivamente a esposa e filho de Don Holler. A segunda metade da série torna-se ainda mais interessante e movimentada, culminando na luta final entre Gavan e Don Holler. O episódio final deixa uma ponta solta para a série que viria na sequência, Sharivan, O Guardião do Espaço (Uchuu Keiji Shariban), quando Takeshi é promovido a capitão da polícia espacial, passando a missão de proteger a terra para Den Iga.

Nas batalhas de Gavan contra os monstros de Makuu, Don Holler os envia para outra dimensão, com um equipamento de retrocesso temporal. Ali o monstro fica muito mais forte, fazendo com que o herói tenha grande dificuldade em vencê-lo. Para isso, Gavan conta com várias armas e ataques, como o Raio Lazer Z, Visor Lazer, Escudo Lazer, Espada Lazer, o Chute Espiral. Além de veículos, como a moto Cybarian e as naves Dolgiran e Dolu. Esta última em forma de dragão. A trilha tocada durante as lutas é emocionante, tornando tal momento memorável nos episódios.

Gavan vs. Caçador Espacial

A série teve um total de 44 episódios, exibidos semanalmente no Japão, entre 5 de março de 1982 e 25 de fevereiro de 1983 pela TV Asahi. Gavan iniciou uma nova linhagem de heróis na televisão, os Metal Hero, sendo o primeiro da trilogia dos Policiais do Espaço (Uchuu Keiji no Japão), sendo sucedido por Sharivan e Shaider. Na série de Sharivan vemos Gavan participando ativamente nos episódios, agora como seu superior, lutando ao lado de seu pupilo em ocasiões pontuais. Já em Shaider, os três heróis aparecem juntos apenas no último episódio, que marca o fim da trilogia. Após Shaider, a Toei ainda produziu outras séries nos mesmos moldes de Gavan, entre as quais está o herói japonês de maior sucesso no Brasil, O Fantástico Jaspion.

Gavan estreou na televisão brasileira em 1991, quando foi importado pela Globo Vídeo, que observando o sucesso da emissora concorrente, Rede Manchete, com as séries Jaspion, Changeman, Flashman, entre outras, se interessou em trazer algo do gênero para concorrer. Assim a série foi exibida aos finais de tarde, com o título Space Cop, ao lado de outra série japonesa, Bicrossers, na popular "Sessão Aventura". Porém, apenas os 20 primeiros episódios foram exibidos neste horário, sendo que mudaram a série para a faixa matinal, como parte dos programas infantis, onde foi exibida por completo. Após algum tempo foi reprisada pela TV Gazeta, no programa infantil Gazetinha, ao lado das séries Shaider, Bicrossers e do animê Zillion. Ainda teve lançamento em VHS, em apenas um volume, com os 3 primeiros episódios. A dublagem ficou a cargo do estúdio carioca VTI, que escalou Orlando Prado para dar voz ao herói, porém este foi substituído por Marco Ribeiro à partir do episódio 4.

 

Leia conteúdos complementares a esta matéria no Blog Sushi POP:

- Metal Hero: Tecnologia e ação!

- Shozo Uehara - Roteirista de Clássicos

- Katsushi Murakami: Designer de super-heróis


== EXTRAS ==

Trecho dublado (créditos: Tv a Lenha e os Viajantes do Tempo)







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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

"UM HERÓI DE BRINQUEDO" NA SESSÃO MATINÊ DA REDE BRASIL


   Todos os sábados a Rede Brasil exibe a Sessão Matinê, sempre com grandes clássicos do cinema de todas as épocas. No próximo sábado o filme especial de natal será o clássico dos anos 90, Um Herói de Brinquedo (Jingle All the Way), estrelado por Arnold Scharzenegger.
    
    Howard Langston (Arnold Scharzenegger) é um homem de negócios que chega atrasado a aula de caráte de seu filho Jamie (Jake Lloyd), na ocasião em que receberia sua faixa azul. Para tentar reparar o erro, promete ao garoto que lhe dará o que quiser como presente de Natal. Jamie pede o boneco de ação do herói "Turbo Man", que era a sensação do momento. Agora Howard terá que fazer o impossível para adquirir um exemplar, que está em falta em todas as lojas da cidade. O filme foi produzido em 1996.
    
    A Sessão Matinê vai ao ar neste sábado (24), à partir das 15h00 na Rede Brasil de Televisão.

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OS SERIADOS DO "KIKO" EXIBIDOS NO BRASIL

 

El Niño de Papel / Federrico / Kiko Botones

Dentre os personagens do famoso seriado mexicano Chaves (El Chavo Del Ocho), sem dúvida um dos que mais chamam a atenção do público é o Quico (nesta série grafado desta forma), interpretado pelo ator Carlos Villagrán. Contudo, o personagem não aparece na última temporada do programa, gravada em 1979, onde grande parte dos episódios se passa no Restaurante de Dona Florinda. Isso ocorreu pelas saídas de Villagrán e Ramón Valdés (Seu Madruga) do elenco, sendo que Valdés ainda aparece nos primeiros episódios da citada temporada, que se inicia com o episódio intitulado "Vamos ao Cinema", onde a personagem Dona Florinda diz que seu filho, Quico, havia se mudado para a casa de uma tia rica. Há várias versões divulgadas sobre os motivos das saídas dos atores, porém isso não vem ao caso.

Após deixar os seriados Chaves e Chapolin, Villagrán se dedicou à carreira solo, fazendo apresentações, gravando discos e novos seriados, estrelados pelo próprio personagem Quico, que agora passaria a ser grafado como "Kiko", para evitar problemas autorais. Passou por emissoras de três países da América Latina, estrelando os programas El Niño de Papel (1981-1982), Federrico (1982-1983), Las Nuevas Aventuras de Federrico (1984) e Kiko Botones (1986) na televisão venezuelana, El Circo de Monsieur Cachetón (1985) na televisão chilena e ¡Ah que Kiko! (1987-1988) na televisão mexicana. Ramón Valdés participou de dois destes programas, sendo "Federrico" e "¡ Ah que Kiko!".

No ano de 1991, a TV Bandeirantes vendo os sucessos de Chaves e Chapolin no SBT, trouxe três seriados estrelados por Kiko, que no Brasil foram chamados de Kiko, O Menino do Jornal (El Niño de Papel), Kiko (Las Nuevas Aventuras de Federrico) e Kiko Maleta (Kiko Botones). Os três estrearam em março daquele ano, na faixa vespertina da emissora, sendo exibidos até meados de setembro, quando estavam sendo reprisados também na faixa matinal. Os programas foram dublados pela MAGA, assim como Chaves e Chapolin, mantendo no personagem seu icônico dublador, Nelson Machado.

Em Kiko, O Menino do Jornal, vemos o protagonista como um pobre entregador de jornais, sempre se metendo em confusões e trapalhadas com os moradores e comerciantes do bairro. Já em Kiko (Federrico), temos uma realidade mais próxima do personagem visto em Chaves, pois é mimado pelos pais, vivendo em um apartamento, sendo uma típica comédia de situação envolvendo os vizinhos do condomínio. O seriado Kiko Maleta é o mais diferenciado, pois neste o personagem já é um adulto, com os mesmos trejeitos, mas trabalhando como carregador de malas em um luxuoso hotel, vivendo situações engraçadas com os atrapalhados funcionários do local e levando broncas do gerente rabugento.

Kiko e Seu Madruga em "¡Ah que Kiko!"

Infelizmente estes seriados nunca mais foram reprisados no Brasil, tornando-se desconhecidos por grande parte do público. Mas não foram os únicos programas do personagem a serem importados ao país, pois em 2007 a distribuidora Amazonas Filmes, que vinha lançando os seriados Chaves, Chapolin e Chespirito em DVD, trouxe a última produção estrelada por Villagrán, ¡Ah que Kiko!, que por aqui ganhou o título de Kiko e Sua Turma. Na trama vemos Kiko trabalhando em uma venda chamada "Surpresa", de propriedade do Seu Madruga e posteriormente do Senhor Brancelha. Foram lançados três volumes, vendidos em box e também de forma avulsa, totalizando 12 episódios dos mais de 40 que compõem o seriado. A dublagem ocorreu no estúdio paulista Uniarthe, sendo que Nelson Machado mais uma vez assumiu a voz do personagem, além de ficar encarregado da direção do trabalho. Este programa chegou a ser exibido por breve período na TV aberta, em meados de 2010, pela Rede NGT.


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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

DESENHOS CLÁSSICOS NA REDE NGT


    A Rede NGT é uma emissora aberta fundada em 2003 que, embora pouco conhecida, foi uma das primeiras a operar em sinal digital no país. Até pouco tempo operava pelo canal 48.1 digital de São Paulo e atualmente foi transferida para o 3.1. Possui uma programação variada com jornalismo, documentários, culinária, infantis e programas de entretenimento. Ao longo dos anos exibiu vários filmes e séries clássicas como Chaparral, Bonanza, Cavaleiro Solitário, Além da Imaginação, Jiraya - O Incrível Ninja, Machine Man, Kiko e Sua Turma, entre outras.

    Atualmente vem se destacando pela exibição de alguns desenhos animados clássicos, sendo Superman (1941), Flash Gordon (1979), Defensores da Terra (1985), Os Pequeninos (1983) e Nossa Turma (1984). Por vezes também são exibidos alguns especiais como o longa-metragem em animê Robotech II (1985), Recruta Zero (versão dos anos 80) e Hagar, O Horrível (1989).

    Boa parte dessas animações são raras e estavam há um bom tempo longe da televisão brasileira, por exemplo a primeira série de curtas animados do Superman, produzidos pelos estúdios Fleischer entre 1941 e 1943. Outro desenho que estava praticamente esquecido pelo público, embora tenho feito sucesso quando exibido pelo SBT entre os anos 80 e 90, é Os Pequeninos, também conhecido como "Os Mini Aventureiros", que mostra as aventuras de um garoto chamado Henry, ajudando um grupo de pequenos amigos, que aparecem na ventilação de seu quarto, a fugir do terrível Caçador. Para os admiradores de clássicos heróis dos quadrinhos, as séries Flash Gordon e Defensores da Terra são um prato cheio, onde o protagonista da primeira também aparece na segunda animação, ao lado dos heróis Mandrake e Fantasma, sendo exibida com muito sucesso pelo SBT nos anos 80. Nossa Turma ficou marcado na memória do público, desde os anos 80, pela simpatia dos personagens e seu divertido tema de abertura.

    Já as exibições de especiais são verdadeiras surpresas, sobretudo pelos filmes de animação japonesa como o Robotech II, que se trata de uma continuação da série Macross (1982), do estúdio Tatsunoko, sendo chamado de "Robotech" nos Estados Unidos e exibida no Brasil no início dos anos 90 pela TV Gazeta. Quanto a Hagar, O Horrível e Recruta Zero, é sempre divertido ver e rever essas comédias de personagens que marcaram gerações com suas séries animadas e histórias em quadrinhos.

    O bloco de animações é exibido diariamente na faixa matinal da NGT, por volta das 07h30, sendo curiosamente reprisado a noite, por volta das 23h00.


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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

"OS PANKEKAS": HUMOR NACIONAL INSPIRADO EM "OS TRÊS PATETAS"

Maionese, Mexelin e Feneguetti

No final dos anos 70 a Rede Tupi perdia um de seus programas de maior audiência para a emissora concorrente TV Globo, Os Trapalhões. Assim, em 1978, surge um novo programa humorístico para preencher a lacuna deixada por Renato Aragão e sua trupe, chamado Os Pankekas. Com um humor pastelão, claramente inspirado no trio de humoristas norte-americanos Moe, Larry e Curly, mais conhecidos como Os Três Patetas, a nova atração agradou o público, especialmente o infantil.

O novo trio foi formado pelos experientes atores Mário Alimari, Rony Cócegas e Sandrini, que mostrou uma boa química para o estilo de humor proposto, cheio de quedas, pancadas, tortas na cara e todo tipo de exagero possível. Mesmo contando com baixo orçamento, o programa tinha carisma de sobra, por contar com artistas de alto nível e humor para todas as idades. A trilha de abertura, intitulada "O Mundo é uma Pankeka", era muito divertida, combinando perfeitamente com o tom do seriado.

Os Pankekas era um seriado semanal que apresentava o dia a dia dos amigos Feneguetti (Mário Alimari), Maionese (Rony Cócegas) e Mexelin (Sandrini). O trio sempre se vestia da mesma maneira, geralmente com ternos e camisas de cores chamativas. Tentavam resolver os problemas do cotidiano das formas mais loucas que se pode imaginar. Destaque para a brilhante atuação de Rony Cócegas como Maionese, onde usava seus famosos bordões como "Está na manteiga!", "Ih! Esse era meu medo", entre outros. Devido ao apelo com o público infantil, era comum ver cenas dos protagonistas brincando com crianças. 

Capa do LP "Os Pankekas", gravado em 1979 pela RCA

Infelizmente o seriado ficou no ar por apenas um ano, sendo exibido nas noites de segunda-feira, no horário das 19h15 e posteriormente reprisado na faixa vespertina, entre 25 de setembro de 1978 e 3 de setembro de 1979. Nesta época a Rede Tupi já estava em crise, que culminaria no encerramento total de suas atividades no ano de 1980. Não se sabe ao certo sobre o destino das fitas masters do programa, sendo que atualmente não se tem registro do número exato de episódios gravados.

Mesmo não sendo um dos programas de humor nacional mais lembrados, o seriado Os Pankekas ficou marcado na memória de quem acompanhava as trapalhadas do trio na Rede Tupi. Na época de sua exibição ganhou um LP com 12 faixas, pela gravadora RCA, além de um longa-metragem para cinema sob o título Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro, escrito por Emanoel Rodrigues e dirigido por Antônio Moura Mattos, contando com participações de nomes famosos como Gibe e Mário Benvenutti. Diferente dos episódios, o filme é o único material disponível atualmente, sendo exibido algumas vezes por canais especializados em filmes nacionais na TV por assinatura.

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terça-feira, 20 de dezembro de 2022

HUMOR, MÚSICA E AÇÃO ÀS TERÇAS-FEIRAS NO RB AVENTURA

 

     Todas as terças-feiras, no início de noite da Rede Brasil, o público confere duas clássicas séries que deixaram saudades, já que ficaram por vários anos fora da televisão brasileira, The Flash e A Família Dó-Re-Mi.

    A série "The Flash" foi produzida em 1990, apresentando o clássico herói dos quadrinhos da DC Comics. Na trama o funcionário da polícia científica, Barry Allen (John Wesley Shipp) é atingido acidentalmente por produtos químicos de um laboratório, ganhando super poderes, podendo se locomover am alta velocidade. A partir de então passa a lutar contra o mal, como o herói The Flash.

    Em "A Família Dó-Re-Mi" conhecemos uma mulher viúva chamada Shirley Partridge (Shirley Jones), que juntamente com seus cinco filhos forma um conjunto musical, viajando em um ônibus colorido e fazendo apresentações em várias cidades. É uma produção de 1970 do gênero comédia musical.

     Ambas são apresentadas às terças-feiras no bloco RB Aventura, iniciando com "The Flash" às 19h30, seguido por "A Família Dó-Re-Mi" às 20h30.


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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

RUPERT (1991)

 

Um clássico dos livros e desenhos animados

    Quem foi criança nos anos 90 com certeza já assistiu, pelo menos uma vez, as aventuras de um simpático urso branco, com seu emblemático cachecol amarelo, que sempre ajudava seus amigos e viajava para lugares fantásticos. Este era Rupert, O Urso. Um personagem criado nos anos 1920, que ganhou sua famosa versão animada em 1991, produzida pela Nelvana, sendo exibida com muito sucesso em vários países, inclusive no Brasil pela TV Cultura.

    Rupert foi criado por uma artista e ilustradora de livros infantis inglesa, chamada Mary Tourtel (1874-1948), sendo lançado inicialmente em quadrinhos no ano de 1920. Mary era casada com o editor assistente do jornal The Daily Express, Herbert Tourtel, que nesta época estava em busca de novos personagens para a seção de tiras, já que os jornais concorrentes, The Daily Mail e The Daily Mirror, vinham fazendo grande sucesso com os quadrinhos dos personagens Teddy Tail (Mail) e Pip, Squeak e Wilfred (Mirror). Logo pediu a sua esposa, já experiente com histórias infantis, que criasse um novo personagem. Assim, em 8 de novembro de 1920, foi publicada a primeira tira de Rupert, que na ocasião ainda não era chamado pelo nome, na história "Little Lost Bear". Curiosamente foi desenhado como um urso pardo, mas por cortes de despesas com tinta, logo passou a ser impresso em cor branca, tornando-se sua característica principal nas publicações posteriores.

"The Adventures of Rupert The Little Bear"
  

    Com o sucesso, logo o personagem começou a ganhar novas aventuras, sendo publicadas em livros e revistas. Sua primeira série de livros começou a ser publicada em 1928, denominada "Rupert Little Bear Library", com um total de 64 volumes. Ainda outras duas séries foram publicadas, sendo "Rupert Bear Annuals" desde 1936 até os dias de hoje, completando 85 volumes em 2020 e "Brainwaves Limited" em 1991 com 4 volumes. O personagem foi desenhado por Mary até 1935, quando teve que parar por problemas de visão. Em seguida o artista Alfred Bestall assumiu os desenhos, sendo que os fez durante 40 anos. Seus sucessores foram James Henderson, Ian Robinson e Stuart Trotter.

    A fama de Rupert é tão grande na Europa que há uma ala dedicada ao personagem em um museu próximo a Londres, Inglaterra, o Canterbury Heritage Museum. A ala denominada "The Rupert Bear Museum" (Museu de Rupert, O Urso) foi fundada em 2003, tendo várias exposições, raras edições de publicações e a atividades para crianças. No ano de 2010 foram realizadas comemorações alusivas aos 90 anos do personagem, contando com exposições especiais e autógrafos dos cartunistas.

Exposição no "Museu do Rupert" em Londres
  

    Ganhou algumas adaptações para a televisão nos anos 70 e 80, além de um curta-metragem intitulado "Rupert and the Frog Song", produzido por Paul McCartney em 1984. Porém, nenhuma produção televisiva ficou tão famosa quanto a série animada dos anos 90, que contou com 65 episódios de cerca de 25 minutos, divididos em 5 temporadas, produzidas pelo estúdio Nelvana, entre 1991 e 1997. No Brasil foi exibida pela TV Cultura à partir de 1998, ficando no ar durante vários anos. Foi dublado no estúdio paulista BKS, contando com a voz de Rodrigo Andreatto no protagonista. Teve alguns episódios da primeira temporada lançados em DVD pela distribuidora Vídeo Brinquedo no início dos anos 2000.

    A série animada apresentava o jovem e educado urso Rupert, vivendo com seus pais, Sr. e Sra. Urso, em um pequeno vilarejo medieval, chamado Nozópolis (Nutwood no original). Está sempre brincando e ajudando seus amigos a resolverem problemas e até mesmo viajando a outros países e mundos fantasiosos. Entre os amigos de Rupert estão o medroso texugo Bill, o guloso porco Barrica, o brincalhão cachorro Valdo, o sábio cão chinês Pong Ping, o gentil elefante Eduardo, as travessas raposas gêmeas Freddy e Ferbie, entre outros. Entre os episódios memoráveis do desenho estão "Rupert na Terra dos Jogos", "Rupert e o Cavaleiro", "Rupert e os Bolinhos Mágicos", entre tantos outros.

Rupert e seus amigos
 
    Além de personagens e aventuras fantásticas, Rupert também se destaca por valores perenes que caracterizam o personagem principal, assim como elementos culturais pouco vistos em outros desenhos animados. Rupert é um garoto urso que carrega valores como honestidade, respeito, amizade, altruísmo e valorização da família. As aventuras do desenho mostram locais e mitos de vários países e culturas, principalmente a nórdica, onde vemos castelos, pequenos vilarejos, seres e personagens com vestes características da cultura européia.

    As aventuras de Rupert estarão para sempre na memória de quem já leu os livros ou assistiu a série animada, sendo uma ótima opção de cultura e entretenimento para pessoas de todas as idades. Vale a pena conferir as aventuras deste simpático urso, que há mais de um século vem divertindo e marcando gerações.

 

 

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COLUMBO EM NOVO HORÁRIO NA REDE BRASIL

 

    Em fevereiro deste ano a Rede Brasil de Televisão estreou a clássica e premiada série Columbo, sendo exibida às segundas-feiras, na faixa nobre da emissora, às 21h00. Porém, nos últimos meses, houveram algumas alterações na grade, devido a estreia de novos programas, o que também fez com que a série ganhasse um novo horário.

   Columbo (Peter Falk) é um tenente da Divisão de Homicídios de Los Angeles que tem um estilo bem peculiar. Extremamente educado com os suspeitos, para passar a impressão de um agente não ameaçador, está sempre vestido com um jaleco surrado e dirijindo seu velho carro, um Peugeot 403. Costuma juntas as peças do crime usando a lógica, mostrando-se um detetive brilhante, embora sua aparência não demonstre tal capacidade. Foi produzido em 1971, contando com 69 episódios, divididos em 11 temporadas.

    A série segue sendo exibida às segundas-feiras, porém agora um pouco mais cedo, à partir das 19h55, no bloco Séries de Ouro.


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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

CLÁSSICAS SÉRIES DE FICÇÃO CIENTÍFICA ÀS SEXTAS NA REDE BRASIL


    No horário nobre das sexta-feiras, a Rede Brasil de Televisão exibe duas séries do gênero ficção científica que marcaram época na televisão mundial, Túnel do Tempo (The Time Tunnel) e Arquivo X (The X-Files). 

    "Túnel do Tempo" é uma série criada por Irwin Allen e produzida pela 20th Century Fox em 1966. Apresenta dois cientistas, Dr. Douglas "Doug" Phillips (Robert Colbert) e Dr. Anthony "Tony" Newman (James Darren), que ao participarem de um projeto secreto do governo acabam voltando ao passado, ficando presos em uma máquina do tempo. Assim, vivem grandes aventuras nos mais variados períodos da história.

    "Arquivo X" é uma série de 1993, criada por Chris Carter. Apresenta dois agentes do FBI, Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson), que investigam os "arquivos-x", que se tratam de casos envolvendo fenômenos paranormais nunca resolvidos.

    Ambas são apresentadas no bloco Séries Douradas, todas as sextas-feiras, iniciando com Túnel do Tempo, às 20h10 e na sequência Arquivo X, às 21h05.


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"CHAVES" E "CHAPOLIN": SUCESSOS QUE CHEGARAM AO BRASIL POR ACIDENTE

 

Chapolin e Chaves

O seriados mexicanos Chaves (El Chavo Del Ocho) e Chapolin (El Chapulin Colorado) sem dúvida figuram entre os maiores sucessos da televisão brasileira em todos os tempos. Exibidos desde 1984 pelo SBT, que na época era chamado de TVS, ficaram no ar quase que ininterruptamente até o ano de 2020. O humor simples, porém inteligente, de seu criador e interprete Roberto Gomez Bolaños conquistou crianças e adultos quase que instantaneamente. Porém, poucos sabem que fatou pouco para que os programas não estreassem na emissora de Silvio Santos.

No ano de 1981 nasce a nova emissora da televisão brasileira, a TVS do empresário e apresentador Silvio Santos, que conseguira a metade da concessão da recém-falida Rede Tupi, sendo a outra parte cedida ao Sr. Adolpho Bloch, que inauguraria a Rede Manchete apenas dois anos mais tarde. Silvio queria preencher a grade com filmes, séries e desenhos norte-americanos, assim como exibir novelas. Para reduzir os custos de produção, preferiu importar novelas mexicanas, fechando contrato com a Televisa e dublando as mesmas em seu próprio estúdio, que funcionava na sede da própria emissora em São Paulo, na Vila Guilherme.

Assim os pacotes com conteúdos mexicanos começaram a chegar. Porém, em um determinado pacote haviam também dois seriados que não eram esperados, nada mais que Chaves e Chapolin. A direção da TVS estranhou aqueles conteúdos e logo afirmaram que não exibiriam os seriados, por serem antigos e aparentarem pouca qualidade visual. O caso é que para exibir os demais produtos do mesmo pacote, teriam que assinar o contrato com tudo o que ali constava. Assim, o plano inicial era engavetar as séries. Até que um dos diretores assistiu alguns episódios e afirmou que preferia que sua filha assistisse o humor ingênuo de Chaves a outros programas nacionais que usavam de apelação. Dessa forma convenceu Silvio Santos a dar uma chance de colocar os seriados no ar para um teste.

Com a decisão dos diretores, Chaves e Chapolin tiveram alguns episódios enviados para o núcleo de dublagem, ficando à cargo da empresa MAGA, de Marcelo Gastaldi, que prestava serviços à TVS, cedendo os profissionais de voz e usando as instalações da Vila Guilherme. Gastaldi era também diretor e dublador, assumindo a voz dos protagonistas e escalando o restante do elenco para o trabalho. Estes primeiros episódios dublados são os que apresentam os personagens com vozes mais agudas, como por exemplo o clássico "Seu Madruga Leiteiro" em Chaves e "O Cleptomaníaco" em Chapolin. O seriado Chaves teve mais de 80 episódios dublados para exibição neste primeiro lote, enquanto Chapolin teve menos de 30.

Marcelo Gastaldi, a voz brasileira de Chaves e Chapolin

Assim, em agosto de 1984 os programas foram ao ar, não precisando de muito tempo para ganhar a simpatia dos telespectadores. Passaram por diversos horários e foram exibidos em vários programas da casa, como o TV Poww e Sessão Premiada. Logo ganharam horários próprios na grade semanal, além de novos lotes de episódios adquiridos em 1988, 1990 e 1992. Na época da dublagem do ultimo lote o estúdio cedido pela TVS já não mais existia, sendo que Gastaldi alugou os estúdios da Marshmallow para realizar os trabalhos. Até mesmo um LP com as músicas dos seriados foi lançado em 1989, contando com as vozes dos dubladores.

As reprises do garoto do barril e do herói atrapalhado marcaram as gerações dos anos 80, 90 e 2000. Mesmo com raras ausências na programação, logo voltavam ao ar, pois o público não queria ficar sem as aventuras e bom humor destes simpáticos personagens. Até mesmo canais pagos adquiriram os programas para exibição no Brasil, sempre com grande sucesso. Infelizmente, em 2020, ambos tiveram seus contratos de exibição bloqueados em todo o mundo, devido a um impasse entre a emissora que os produziu e o grupo que detém os roteiros. Ainda hoje o público brasileiro sente falta de dar boas gargalhadas com estes programas, que sem querer querendo, chegaram à televisão brasileira.


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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

"TUDO AZUL" É A ATRAÇÃO DESTA QUINTA CLÁSSICA NA REDE BRASIL

    Todas as semanas a Rede Brasil de Televisão exibe a sessão Quinta Clássica, com grandes sucessos do cinema. Hoje (15) a emissora exibirá a comédia musical Tudo Azul (Good News), estrelada por June Allyson e Peter Lawford.

    O filme produzido em 1947 conta a história da jovem Connie Lane (June Allyson), que trabalha na biblioteca de uma universidade e se apaixona por um grande jogador do time de futebol americano da instituição, Tommy Marlowe (Peter Lawford). O rapaz encontra seu futuro como atleta ameaçado, quando tira notas baixas e está a ponto de ser dispensado da equipe. Connie vê sua chance de se aproximar de Tommy, oferecendo-lhe aulas pariculares para não perder sua vaga como atleta.

    A Quinta Clássica é exibida à partir das 00h00, na virada de quinta para sexta-feira, na Rede Brasil de Televisão.


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O FALCÃO JUSTICEIRO (1980)

 

Um clássico filme de batalha medieval

Em 1980 estreou nos cinemas um filme britânico, sobre cavaleiros e lutas com espadas, que marcaria toda uma geração, O Falcão Justiceiro (Hawk The Slayer). Escrito e dirigido pelo inglês Terry Marcel, apresentava um roteiro simples, mas contundente, além de elenco com alguns nomes de peso, como Jack Palance, que interpretou o vilão da trama. A trilha sonora também é muito marcante, trazendo uma mistura entre épico e efeitos eletrônicos dos anos 80.

O roteiro se inicia com a chegada do terrível cavaleiro Voltan (Jack Palance) ao castelo de seu pai (Ferdy Mayne), a fim de reclamar um antigo segredo que lhe traria grande poder, a Chave da Força dos Patriarcas. Porém, Voltan era um homem muito cruel e temido em seu país, o que fez com que seu pai lhe negasse este segredo. Revoltado por não conseguir seu objetivo, Voltan fere seu pai mortalmente e se retira do castelo. Em seguida seu irmão mais novo, chamado Falcão (John Terry), chega para ver seu pai, que antes de morrer lhe entrega o segredo, já que ao contrário de seu irmão tinha um coração nobre e procurava proteger as pessoas. O segredo estava em uma pedra mágica, de cor verde, que se une a uma espada, concedendo grande força a Falcão, que agora passaria a defender o reino contra as maldades de seu irmão.

Assim vemos a chegada de um homem chamado Ranulf (William Morgan Sheppard) ao covento Irmandade da Palavra Santa, pedindo ajuda, já que seu vilarejo havia sido atacado por Voltan e seu bando. Logo Voltan chega ao convento, acompanhado de seu filho Drogo (Shane Briant), exigindo que as freiras lhe entregassem o ouro que havia no local. Devido a recusa das freiras, sequestra a Abadessa (Annene Crosbie), até que lhe entreguem o ouro. Assim, Ranulf vai atrás do único homem capaz de fazer justiça contra a tirania de "Voltan, o Sombrio". Este justiceiro era o próprio Falcão.

Gort, Ranulf, Feiticeira, Falcão, Baldin e Arqueiro

Após a introdução do filme, já vemos o tempo adiantado, dando a entender que Voltan se tornara ainda mais cruel e conhecido por destruir vilarejos, assim como o herói Falcão com um tom de mais experiência no uso de sua poderosa espada. Antes de socorrer Ranulf e as freiras que precisavam resgatar a Abadessa, Falcão salva uma mulher que seria queimada por homens maus. Esta tinha poderes mágicos e o ajudaria a encontrar alguns de seus notáveis amigos, que acompanhariam na luta contra Voltan. Estes companheiros de Falcão eram o gigante Gort (Bernard Bress Jaw), o elfo Arqueiro (Ray Charleson) e o anão Baldin (Peter O'Farrell). Ainda descobrimos no decorrer da trama que Voltan usava um elmo que lhe cobria um dos olhos, pois no passado havia sido ferido pela noiva de Falcão, Eliane (Catriona MacColl).

O filme conta com poucos efeitos visuais e cenários bem construídos. A filmagem feita com poucas luzes passa a sensação dos dias sombrios vividos naquele reino aterrorizado por Voltan. As atuações são muito boas, tendo o protagonista Falcão com um ar bastante heróico e seguro, enquanto o vilão Voltan passava um ar insano e cruel, demonstrando toda sua maldade e arrogância. O final deixa uma ponta solta para uma continuação, que estava planejada pelo diretor, mas nunca saiu do papel.

Falcão e Voltan em sua luta final

O Falcão Justiceiro não foi exibido nos cinemas brasileiros, mas teve grande destaque quando foi exibido na televisão pelo SBT, que o reprisou algumas vezes entre os anos 80 e início dos 90, tornando-se um dos mais lembrados entre os filmes exibidos no auge da emissora. Foi lançado também em VHS, porém nunca em DVD ou Blu Ray por aqui. A dublagem foi realizada pelo estúdio paulista Alamo, contando com um ótimo elenco de vozes da época. Vale a pena ver ou rever este clássico, que com certeza agradará o público nostálgico, assim como os amantes de filmes com batalhas medievais.

== TRAILER ==




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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

FESTIVAL ROCKY NA REDE BRASIL

 


    A Rede Brasil de Televisão vem fazendo exibições sequenciais de franquias de filmes nos últimos meses. Títulos como "Superman", "007" e "Planeta dos Macacos" foram exibidos em ordem cronológica e remasterizados em HD. Desta vez, a franquia "Rocky", estrelada por Sylvester Stallone, vem sendo exibida desde o último sábado (10).

    O primeiro filme intitulado Rocky: Um Lutador, exibido pela emissora na semana passada, foi lançado nos cinemas em 1976, com grande sucesso, tornando-se um dos maiores clássicos de sua década. Gerou uma sequência de outros cinco filmes, lançados em 1979, 1982, 1985, 1990 e 2006.

    No próximo sábado (17) será exibido o segundo filme da série, intitulado Rocky II: A Revanche. Os demais filmes serão exibidos nas próximas semanas, no Festival Rocky, dentro do bloco Sessão Matinê, à partir das 15h00.


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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

SESSÃO ORIENTAL: CLÁSSICOS HERÓIS JAPONESES NA REDE BRASIL

 

    Nos anos 80 e 90 o público acompanhou uma onda de desenhos e séries japonesas pela extinta e saudosa Rede Manchete. Títulos como "Patrulha Estelar", "O Pirata do Espaço", "Jaspion", "Changeman", "Lion Man", além do grande sucesso "Os Cavaleiros do Zodíaco" eram as principais atrações na emissora. Após a venda da Manchete em 1999, o público ainda pôde acompanhar novos títulos nipônicos em outras emissoras, abertas e fechadas, mas com o passar do tempo foram desaparecendo nas grades das mesmas. Até que em 2007 surge a Rede Brasil, contando com clássicos de todos os gêneros na TV aberta. Por ali também passaram vários clássicos exibidos outrora pela Manchete, tanto séries quanto animações, sendo que atualmente alguns títulos seguem na grade pelo bloco Sessão Oriental, inclusive em horário nobre.

    Entre os títulos que marcaram a chamada "Geração Manchete" estão os animês Samurai Warriors e Shurato, que vieram no auge do sucesso de "Os Cavaleiros do Zodiaco", apresentando novos guerreiros usando armaduras, além da série Comando Estelar Flashman, que assim como "Changeman" e "Maskman" pertence a uma franquia chamada "Super Sentai", apresentando times de heróis usando uniformes coloridos e combatendo terríveis impérios que pretedem dominar a terra. Outro sucesso dos anos 80, antes exibido pela Globo e TV Gazeta, é Zillion. Ainda outras duas animações japonesas que marcaram as gerações dos anos 70 e 80, na Rede Tupi e TV Record, fazem parte do bloco, Speed Racer e Fantomas - O Guerreiro da Justiça.

Os horários da Sessão Oriental na Rede Brasil são:

- Domingo: 15h30 - Fantomas - O Guerreiro da Justiça

- Terça-feira: 22h00 - Samurai Warriors / Comando Estelar Flashman

- Sábado: 17h00 - Shurato / Zillion / Speed Racer

    A Rede Brasil está disponível via sinal digital aberto em grande parte do país, nas grandes operadoras de TV por assinatura, pelo site oficial e no aplicativo para smartphones RB Play.


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JEANNIE É UM GÊNIO (1965)


Uma clássica comédia dos anos 60

Ao falar de clássicas séries de comédia é impossível não citar duas produções dos anos 60, A Feiticeira e Jeannie é um Gênio. Ambas foram criadas por Sidney Sheldon, que marcou a TV com o sucesso da primeira. Assim, a rede NBC encomendou uma segunda produção nos mesmos moldes, a fim de atrair audiência. Porém enquanto víamos na primeira uma feiticeira tentando se acostumar a uma vida normal, para não trazer problemas ao marido, James Stevens, a segunda apresentava uma gênia de grande coração, porém que não sabia conter seus poderes para tentar agradar a seu amo, o Capitão Antony Nelson.

A série se iniciava com um astronauta, chamado Anthony Nelson (Larry Hagman), que havia caído com sua cápsula da NASA em uma ilha deserta durante uma missão. Enquanto aguardava seu resgate, encontrou uma bela garrafa, e ao esfregá-la descobriu que alí havia uma gênia presa há dois mil anos. Seu nome era Jeannie (Barbara Eden). Logo o Capitão Nelson deseja que ela o ajude a sair daquele local, fazendo com que o helicópetero de resgate logo surgisse para buscá-lo. Antes de partir, Nelson diz a Jeannie que está livre para seguir sua vida. Porém, a gênia queria servir a seu novo amo, se escondendo em sua bagagem e o acompanhando até sua casa e Cocoa Beach. Assim se inicia a trajetória de Nelson para tentar esconder Jeannie de seus amigos e superiores no trabalho, exceto o Capitão Roger Healey (Bill Daily), que era seu melhor amigo, foi promovido a Major juntamente com ele e logo descobre seu segredo. Ambos sempre estão fugindo do Coronel Alfred Bellows (Haiden Rorke), o psiquiatra da NASA, que está sempre desconfiando que há algo errado com o Major Nelson.

Os episódios eram muito divertidos e movimentados, tendendo em diversas ocasiões para um humor pastelão, com quedas e sequências exageradas, mas ainda assim mantendo o equilíbrio dos roteiros. Destaque para o entrosamento do trio principal, Jeannie, Nelson e Healey, que mostravam grande entrosamento em cena. Barbara Eden mostra sua versatilidade à partir da terceira temporada, ao interpretar também a perversa irmã de Jeannie, o oposto da bondade e ingenuidade da protagonista. Em quase todos os episódios, Nelson sofre quedas muito engraçadas, além de demonstrar o nível de estresse em que vive para esconder sua gênia. Healey tem ótimas nuances entre os momentos de seriedade e comicidade, que marcam o personagem.

Roger Healey, Jeannie e Anthony Nelson

Embora seja lembrada até hoje, Jennie é um Gênio nunca esteve entre as 10 séries mais assistidas da televisão americana. Teve êxito em suas quatro primeiras temporadas, porém fazendo com que o público perdesse o interesse após o tão sonhado casamento de Nelson e Jeannie no quinto e último ano, o que para muitos tornou a série sem sentido, já que a graça era ver o Major tentando esconder sua gênia a qualquer custo. Enquanto isso, a série irmã, A Feiticeira, seguia com bons índices de audiência, finalizando com um total de oito temporadas. Até hoje, as séries costumam ser negociadas juntas para exibição na televisão, assim como nos anos 2000 quando foram reprisadas no Brasil pela, até então, recém lançada RedeTV, sendo atualmente exibidas pela Rede Brasil e Pluto TV.

Foi produzida entre 1965 e 1970, com um total de 139 episódios. A primeira temporada foi gravada originalmente em preto e branco, assim como as temporadas iniciais de "A Feiticeira". Porém nos anos 90, ambas as séries tiveram tais episódios colorizados por computador, deixando assim todas temporadas mais uniformes. Curiosamente nas exibições pelo streaming Pluto TV, as temporadas iniciais voltaram a serem exibidas em preto e branco.

Estreou no Brasil em 1966 pela extinta TV Paulista. Na época o ator Larry Hagman chegou a vir ao Brasil, onde foi entrevistado em programas de TV. Durante as décadas seguintes a série passou por várias outras emissoras como TV Excelsior, TV Record, Bandeirantes, RedeTV, Rede 21, TV Cultura e Rede Brasil. Foi lançada por completo em DVD, mantendo a dublagem original dos anos 60, realizada nos estúdios da AIC.



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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

CLÁSSICOS DA FICÇÃO CIENTÍFICA MARCAM AS NOITES DE SEGUNDA NA REDE BRASIL


    Todas as segundas-feiras, no horário nobre da Rede Brasil de Televiso, o público confere duas clássicas séries fantásticas que marcaram época na televisão mundial, Terra de Gigantes (Land of the Giants) e Planeta dos Macacos (Planet of the Apes). Ambas são exibidas na sessão Séries de Ouro.

    Terra de Gigantes é uma produção de 1968, criada pelo renomado Irwin Allen ("Viagem ao Fundo do Mar", "Perdidos no Espaço", "Túnel do Tempo") e produzida pela 20th Century Fox. Conta a história de um grupo de viajantes da nave Spindrift, que partiram de Los Angeles a Londres, até que são atingidos por uma misteriosa tempestade espacial, que os lança a um planeta semelhante à terra, porém ali tudo e todos são 12 vezes maiores. Assim passam a ser perseguidos pelo governo local que os denomina como "pequeninos". A trama se passa nos anos 80, sendo uma produção dos anos 60. Estreou no Brasil em 1969 pela TV Record.

    Planeta dos Macacos é uma série baseada na série de filmes de mesmo nome. Na trama conhecemos os astronautas Alan Virdon (Ron Harper) e Pete Burke (James Naughton), que partem em uma viagem espacial a fim de resgatar os astronautas perdidos na história do primiro filme da franquia. Atravessando a barreira do tempo, vão paraf num futuro muito distante, descobrindo que seus antigos companheiros astronautas já haviam morrido e o mundo fora dominado por macacos, que agora agiam e falavam como humanos. Passam a serem perseguidos pelo governo local, porém contando com a ajuda do macaco Galen (Roddy McDowall), até encontrarem uma forma de voltarem a seu tempo. Estreou no Brasil em 1976 pela Globo.

    As séries são exibidas pela Rede Brasil às segundas-feiras, à partir das 22h00, iniciando com Terra de Gingantes e Planeta dos Macacos logo na sequência, às 23h00. Ambas foram remasterizadas em HD.


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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

SPEED RACER (1967)

 

O animê de corridas que conquistou o mundo!

Nos anos 60 os irmãos Tatsuo Yoshida e seus irmãos Kenji e Ippei Kuri, abriram o estúdio de animação Tatsunoko Productions. Ali adaptaram para séries animadas seus personagens, anteriormente lançados em mangá. Dentre as animações do estúdio estão Ás do Espaço (Uchū Ēsu), O Judoca (Kurenai Sanshiro), G-Force (Gatchaman), entre tantos outros. Porém, o título a conquistar maior destaque internacional foi Mach Go Go Go, ou como ficou conhecido no ocidente, Speed Racer.

A série foi baseada no mangá de mesmo nome, lançado entre 1966 e 1968, na revista Shonen Book. O título Mach Go Go Go faz referência aos nomes do protagonista, Go Mifune, seu carro de corridas, Mach Go e consequentemente à palavra Go em inglês, em alusão à velocidade, ou seguir em frente. Já em japonês a palavra Go significa o número cinco, em referência ao número do carro nas corridas.

A trama apresentava o jovem piloto de corridas Go Mifune, filho de um engenheiro mecânico, Daisuke Mifune, que criara um fantástico carro de corridas, chamado Mach Go. Porém a empresa automobilística para qual o senhor Mifune trabalhava reprovou seu projeto para o novo modelo e acabou por demití-lo. Isso foi causado por um homem que na verdade queria roubar o projeto do Mach Go. Enquanto isso, o jovem Go tentava a todo o custo conseguir a permissão de seu pai para tornar-se piloto profissional, o que lhe custou muito, pois o senhor Mifune havia tido uma péssima experiência ao se tornar piloto, resultando em sua fuga de casa. Assim vemos o desenvolvimento do rapaz atrás do volante participando das mais perigosas corridas, além de enfrentar gangues e criminosos.

Os demais personagens do desenho são a mãe de Go, Aya Mifune, seu irmão mais novo, Kurio Mifune, que junto a seu macaco de estimação, Sanpei, viviam escondidos no porta-malas do veículo, além de comerem grandes quantidades de balas. Junto a equipe de corridas trabalham a namorada de Go, Michi Shimura, e o mecânico da equipe, Sabu. Ainda outros personegens aparecem regulamente, como famoso piloto mascarado Fukumen Resa, que na verdade é o irmão mais velho de Go disfarçado, e o Inspetor Detetive, que conta com a ajuda do protagonista para desvendar alguns casos de criminosos, dentro ou fora das pistas.

O desenho foi produzido em 1967, logo chegando aos Estados Unidos, por meio da distribuidora Trans-Lux, que alterou o nome da série para Speed Racer, além de alterar os temas de abertura e encerramento para a canção "Go, Speed Racer, Go!". A edição americana também realizou pequenos cortes nos episódios e alterou os nomes dos personagens. Dessa forma Go Mifune passou a se chamar Speed Racer, Daisuke Mifune se tornou Pops Racer, Aya Mifune foi chamada apenas como Senhora Racer, Kurio Mifune tornou-se Gorducho, Sanpei passou a ser chamado como Chim Chim (Zequinha no Brasil), enquanto a noiva de Speed, Michi tornou-se Trixie, o mecânico Sabu foi chamado de Sparky e o piloto mascarado, Fukumen Resa, ficou como Corredor X.

A edição americana foi distribuída para vários países, inclusive no Brasil. Porém, curiosamente, a primeira exibição do desenho no Brasil, ocorreu através de distribuição com cópias vindas da Argentina, onde o título da série é Capitão Meteoro. Dessa forma a estreia ocorreu pela TV Globo, em 1969, com o mesmo título da versão argetina, porém sem muito alarde. O sucesso no país ocorreu mesmo nos anos 70, quando estreou com a edição americana e o original título ocidental, agora pela Rede Tupi, no programa Clube do Capitão Aza, sendo exibido ao lado de outros sucessos japoneses, como Ultraman, A Princesa e o Cavaleiro e Fantomas - O Guerreiro da Jutiça. Nas décadas seguintes passou por várias outras emissoras, como TV Record, MTV, Cartoon Network, Boomerang e Rede Brasil.

Coleção de DVDs lançada pela California Filmes

A famosa dublagem realizada pelo estúdio Teleshow infelizmente se perdeu em um suposto incêndio nos arquivos da TV Record nos anos 80. Ganhou uma redublagem oficial em 1996, para a exibição no Cartoon Network, pela Sincrovideo, sendo utilizada em todas as exibições posteriores na televisão, assim como lançamento em DVD pela distribuidora California Filmes, que lançou a série completa em 5 volumes. Ainda outras empresas lançaram episódios avulsos em VHS  e DVD, entre os anos 80 e 90, com outras dublagens, realizadas nos estúdios S&C e Stúdio Gábia.

Speed Racer teve um total de 52 episódios, produzidos entre 1967 e 1968, tronando-se uma das séries animadas mais famosas e icônicas de todos os tempos. Ganhou outras versões animadas, em quadrinhos e adaptações para cinema, porém nunca com o mesmo brilho e sucesso da animação original, que marcou e segue marcando gerações.


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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

BATMAN E ROBIN EM NOVO HORÁRIO NA REDE BRASIL

 

        

    A Rede Brasil de Televisão voltou a exibir a clássica série Batman e Robin em outubro de 2020, inicialmente às quintas e sextas-feiras, às 23h30. Após algum tempo passou a ser exibida apenas às quintas, na faixa das 20h00, tendo alguns períodos de variação de horário para às 19h00. 

    Batman foi produzido em 1966 pela 20th Century Fox, sendo um grande sucesso, tanto na TV americana, quanto no Brasil. A produção estrelada por Adam West e Burt Ward consagrou o herói dos quadrinhos para sempre na memória do público, com um tom divertido e detetivesco, tendo como marca principal as cenas de lutas onde aparecem as famosas onomatopeias, como nos quadrinhos. Teve um total de 120 episódios, divididos em 3 temporadas, além de um longa-metragem.

    Hoje (08), a Rede Brasil anunciou em suas redes sociais que a série voltará a ser exibida às quintas e sextas-feiras, à partir das 20h00, com imagem remasterizada em HD. Lembrando que a emissora divulga os horários de seu sinal principal, que opera no canal 12.1 digital de São Paulo. O canal secundário, denominado RBTV, opera pelo canal 14.1 digital de São Paulo, sendo que a programação costuma ter horários variados, com algumas séries exibidas no sinal principal reprisando neste um pouco mais tarde.


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