segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

MULHER MARAVILHA DE VOLTA À REDE BRASIL

 

    Hoje 16 de janeiro de 2023, a Rede Brasil de Televisão traz de volta à sua programação uma das séries de maior sucesso nos anos 70, Mulher Maravilha (Wonder Woman), estrelada por Lynda Carter. A série vinha sendo exibida na emissora até março do ano passado, quando foi substituída por "Planeta dos Macacos" (Planet of the Apes), sendo esta reprisada ininterruptamente até a semana passada. Curiosamente dará lugar à mesma série que ocupava o horário na grade anteriormente. 

    "Mulher Maravilha" é uma série baseada nos quadrinhos da super-heroína de mesmo nome, publicados pela DC Comics. Foi produzida pela Warner Bros. Television, sendo exibida na televisão americana entre 1975 e 1979. Teve sua primeira temporada transmitida pela Rede ABC, que logo a cancelou, sendo assumida pela Rede CBS, que a exibiu entre 1977 e 1979. A citada temporada inicial se passava nos anos 40, sendo que as demais, exibidas pela CBS, se passavam nos tempos modernos, quando o programa passou a se chamar As Novas Aventuras da Mulher Maravilha. A atriz Lynda Carter ficou marcada para sempre no papel de Diana Prince, a identidade secreta da heroína título.

    Será exibida pela emissora às segudas-feiras, à partir das 23h00, no bloco Séries de Ouro. A grande novidade deste retorno é ver a série remasterizada em FullHD. Atualmente está também disponível para os assinantes da plataforma de streaming HBO Max.


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SEGUNDA TEMPORADA DE "OS MONKEES" NA REDE BRASIL

Mike, Peter, Dave e Micky
    A Rede Brasil vem exibindo a clássica série Os Monkees (The Monkees), nas noites de sábado, desde junho do ano passado, sendo essa a segunda passagem pela emissora, que a exibiu também em 2012. Porém, na ocasião foram ao ar apenas os episódios da primeira temporada, com dublagem original do estúdio AIC.
    
    Quando foi anunciado o retorno à programação, a novidade era ver os episódios remasterizados em alta definição. Porém, nas últimas semanas, o público vem sendo surpreendido, pois pela primeira vez a segunda temporada está sendo apresentada na emissora. Tais episódios haviam sido exibidos pela última vez na Rede 21 em meados de 2005. No último sábado (14) foi ao ar o episódio 38, intitulado "A Força do Amor".

    "Os Monkees" é uma série de comédia musical, gravada entre 1966 e 1968, estrelada pelo quarteto Mike Nesmith, Dave Jones, Micky Dolenz e Peter Tork, que representam versões fictícias de si mesmos. Formaram um conjunto de mesmo nome na vida real. Nos episódios vemos os rapazes tentando sucesso na carreira musical e resolvendo os problemas do cotidiano das formas mais loucas e engraçadas que se possa imaginar. 

    A série é exibida pela Rede Brasil de Televisão aos sábados, à partir das 20h30.


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sábado, 14 de janeiro de 2023

SUPER GRAND PRIX - ANIMÊ (1977)

O animê sobre automobilismo que chegou ao Brasil em DVD.

Entre as décadas de 1980 e 2000, o Brasil conheceu várias animações japonesas, tanto pela televisão quanto em fitas VHS e DVD. Porém, muitas dessas lançadas em home video ficaram esquecidas pelo tempo, já que nem todos tinham vídeo cassete em casa e alguns títulos não chegavam às locadoras de bairro. Assim, apenas as séries exibidas na televisão se popularizavam a nível nacional. Entre os títulos menos conhecidos está Super Grand Prix, uma série com temática automobilística que chegou ao Brasil no ano de 2003, apenas em DVD, editado como um filme de 90 minutos.

Embora o animê tenha chegado aqui no início dos anos 2000, foi produzido na década de 1970 pela Toei Animation, com um total de 44 episódios de aproximadamente 25 minutos, exibidos entre 22 de setembro de 1977 e 31 de agosto de 1978 pela Fuji TV, às quintas-feiras, na faixa das 19h00. 

A série foi criada por Kogo Hotomi e escrita por Masaki Tsuji, Keisuke Fijukawa e Shozo Uehara. A direção ficou à cargo de Rintaro e Nobutaka Nishizawa. A animação foi feita por Kenzo Koizumi e Takuo Noda. Dois destes nomes trabalharam em obras muito conhecidas do público brasileiro, sendo Shozo Uehara e Rintaro. O primeiro escreveu roteiros para séries como Ultraman e O Fantástico Jaspion, enquanto o segundo dirigiu animês como Kimba, O Leão Branco e O Menino Biônico.


Dainishi, Rie, Suzuko, Takaya e Hangarou.

Na série original, intitulada Arrow Emblem Grand Prix no Taka, acompanhamos a trajetória do jovem Takaya Todoroki, que tem personalidade forte e sonha em se tornar um grande piloto de Fórmula 1. Para isso, constrói um carro de aparência rústica, mas com boa mecânica, o que faz com que um grupo de competidores, que possuem carros melhores, zombem dele. Mesmo com poucos recursos, Takaya mostra que sua grande habilidade ao volante pode lhe garantir um futuro promissor. Porém, ao disputar uma corrida e estar a ponto de vencer, seu carro derrapa em uma poça de óleo e acaba batendo em uma murada.

Após o acidente, Takaya é levado às pressas ao hospital para tratar de seus ferimentos. Quando tudo parecia perdido, surge um sujeito mascarado, chamado Nick Lauda (uma referência ao famoso piloto homônimo), oferecendo-lhe uma oportunidade de voltar a correr, agora pela equipe Katori Motors de propriedade do Sr. Katori. O que o jovem não esperava é que os pilotos que zombaram dele antes do acidente também faziam parte desta equipe. Entre estes estavam a filha do presidente local, Rie Katori, e seu namorado Dainishi Houshou.

Takaya aceita o convite do misterioso mascarado, sendo levado até a casa de pilotos da Katori Motors. Ali conta com a ajuda e amizade da jovem Suzuko Ouse e seu irmão caçula Hangarou Ouse. No decorrer da trama, ainda surgem outros personagens baseados em renomados pilotos reais, entre eles o brasileiro Emerson Fittipaldi.

Takaya recebe o convite de Nick para voltar a pilotar.
 

Durante a saga, Takaya participa de vários rallies e corridas, sempre demonstrando sua grande habilidade, mas enfrentando problemas por não possuir carro próprio e cair em armadilhas de pilotos rivais. Após um período, ganha a simpatia do Sr. Katori, que lhe concede permissão para montar seu próprio carro na fábrica Katori Motors. Porém, tem dificuldades em conseguir peças com os funcionários do local, por não contar com um supervisor para assinar seu projeto.

O jovem piloto tem a ideia de juntar peças descartadas em um velho galpão do local, montando um potente carro conversível que o ajudaria a provar à diretoria que além de ser um grande piloto, era também muito habilidoso em engenharia e mecânica. Assim, foi convocado a participar da mais aguardada competição automobilística, o Rally de Monte Carlo.

Após vencer o Rally de Monte Carlo, contando com Suzuko como sua auxiliar, passa a ganhar o respeito dos demais pilotos. Na ocasião participou da competição como o terceiro piloto da equipe. À partir de então, passa a focar em seu grande sonho de chegar à Fórmula 1, contando com um apoio de Nick.

 

Capa de LP japonês com músicas da série.

 O ANIMÊ NO OCIDENTE

Ao chegar nos Estados Unidos, em 1983 pela Century Video Corporation, o animê foi reeditado e reduzido para um filme de 90 minutos, intitulado como Super Grand Prix, onde foram alterados os nomes dos personagens e a trilha sonora. O protagonista, Takaya, agora foi chamado como Shawn Corrigan (por vezes chamado como “Chash” Corrigan pelos pilotos rivais, devido ao acidente com seu carro). Suzuko foi chamada como Millie. Hagarou como Joji. Rie como Sumiko. Dainishi como Aces Tanaka. Finalmente, Nick Lauda como Mascarado.

O tema de abertura original, intepretado por Ichirou Mizuki, foi substituído por uma música instrumental que combinou bem com o clima da trama, assim como os demais fundos executados durante a animação. Os caracteres em japonês, presentes na abertura e créditos, foram substituídos para o padrão americano, embora ainda sejam creditados os nomes originais da produção japonesa.

A edição americana praticamente não alterou o roteiro original, sendo o longa-metragem um resumo da primeira fase da série. Quando se adapta uma série animada para filme o resultado não costuma ser satisfatório, vide vários casos de produções que chegaram em VHS nos anos 80 e 90, que acabavam deixando suas respectivas tramas com pontas soltas. Super Grand Prix foi uma exceção, pois conseguiram fazer uma edição coesa, com começo, meio e fim bem amarrados, destacando a luta de Shawn para alcançar seus objetivos, assim como suas dificuldades para vencer corridas e rallys sem o apoio dos colegas, tornando clara a mensagem de superação e perseverança da obra original. O filme termina deixando no telespectador um sentimento de vontade de continuar acompanhando a saga do jovem piloto.

 

Capa do DVD lançado no Brasil pela Spot Films

A série original foi exibida em alguns países da América Latina com o título Grand Prix. Porém, nunca no Brasil, que só veio a conhecer o título em 2003, quando a distribuidora Spot Films lançou o longa-metragem em DVD com a edição norte-americana, Super Grand Prix. A edição em home video era bem simples, contando apenas com opção de áudio em português e nenhum conteúdo extra. 

A dublagem foi realizada no estúdio carioca Brasil Touch, contando com as vozes de Jorge Lucas como Shawn Corrigan, Hélio Ribeiro como Mascarado, Fernanda Crispim como Millie, Rodrigo Antas como Joji, Duda Ribeiro como Aces Tanaka, Melise Maia como Sumiko e Domício Costa como Sr. Katori. A narração ficou à cargo de Luiz Feier Motta.

O filme nunca chegou a ser exibido na televisão brasileira ou disponibilizado em algum serviço de streaming, sendo ainda possível encontrar exemplares em mídia física em sebos ou sites de venda. Vale a pena conferir este excelente clássico da animação japonesa, que infelizmente é pouco conhecido no Brasil. 

 


 

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Shozo Uehara - Roteirista de Clássicos

A História do Animê



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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

UMA FAMÍLIA FULEIRA (1965)

O filme que destacou a versatilidade de Jerry Lewis

Um dos maiores e mais influentes comediantes da história do cinema, sem sombra de dúvida, foi Jerry Lewis. Um artista completo que além de atuar com maestria, escrevia, produzia e dirigia muitos dos filmes em que protagonizava. Entre estes casos está Uma Família Fuleira (The Family Jewels) de 1965, onde o ator mostrou todo o seu talento interpretando um total de sete personagens, em atuações inspiradas, cheias de caras e bocas no melhor estilo pastelão clássico que só ele sabia fazer.

Este foi o décimo oitavo longa-metragem de sua carreira solo, já que iniciou no cinema em 1949 ao lado do ator e cantor Dean Martin. À partir de 1957, após o fim da dupla, começou a atuar sozinho no filme O Delinquente Delicado (The Delicate Delinquent), o qual protagonizou e produziu. "Uma Família Fuleira" foi o penúltimo filme de Lewis com a produtora Paramount Pictures, para quem trabalhava desde 1949, sendo que à partir do filme Três em um Sofá (Three on a Couch), de 1966, passou a trabalhar para a Columbia Pictures.

Na trama conhecemos uma garota orfã, de 9 anos de idade, chamada Donna Peyton (Donna Butterworth), herdeira de 30 milhões de dólares, que agora teria que escolher um entre seus tios paternos para se tornar seu pai adotivo, tendo para isso um prazo de duas semanas determinados pela justiça. Para cuidar da garota e levá-la até cada tio foi designado o bondoso e desastrado chofer Willard Woodward (Jerry Lewis), que era também guarda-costas e o melhor amigo da garota. Assim ela inicia sua trajetória visitando seu tio mais velho, James Peyton (Jerry Lewis), um velho e simpático capitão de navio. Em seguida Willard leva a garota até um circo, onde vivia seu tio Everett Peyton (Jerry Lewis), que trabalhava como palhaço, embora fosse extremamente mau-humorado e detestasse crianças. O terceiro tio a ser verificado era Julius Peyton (Jerry Lewis), um fotógrafo de modelos, totalmente concentrado em seu trabalho, o que fazia com que se esquecesse totalmente do que se passava a sua volta. Na sequência a garota foi ao aeroporto conhecer o tio Eddie Peyton (Jerry Lewis), um educado e desajeitado piloto de avião. O próximo tio era Skylock Peyton (Jerry Lewis), um grande detetive que lembrava muito o próprio Sherlock Holmes. O ultimo da lista era o tio Bugs Peyton (Jerry Lewis), um gangster que rapta a própria sobrinha e realiza atentados contra o chofer Willard.

Durante as visitas aos tios, todos brilhantemente interpretados por Lewis, vemos sequências grandiosas e totalmente hilárias, com o típico humor exagerado e ao mesmo tempo refinado que caracteriza os filmes do comediante. Algumas que se destacam são, por exemplo, a história contada pelo Capitão James, que se passava durante a Segunda Guerra Mundial. O fotógrafo Julius tão focado em seu trabalho, que confunde a própria sobrinha com uma modelo. As peripécias do atrapalhado detetive Skylock e o ato final em que Willard torna-se herói contra o tio gangster, Bugs. Porém, a cena do tio Eddie tentando levantar voo com seu velho avião é, com certeza, a melhor sequência cômica da produção. Curiosamente todos os tios eram baseados em personagens de outros filmes de Lewis, por exemplo o tio Julius, que era idêntico ao Professor Kelp do clássico O Professor Aloprado (The Nutty Professor) de 1963.

O filme é extremamente divertido e indicado para se ver com toda a família, apresentando um roteiro simples, mas funcional, além do humor leve, não apelativo, que faz tanta falta no cinema das últimas décadas. No elenco se destacam grandes nomes, ainda que poucos, já que Lewis interpreta a maioria dos personagens, mostrando todo o seu talento e versatilidade nas várias personalidades dos tios de Donna. Entre os demais atores estão Sebastian Cabot, Neil Hamilton e Anne Baxter.

No Brasil o filme teve duas dublagens, sendo mais conhecida a versão exibida na televisão, realizada no estúdio carioca Herbet Richers, que fez a maior parte dos filmes do comediante, até mesmo em redublagens, para padronizar a voz de Nelson Batista no mesmo. A outra versão atualmente é bastante rara, pois saiu apenas em VHS, sendo realizada no estúdio paulista Alamo, contando com a voz de Nelson Machado no protagonista. Atualmente o filme está disponível em DVD, pelo selo World Classics, contando com a dublagem da Herbert Richers. Vez por outra é reprisado na TV aberta pela Rede Brasil. Vale a pena ver ou rever este clássico da comédia, pois sem dúvida o bom humor e grande talento do genial Jerry Lewis é imortal e agrada pessoas de todas as idades.



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quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

EPISÓDIO PERDIDO MUNDIAL DE CHAPOLIN É ENCONTRADO

 

A série Chapolin (El Chapulin Colorado) é um grande sucesso em vários países, incluindo o Brasil, desde sua criação nos anos 70 até os dias de hoje, mesmo estando fora do ar em todo o mundo desde 2020 por questões contratuais entre a emissora que a produziu e os detentores de seus roteiros. O herói atrapalhado, criado e interpretado por Roberto Gómez Bolaños (Chespirito), logo conquistou o público, por seu bom humor, trapalhadas e simpatia.

Porém, como muitos sabem, esta série, assim como a produção irmã Chaves (El Chavo Del Ocho), sempre despertou a curiosidade de seus admiradores também por uma outra questão, os chamados "episódios perdidos". No Brasil os programas foram exibidos entre 1984 e 2020 pelo SBT, passando também por emissoras da TV por assinatura como Cartoon Network, TBS, TLN e Multishow. Durante vários anos apenas uma parte dos episódios de ambas as séries foram transmitidos no Brasil, pois nem todos haviam sido adquiridos, além de alguns que misteriosamente haviam desaparecido da programação do SBT entre os anos 80 e 90, voltando aos poucos à partir de 2005, no caso da série Chapolin. Apenas em 2018 todos os episódios disponíveis foram exibidos no Brasil, pelo canal pago Multishow, que mandou dublar os episódios inéditos até então.

A questão é que ainda assim existem episódios perdidos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Tanto na série Chapolin, como em Chaves e até mesmo no programa Chespirito, produzido entre 1980 e 1995, existem episódios que não são distribuídos pela Televisa desde os anos 80. Entre estes estão a primeira parte do episódio em que o ator Héctor Bonilla aparece em Chaves, intitulado "Um Astro Cai na Vila - Parte 1" e a terceira e última parte do episódio "Os Piratas" em Chapolin. Curiosamente no Brasil foram exibidos alguns episódios que não estão disponíveis em nenhuma emissora de outros países, como "Muitas Marteladas - Parte 2" e "Um Festival de Vizinhos - Parte 2" em Chaves e "Aventuras em Vênus" e "Dr. Chapatin e o Contrabando / Com essa pulgas não se brinca de pula-pula!" em Chapolin.

Neste início de 2023 os fãs brasileiros das séries, organizados em vários sites e fóruns, encontraram um episódio perdido da série Chapolin, intitulado "O Bandido do Hospital" (No por mucho amenazar, nos madrugan más temprano), gravado e exibido originalmente em 1974. Nos últimos anos em que a série vinha sendo exibida, nenhuma emissora em todo o mundo transmitia o citado episódio, já que não era mais distribuído pela Televisa após remasterizar os programas. O arquivo foi encontrado à partir de uma gravação feita em fita VHS no ano de 1985 em Cancún.

Cena do episódio "O Bandido do Hospital" (1974)
 

O episódio mostra um homem (Ramón Valdés) que vive com sua sobrinha (Florinda Meza), sendo que este estava sendo sendo ameaçado de morte por um bandido (Carlos Villagrán) que pode se disfarçar de qualquer coisa. Chapolin (Chespirito) é invocado para defender o sujeito, sendo que logo ele e o bandido vão parar em um hospital, onde ficam aos cuidados da enfermeira (Maria Luisa Alcalá). Tal episódio tinha alguns trechos exibidos em um outro da mesma temporada, intitulado "Uma conferência sobre o Chapolin", onde o personagem Dr. Chapatin mostra trechos de episódios e faz comentários sobre o herói título.

Confira o episódio na íntegra no YouTube:

EPISÓDIO PERDIDO | CHAPOLIN - O bandido do hospital (1974)

Leia também: 

CHAVES E CHAPOLIN: SUCESSOS QUE CHEGARAM AO BRASIL POR ACIDENTE  


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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

HOMEM-ARANHA (1977)


A versão setentista do herói aracnídeo.

O Homem-Aranha é um dos maiores heróis dos quadrinhos em todos os tempos. Criado por Stan Lee e publicado pela Marvel Comics, o personagem teve sua primeira aparição em 1 de agosto de 1962 na publicação Amazing Fantasy, durante a era de prata dos quadrinhos, tornando-se um dos grandes títulos de fama internacional, fazendo sucesso até os dias de hoje.

O herói aracnídeo foi adaptado para sua primeira série animada ainda nos anos 60, ganhando ao longo das décadas novas publicações, várias outras séries em animação, jogos para vídeo-games e todos os tipos de produtos que se possa imaginar. Já quanto a filmes e séries live-action, teve sua primeira adaptação nos ano 70, com a série The Amazing Spider-Man (O Espetacular Homem-Aranha), sendo que esta contou com três longa-metragens, incluindo o episódio piloto que mostrava a origem do herói. A série foi produzida pela Columbia Pictures Television e exibida na rede CBS entre 1977 e 1979, contando com duas temporadas. 

Para interpretar o jovem estudante e fotógrafo Peter Parker, a identidade secreta do Homem-Aranha, foi escolhido o ator Nicholas Hammond, que até então era conhecido por ter atuado no filme "A Noviça Rebelde" (The Sound of Music) de 1965, no papel de Friedrich, quando tinha apenas 15 anos de idade. Agora aos 27 anos ganhava sua oportunidade de protagonizar uma grande série, no papel do mais icônico herói da Marvel Comics. A figura do ator ficou tão marcada como Peter Parker que suas feições passaram a servir como base para três séries animadas do herói, sendo duas produzidas em 1981 e uma em 1994. Apenas em 2002 houve uma outra adaptação para cinema, sendo a famosa trilogia dirigida por Sam Raimi e estrelada por Tobey Maguire, que fez com que o público acabasse esquecendo da produção setentista do herói.

Cena do episódio "A Noite dos Clones" da 1ª temporada

A série estreou com seu filme piloto para a televisão em 14 de setembro de 1977 tendo grande sucesso com o público, sendo que os episódios regulares da primeira temporada foram exibidos à partir de 5 de abril de 1978. O piloto foi chamado apenas como "Spider-Man", enquanto a primeira temporada ganhou o já mencionado título de "The Amazing Spider-Man" e a segunda foi novamente chamada apenas como "Spider-Man". No Brasil a série ganhou o título "Homem-Aranha" em ambas as temporadas. Já os filmes, que por aqui foram exibidos nos cinemas por influência do sucesso de "Superman" com Christopher Reeve, ganharam os títulos Homem-Aranha: O Filme (Spider-Man), Homem-Aranha Volta a Atacar (Spider-Man Strickes Back) e Homem-Aranha e o Desafio do Dragão (Spider-Man: The Dragon's Challenge). Curiosamente o segundo filme surgiu de uma junção do episódio duplo "The Deadly Dust" que iniciara a primeira temporada em 1978, enquanto os outros dois abriram em fecharam a produção, respectivamente em 1977 e 1979.

O elenco do filme piloto mostrava algumas diferenças quanto aos episódios regulares da série, por exemplo o ator que intepretava o editor-chefe do jornal Clarim Diário, J. Jonah Jameson, neste era David White (Larry Tate na série "A Feiticeira"), enquanto na série regular e demais filmes foi substituído por Robert F. Simon. O filme também apresentava o personagem Robbie Robertson (Hilly Hicks) como assistente do jornal, enquanto na série foi substituído pela secretária Rita Conway (Chip Fields) que não era uma personagem original dos quadrinhos, assim como o Capitão Barbera (Michael Pataki), que aparecera no filme e em toda a primeira temporada. A Tia May foi interpretada por Jeff Donell no filme, sendo substituída por Irene Tedrow na primeira temporada, onde curiosamente a personagem teve uma única aparição, mais especificamente no episódio 4 intitulado "A noite dos Clones".

No filme piloto conhecemos a origem do herói, assim como o início do trabalho de Parker como fotógrafo em meio período no jornal Clarim Diário. Aqui tudo ocorre de forma bem mais simples que nos quadrinhos, pois Peter fora picado por uma aranha atingida por radiação no laboratório da universidade, percebendo que ganhou grande força e habilidades para escalar paredes em uma ocasião onde seria atropelado por um veículo, decide usar seus novos poderes para combater o crime. Nesta série a morte do Tio Ben, que nos quadrinhos é a motivação para o surgimento do Homem-Aranha, nunca é mencionada. No segundo filme, gravado em 1978, Peter menciona que a motivação da luta contra o mal é sua própria consciência, pois de nada adianta ter poderes se não for para ajudar os outros. 

Enquanto no piloto o jovem Peter ainda morava com sua tia, nos episódios regulares já o vemos morando sozinho em um apartamento, dividindo seu tempo entre estudos, trabalho e luta contra o crime. Os primeiros episódios tem um tom levemente parecido com os quadrinhos, pois apresetavam certo nível de fantasia e ficção, embora esta produção nunca tenha apresentado nenhum dos reais inimigos do aranha, como Duende Verde ou Dr. Octopus, pois aqui ele lutava contra bandidos reais, vez por outra com algum super poder. A segunda temporada apresentou algumas mudanças, por exemplo, Peter já estava formado e segue seu trabalho como fotógrafo, porém agora com maior confiança de seu chefe ranzinza. Ainda neste ano houve a adição da personagem Julie Masters (Ellen Bry), uma fotógrafa de um jornal rival, que passa a ser a melhor amiga de Peter, assim como seu interesse romântico, já que a série nunca apresentou as personagens originais Gwen Stacy e Mary Jane Watson.

Stan Lee e Nicholas Hammond durante as gravações

A proposta da série era apresentar um protagonista maduro, que transmitisse um tom de segurança e responsabilidade ao público, assim como as demais produções da época. Dizem que este fator desagradou o criador do personagem, Stan Lee, já que isso divergia da trajetória dos quadrinhos, onde o jovem Peter tinha que lidar com a responsabilidade na luta contra o crime e administrar seus problemas pessoais, o que muitas vezes o deixava em dúvida de qual caminho trilhar. Nesta produção Lee foi creditado como consultor de roteiros. Pode-se dizer que, dentro da proposta da série, o ator Nicholas Hammond teve uma atuação brilhante, mostrando Peter como um jovem responsavel, consciente de sua missão e com um olhar detetivesco.

O visual e trilha sonora trilha sonora eram bem característicos de sua década, onde os atores usavam roupas e penteados típicos dos anos 70. Na primeira temporada o protagonista sempre usava um elegante terno esportivo, sendo que na segunda variava com calças boca de sino e camisas polo. A trilha de abertura e encerramento foi alterada da primeira para a segunda temporada, porém ambas tinham ritmos bastante animados e combinavam com as cenas de ação e investigação, assim como as demais músicas executadas durante os episódios.

Julie Masters, Peter Parker, J. Jonah Jameson e Rita Conway

O uniforme do herói era bastante fiel aos quadrinhos, porém com duas diferenças, sendo uma espécie de cinto cromado com o desenho de sua máscara no lugar da fivela e o lançador de teias, um aparato bastante chamativo, usado apenas em uma das mãos. Houve uma ligeira mudança no visor da máscara, já que na primeira temporada usava-se uma espécie de tela com furos para enxergar, enquanto na segunda foram colocadas lentes escuras, trazendo maior beleza ao icônico traje vermelho e azul.

Um grande destaque eram as cenas de ação, especialmente quando o herói escalava paredes e lançava teias nos inimigos, que mesmo com os poucos recursos tecnológicos da época apresentavam um resultado bastante satisfatório, ainda que atualmente muitos julguem ultrapassados. Deve-se mencionar o empenho e coragem do dublê Fred Waugh, que ao vestir o uniforme do herói fazia questão de entregar as cenas mais realistas possíveis, sendo que por vezes escalava grandes edifícios pendurado por cabos, caminhava em parapeitos e outros locais perigosos arriscando sua vida.

Infelizmente a produção durou apenas três filmes (sendo dois deles junções de episódios duplos) e nove episódios regulares com duração média de 50 minutos, divididos em duas temporadas. Isso ocorreu por conta da CBS já estar exibindo outras duas séries com temática de super-heróis, sendo "A Mulher Maravilha" (Wonder Woman) estrelada por Lynda Carter e "O Incrível Hulk" (The Incredible Hulk) estrelada por Bill Bixby e Lou Ferrigno. Ao contrário do que muitos pensam, o Homem-Aranha teve ótimos índices de audiência durante sua breve exibição, sendo que mesmo após o encerramento das gravações foi cogitado um filme onde o herói se encontraria com Hulk, projeto que infelizmente acabou ficando engavetado.

Álbum de figurinhas lançado no Brasil pela RGE

No Brasil, a série estreou em meados de 1979 pela Globo, logo após a exibição do filme piloto nos cinemas. Em 1984 foi transferida para a TV Record e em 1986 para a extinta Rede Manchete. Ainda nos anos 80 foi lançado um álbum de figurinhas, alusivo ao segundo filme, pela RGE. A dublagem foi realizada no estúdio carioca Herbert Richers, onde Peter ganhou a voz de Carlos Marques e J. Jonah Jameson de José Santa Cruz, assim como nos desenhos animados do herói. Já nos anos 90 a distribuidora Intermovies lançou os três filmes, assim como alguns episódios da primeira temporada em fitas VHS, agora com nova dublagem realizada no estúdio paulista Gota Mágica, onde o herói foi dublado por Flávio Dias. Em meados de 2010 os três filmes da série foram lançados em um box de DVD's, pertencente à uma coletânea chamada Super-Heróis do Cinema, também com a dublagem da Gota Mágica.



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sábado, 7 de janeiro de 2023

"O PESTINHA" É A ATRAÇÃO DO CINE REDE BRASIL TOP

    
    Neste final de semana a Rede Brasil de Televisão apresenta ao público mais um clássico filme de comédia, O Pestinha (Problem Child), produzido em 1990.
    
    Na trama conhecemos o casal Ben (John Ritter) e Flo Healy (Amy Yasbeck) que não podiam ter filhos, por isso resolvem adotar uma criança. Assim, adotam um menino de sete anos chamado Junior (Michael Oliver), o que eles não sabiam é que o garoto é conhecido por seu péssimo comportamento. As coisas ficam piores quando o garoto é sequestrado por Martin Beck (Michael Richards), um famoso assassino que fugiu da prisão.
    
    A exibição ocorrerá no bloco Cine Rede Brasil Top, na madrugada de sábado para domingo (08), às 00h00.


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