sexta-feira, 11 de outubro de 2024

ANIMAIS DO BOSQUE DOS VINTÉNS (1993)

Os animais do bosque, liderados pelo Sr. Raposa

Na década de 1990, a TV Cultura apresentou um desenho animado europeu que chamou a atenção não apenas das crianças, mas também dos adultos, por sua bela animação, trilha sonora, personagens e, especiamente, profundidade de roteiro. A série Animais do Bosque dos Vinténs (The Animals of Farthing Wood) é considerada um dos maiores clássicos exibidos pela emissora paulista em sua fase de ouro na programação infantil.

A trama se inicia quando um grupo de animais se depara com a terrível situação de ver seu lar sendo destruído. As árvores do simpático Bosque dos Vinténs estavam sendo derrubadas, pois no local seria construído um conjunto residencial. Para tentar solucionar o problema, o Sr. Raposa convoca os animais para uma reunião na toca do Texugo. Durante a discussão, o Sapo informa aos demais sobre uma reserva natural, denominada Parque do Cervo Branco, onde todos poderiam viver em paz. Assim resolver partir para este local promissor, jamais imaginando o quão difícil seria chegar ali.

Para iniciar a jornada, o grupo liderado pelo Sr. Raposa faz o Juramento de Proteção Mútua, visando não haver ataques de predadores e colaboração entre os animais durante sua peregrinação. O que eles não esperavam é que a longa viagem lhes reservaria grandes surpresas, muitas vezes desagradáveis e até mesmo fatais.

O casal Raposa e Texugo.
 

Dentre os animais, destacam-se na trama os já citados Senhor e Senhora Raposa, o Sapo e o Texugo. Ainda a Coruja, o Faisão, a Cobra, a Garça e o Coelho.

A primeira fase se encerra com a chegada dos animais ao tão sonhado Parque do Cervo Branco. Na segunda fase conhecemos novos personagens, como o casal de raposas azuis, Cicatriz e Dama Azul. Não demora muito para que os protagonistas tenham um novo percalço, já que os animais que viviam no local passam a considerá-los como uma ameaça, levando em conta de teriam que dividir seu alimento, além de tornarem-se presas fáceis. 

Ainda houve uma terceira fase que, inexplicavelmente, permanece inédita no Brasil, onde os animais passam por novas dificuldades, como humanos jogando substâncias tóxicas no rio e uma invasão de ratos.

O desenho foi criado pela European Broadcasting Union - União Europeia de Radiodifusão (EBU-UER) e produzido em uma parceria dos estúdios Telemagination (Inglaterra) e La Fabrique (França). Foi baseado na série de livros The Animals of Farthing Wood, do autor inglês Colin Dann, publicados entre 1979 e 1994. Sua exibição original ocorreu entre 1993 e 1995 em países europeus, como Reino Unido e Alemanha. Foi finalizado com um total de 39 episódios, divididos em três temporadas.

The Animals of Farthing Wood, o livro em que a série foi baseada

O elemento que mais chama a atenção para esta série infantil é sua grande carga dramática, já que desenhos animados ocidentais nunca foram muito voltados a levar as crianças a verem de forma tão explicita o quanto a vida pode ter momentos dolorosos. Na época, houveram até mesmo pais ligando na emissora exigindo que o desenho não mais fosse exibido no horário vespertino, pois em vários episódios haviam mortes dos animais durante sua jornada de sobrevivência.

O que há de ser entendido é que a série, antes de tentar impressionar os pequenos de forma aparentemente sensacionalista, quer mostrar que a vida é feita de momentos bons e ruins. Até mesmo, o quanto devemos ser responsáveis e cuidar de nossas famílias e amigos. Tais características costumam ser mais presentes em animações orientais, como nos famosos animês (termo usado para animações japonesas). Por tal razão, muitos acabaram não compreendendo a riqueza da obra na época de sua exibição. Atualmente, muitos veem a série animada como um produto que traz grandes lições de vida aos pequenos, exaltando valores, algo que vai muito além da mera nostalgia.

Estreou no Brasil em 6 de dezembro de 1993 pela TV Cultura, sendo reprisado até meados de 1999. A dublagem ficou à cargo do extinto estúdio paulista Alamo. Infelizmente, após este período, não ganhou novas reprises e nem mesmo foi lançado em fitas VHS, DVDs ou serviços de streaming no país. Ainda assim é um dos desenhos mais lembrados pela geração que o acompanhou nos anos 90.

Leia sobre outros clássicos da TV Cultura:
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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

SBT CONFIRMA OS RETORNOS DE "CHAVES" E "CHAPOLIN"

Chaves e Chapolin Colorado (Televisa/Grupo Chespirito)

Na última terça-feira (24), o SBT confirmou através de suas redes sociais, que as clássicas séries mexicanas Chaves e Chapolin Colorado estão de volta à emissora. Após quatro anos fora do ar em todo o udo, devido a negociação de direitos autorais, as séries tiveram este impasse resolvido há poucos meses.

Após o anúncio do retrono das produções nos Estados Unidos, pela emissora Unimás e serviço de streaming Vix, chegou a vez do públido brasileiro comemorar a volta do garoto do barril e do super-herói mais atrapalhado de todos os tempos. Quanto ao programa Chespirito (Clube do Chaves) ainda não há informações sobre um eventual retorno.

Ainda não há uma data definida para as reestreias na televisão, mas a emissora já informou que alguns episódios serão disponibilizados no novo serviço gratuito de streaming +SBT. Em breve deveremos trazer maiores informações sobre a data oficial de exibição na emissora.


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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

"CHAVES" E "CHAPOLIN" ESTÃO DE VOLTA

 

Após 4 anos de espera, finalmente, as clássicas e queridas séries mexicanas Chaves e Chapolin Colorado estão de volta à televisão e serviços de streaming. O impasse envolvendo a emissora Televisa (produtora das séries) e o Grupo Chespirito (detentor dos roteiros e personagens) chegou ao fim. A negociação vinha ocorrendo desde 2020, o que impossibilitava que as séries fossem negociadas para exibição em todo o mundo.

Não apenas Chaves e Chapolin, mas outras produções como o programa Chespirito (também conhecido como "Clube do Chaves") e Os Supergênios da Mesa Quadrada se encontravam no mesmo impasse de direitos de exibição. Apenas os desenhos animados dos personagens estava sendo veiculados normalmente no Brasil, pelo streaming Prime Video.

A notícia se espalhou no dia de ontem (08), através de um anúncio do canal Unimás dos Estados Unidos, que exibirá as séries pela TV e plataforma Vix, causando grande agitação nas redes sociais. Segundo páginas especializadas em televisão, o SBT já negocia os retornos das consagradas produções de Roberto Gómez Bolaños.

No decorrer das próximas semanas (ou meses), deverão surgir maiores informações sobre os retornos de Chaves e Chapolin Colorado ao Brasil, onde ambos são sucesso desde suas respectivas estreias em 1984 pela TVS (SBT).


Confira abaixo o anúncio das séries na Unimás:


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terça-feira, 13 de agosto de 2024

"ULTRAMAN" NA ISTV

  

A ISTV (Ilha do Sol TV), emissora sediada na Baixada Santista, segue surpreendendo o público nostálgico com uma excelente grade de programação, oferecendo diversos filmes, seriados e desenhos animados clássicos.

A novidade da vez é a exibição da clássica série japonesa, do gênero tokusatsu, Ultraman. Criada pelo mestre em efeitos especiais, Hajime Tsuburaya, foi exibida originalmente na televisão japonesa entre 17 de julho de 1966 e 9 de abril de 1967, pela rede TBS, totalizando 39 episódios. 

As aventuras do herói espacial de Nebula M78 podem ser conferidas às terças-feiras, à partir das 12h00, no bloco Super Séries.

A ISTV é transmitida via TV aberta na região da Baixada Santista (SP) e pode ser assistida em todo o Brasil através de seu aplicativo disponível para smart TVs e Smartphones, além de seu site oficial: www.istv.com.br/

  • Leia um review completo sobre Ultraman no Blog Sushi POP, clicando aqui.

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quarta-feira, 31 de julho de 2024

CLÁSSICOS ANIMÊS DOS ANOS 70 NA ISTV

As manhãs e inícios de noite da emissora da Baixada Santista, ISTV (Ilha do Sol TV), são recheadas de desenhos animados clássicos. Séries de grande sucesso como ThunderCats, He Man, As Tartarugas Ninja, Transformers e tantas outras marcam presença no programa Hora Animada.

O grande destaque do momento vem sendo a exibição de um trio de desenhos japoneses (animês) que fizeram grande sucesso na televisão brasileira, quando exibidos na década de 1970: Speed Racer, Super Dínamo e A Princesa e o Cavaleiro (que estreou recentemente na programação).

O público nostálgico sempre pede o retorno de animês clássicos na televisão, mas geralmente, os produzidos entre os anos 80 e 90, exibidos pela extinta Rede Manchete. Ver que os animês exibidos no Brasil antes do período liderado pelo fenômeno Os Cavaleiros do Zodíaco têm sido destaque, é um grande presente da ISTV às gerações dos anos 60 e 70.

O programa Hora Animada vai ao ar diariamente em dois horários, às 09h00 e às 18h00.

A ISTV é transmitida via TV aberta na região da Baixada Santista (SP) e pode ser assistida em todo o Brasil através de seu aplicativo disponível para smart TVs e Smartphones, além de seu site oficial: www.istv.com.br/


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quarta-feira, 17 de julho de 2024

SESSÃO ORIENTAL: OS RETORNOS DE "SAMURAI WARRIORS" E "ZILLION"

 
O tradicional bloco de séries e animações japonesas da Rede Brasil de Televisão, denominado Sessão Oriental, sofreu algumas alterações na grade da emissora paulista, tanto em dia de exibição, quanto em atrações. Nos últimos meses, apenas o animê Beyblade e a série tokusatsu Ultraman, ao lado de uma animação mais moderna chamada Yeloli, integravam o programa.

Na última semana, após alterações na grade de programação, o bloco deixou de ser exibido às terças-feiras, passando para as noites de quinta-feira. A novidade foi o retorno do animê Samurai Warriors, na faixa das 20h45, seguido por Beyblade, às 21h30.

Aos sábados, o bloco vai ao ar na faixa das 18h40 com Yeloli, seguido pelo retorno do clássico Zillion, às 19h05. Já nas madrugadas de domingo para segunda-feira, conta com exibição do grande clássico Ultraman, às 03h30.

A programação da Rede Brasil segue sendo uma das melhores para o público nostálgico brasileiro, contando com filmes, séries e desenhos animados clássicos de todas as épocas. O bloco Sessão Oriental é um grande presente da emissora aos admiradores de clássicas produções japonesas. 


Leia mais sobre estas séries no Blog Sushi POP:

- Samurai Warriors

- Zillion

- Ultraman

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terça-feira, 16 de julho de 2024

"SONIC, O OURIÇO" ESTREIA NA PLUTO TV

 

Na última quinta-feira (11), o serviço gratuito de streaming Pluto TV, estreou em sua grade de programação a clássica série animada Sonic, o Ouriço (Sonic The Hedgehog). Estrelada pelo ouriço mais popular do mundo dos videogames, a série foi produzida pela DiC Entertainment em 1993, com um total de 26 episódios divididos em 2 temporadas. Fez grande sucesso no Brasil quando exibido pelo SBT.

A trama apresenta Sonic e seus amigos,Tails, Rotor, Antoine e a Princesa Bunnie, lutando contra os maléficos planos do Dr. Robotnik em defesa do Planeta Mobius.

Está sendo exibida na programação do canal da sessão infantil Pluto Kids, além de ter os episódios da segunda temporada disponíveis no modo sob demanda da plataforma. 

Pluto TV é um serviço de streaming gratuito, contando com dezenas de canais e conteúdo sob demanda. Pode ser assistida através de aplicativo para smartphones, smart TVs ou pelo site: pluto.tv

 

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segunda-feira, 1 de julho de 2024

MULHER MARAVILHA (1975)

Em 7 de novembro de 1975, estreava na televisão estadunidense, pela rede ABC, uma série live action baseada na super-heroína mais famosa dos quadrinhos: Mulher Maravilha (Wonder Woman). A personagem da DC Comics fora criada por William Moulton Marston e teve sua primeira aparição nos quadrinhos em 8 de dezembro de 1941, na revista All Star Comics nº 8.

Para estrelar a nova série, foram cotadas algumas atrizes de renome daquela década, como Farah Fawcett (que viria a estrelar o grande sucesso As Panteras no ano seguinte), Raquel Welch, Joanna Cassidy, Suzanne Sommers e Lindsay Wagner (que estrelaria a série A Mulher Biônica). Porém, desde o início do projeto, o nome favorito era o da Miss Mundo, Lynda Carter. Embora o estúdio não quisesse escalar alguém sem experiência em interpretação, a insistência dos produtores e a semelhança de Carter com a personagem, fizeram com que ela ganhasse o papel.

Assim, foi produzido o episódio piloto, como um telefilme com cerca de duas horas de duração, contando a origem da super-heroína de forma bastante fiel aos quadrinhos. A primeira temporada durou apenas 15 episódios, pois a fidelidade às histórias originais tornavam os custos de produção bastante altos. Isto porque a trama se passava na década de 1940. Assim, a rede ABC cancelou a série após a primeira temporada.

Mesmo após os percalços, a série ressurgiu em 1977, quando a rede CBS assumiu a produção para a gravação de uma segunda temporada, agora com o título: As Novas Aventuras da Mulher Maravilha. No mesmo ano, a emissora ainda exibiria outras duas séries de super-heróis, sendo O Incrível Hulk e Homem-Aranha

A solução para cortar gastos com a nova temporada da Mulher Maravilha foi passar o enredo para a própria década de 1970, eliminando os cenários, veículos e vestimentas dos anos 40. Assim, a série ganhou um novo telefilme piloto e teve seus episódios regulares exibidos pela CBS até 11 de setembro de 1979.

Diana Prince

As roupas usadas pela protagonista na primeira temporada, em forma civil, eram um terno militar, já que sua identidade secreta, Diana, trabalhava como secretária do Major Steve Trevor no Ministério da Guerra. Usava óculos pretos em formato arredondado. Ao se tranformar na Mulher Maravilha, tinha seu traje nas cores vermelha, branca e azul, sendo bastante fiel aos quadrinhos, além de sua tiara, braceletes e demais aparatos usados na luta contra o crime, como o icônico Laço da Verdade.

A partir da segunda temporada, Diana passou a usar vestidos modernos e óculos grandes em formato retangular. Agora trabalhava para o serviço secreto americano. Seu traje de Mulher Maravilha também passou por leves mudanças em alguns detalhes, trazendo um ar mais moderno.

Nas cenas de ação, destacam-se o poder da Mulher Maravilha em saltar a grandes distâncias, o uso dos braceletes para se defender de tiros e sua grande força física em combates.

A trama se inicia na década de 1940, em meio à Segunda Guerra Mundial, quando o Major Steve Trevor (Lyle Waggoner) foi convocado a contra-atacar um avião nazista e acaba caindo no Triâgulo das Bermudas após um acidente. Ao cair no mar, acaba sendo levado pela maré à misteriosa Ilha Paraíso, onde vivem apenas mulheres possuidoras de grande poder, força e inteligência. Steve foi resgatado e ficou aos cuidados da Princesa Diana (Lynda Carter).

Steve Trevor e Mulher Maravilha

Pelo fato de que nenhum homem pudesse conhecer o segredo da Ilha Paraíso, a Rainha das Amazonas, Hipólita (Carolyn Jones) organiza um torneio para escolher quem levaria Steve de volta aos Estados Unidos antes que recobrasse a consciência. A única que fora proibida de participar do torneiro foi sua filha, Diana, que conseguiu se disfarçar e vencer a competição.

Antes de levar o Major, Diana recebe de sua mãe o traje de Mulher Maravilha, assim como instruções de como lidar com os mortais e ajudá-los a combater a mal. Ao chegar aos Estados Unidos, com seu avião invisível, passa a trabalhar como secretária de Steve no Ministério da Guerra. Nos momentos de perigo, transforma-se com um movimento de giro na Mulher Maravilha, combatendo os criminosos e agentes nazistas daquele período.

Nesta primeira fase ainda se destacam os personagens General Phil Blankenship (Richard Eastham), Etta Candy (Beatrice Colen) e a irmã mais nova de Diana, Drusilla (Debra Winger).

Mulher Maravilha em ação!

Da segunda temporada em diante, vemos Diana tendo que mais uma vez deixar a Ilha Paraíso, após três décadas, para ajudar o filho de Steve Trevor (interpretado pelo mesmo Lyle Waggoner), agora trabalhando no serviço secreto americano e usando seus poderes de Mulher Maravilha para combater os mais variados tipos de criminosos, como ladrões, assaltantes, lunáticos e até mesmo seres espaciais.

Nesta fase moderna, destacam-se os personagens Joe Atkinson (Norman Burton), Andros (Tim O’Connor) e o computador de última geração IRA (Tom Kratochzil).

A série foi produzida pela Warner Bros. Television, sendo encerrada com um total de 59 episódios, divididos em 3 temporadas.

Uma amostra da grande força da Mulher Maravilha!

Estreou no Brasil em 1975 com a exibição dos telefilmes pela Globo, sendo que os episódios regulares só parassaram a ser exibidos à partir de 1977. Em 1981, passou a ser exibida pela TVS (atual SBT). Já entre 1984 e 1986 foi exibida pela TV Record. Nos anos 2000 foi reprisada pelo canal pago TCM. Atualmente é exibida pela Rede Brasil de Televisão, ISTV e está disponível no serviço de streaming Max.

Foi lançada por completo em DVD, com a dublagem original, em três boxes pela Warner no início dos anos 2000.

A dublagem nacional ficou à cargo do estúdio carioca Herbert Richers, contando com as vozes de Maria di Carlo (1ª voz) e Ângela Bonatti como Diana/Mulher Maravilha, Orlando Prado como Steve Trevor, Dario Lourenço como General Phil Blankenship, Lígia Rinelli como Etta Candy, Nilton Valério como Andros, Sônia Ferreira (1ª voz) e Neyda Rodrigues (2ª voz) como Rainha Hipólita, André Filho (1ª voz) e José Santana (2ª voz) como IRA. A narração ficou à cargo de Ricardo Mariano

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

OS FLINTSTONES (1960)

Um marco dos estúdios Hanna-Barbera.

No início dos anos 1960, o estúdio de animação estadunidense Hanna-Barbera, fundado em 1957, já havia se consolidado com suas séries animadas de curta duração para a televisão, como Jambo e Ruivão, Tartaruga Touché, Dom Pixote, Pepe Legal, entre outros. Agora chegava o momento de produzir uma série animada aos moldes dos sitcoms da época, trazendo situações hilárias vividas por uma típica família americana. O grande diferencial, é que esta família viveria na "idade da pedra", mas como se estivesse na década de 60, já que a cidade, os automóveis e objetos seriam semelhantes a sua respectiva década de produção, mas tudo feito à partir de pedras, troncos e funcionando através do trabalho de animais, no caso, os dinossauros. Assim nascia: Os Flintstones (The Flintstones).

O desenho seria a primeira série em animação a ter episódios completos com 30 minutos de duração e exibido em horário nobre. A princípio, Os Flintstones seria um desenho voltado ao público adulto, o que era algo bastante incomum até então. Tanto que uma empresa fabricante de cigarros pediu que os personagens aparecessem em suas propagandas. Com o tempo, ao notar a identificação do público infantil com a série, tal prática foi abandonada e Os Flinstones passou a ser considerado um desenho para toda a família.

A criação dos cartunistas William Hanna e Joseph Barbera, à princípio seria chamada como "Os Gladstones", mas logo o título foi alterado para Os Flintstones. A venda de produtos estampados com os personagens foi bastante alta, tornando o desenho em uma das franquias mais rentáveis do estúdio Hanna-Barbera.

Fred e Wilma.
 

A trama girava em torno da família Flintstone, formada pelo casal Fred e Wilma. Tinham um simpático dinossauro, chamado Dino, como mascote. Seus melhores amigos eram seus vizinhos, os Rubble, cuja família era formada pelo casal Barney e Betty. Seu animal de estimação era um cangurú.

Fred era um sujeito trabalhador, mas um tanto atrapalhado. Sempre se metia nas mais variadas confusões, envolvendo seu melhor amigo Barney, um sujeito de baixa estatura mas de grande coração, sempre tentando aconselhar Fred a não se meter em enrascadas. Porém, por sua ingenuidade, acabava se envolvendo nos problemas do vizinho. A dupla era conhecida por alguns bordões, como o grito: "Yabba Dabba Doo" de Fred quando estava feliz e a frase: "Ei, Fred" de Barney quando queria lhe advertir sobre algum problema.

Wilma e Betty eram amigas inseparáveis, sempre conversando pelo muro de divisa em seus respectivos quintais. Estavam sempre unidas para descobrir os segredos de Fred e Barney, quando aprontavam algo ou saiam escondidos para jogar boliche.

O icônico carro dos Flintstones.

Fred e Barney trabalhavam na pedreira do rabugento Senhor Pedregulho e ganhavam seu salário em "lascas", a moeda corrente no tempo fictício do desenho. Fred operava um guindaste, que na verdade era montado acima de um grande dinossauro.

No decorrer da série, sugem novos personagens, como uma família de vizinhos monstruosos, chamada Frankenstones. Um pequeno alienígena de cor verde que tentava ajudar Fred sem sucesso, chamado Grande Gazoo. Finalmente, a filha do casal Flintstone, Pedrita, nascida na terceira temporada, assim como a adoção do filho dos Rubble, Bam-Bam.

Uma característica engraçada e interessante é o fato de os animais que serviam como ferramentas e trabalhavam no funcionamento dos objetos, sempre quebrarem a quarta parede para reclamar de suas funções.

A série foi apresentada originalmente pela rede ABC entre 30 de setembro de 1966 e 1 de abril de 1966, com um total de 166 episódios, divididos em 6 temporadas. Foi o desenho animado com maior número de episódios até o ano de 1997, quando foi superado pela série Os Simpsons.

Cartaz do filme live action de 1994.
 

Ganhou alguns longa-metragens animados entre os anos 60 e 90, sendo o primeiro deles intitulado Um Homem Chamado Flintstone, de 1966. Outras séries spin off também foram criadas, como Pedrita e Bam-Bam, de 1971, e Os Flintstones Kids, de 1986. Ainda dois filmes live action baseados na série foram produzidos em 1994 e 2000.

Estreou na televisão brasileira ainda no início dos anos 60, pela TV Tupi, passando no decorrer das décadas seguintes pela TV Excelsior, TV Record, Globo, SBT, Rede Brasil e ISTV. Nos anos 1990 e 2000 foi apresentado pelos canais pagos Cartoon Network, Boomerang e Tooncast

No início dos anos 2000, foi lançado por completo em 6 boxes de DVD pela Warner com a dublagem original. Atualmente, está disponível para os assinantes do serviço de streaming Max.

A dublagem nacional ficou à cargo do estúdio paulista  Gravassom/AIC, contando com as vozes de Marthus Mathias (1ª voz) e Alceu Silveira (2ª voz) como Fred. Rogério Marcico (1ª voz), Waldir Guedes (2ª voz) e Neville George (3ª voz) como Barney. Helena Samara como Wilma. Nícia Soares (1ª voz), Laura Cardoso (2ª voz) e Aliomar de Matos (3ª voz) como Betty. Cristina Camargo como Pedrita. Older Cazarré (1ª voz) e Maria Inês (2ª voz) como Bam-Bam. Finalmente, Amaury Costa como Dino. 

Dino, Wilma, Pedrita, Fred, Barney, Betty e Bam-Bam.

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

"SPECTREMAN" EM NOVO HORÁRIO NA VIVAX TV

Em outubro de 2023, noticiamos o retorno da clássica série tokusatsu Spectreman pela Vivax TV. O retorno das aventuras do herói de Nebula 71 pegou o público de surpresa, já que a série não era exibida na televisão brasileira desde o início dos anos 1990, quando teve suas últimas reprises no programa Show Maravilha do SBT.

Spectreman foi criado por Souji Ushio, o criador do estúdio P-Productions. A série foi ao ar no Japão entre 1971 e 1972, com um total de 63 episódios. Mostrava a saga do androide Spectreman, enviado à Terra pelo planeta Nebula 71, a fim de protegê-la dos ataques dos monstros criados pelo simióide (homem-macaco) Dr. Gori. Este usava a poluição, causada pelos humanos, para criar seres terríveis, a fim de conquistar o planeta. Para se infiltrar secretamente entre as pessoas, o herói se apresenta na forma do jovem Kenji, unindo-se ao Grupo Anti-Poluição, onde trabalhava e investigava os planos de Gori.

A série foi lançada há alguns anos em DVD pelos selo World Classics, onde diferente da edição exibida na TV, na década de 1980, apresentava os temas de abertura e encerramento originais japoneses. As emissoras Record e SBT exibiam a versão com edição norte-americana. A Rede Vivax TV está exibindo a versão original japonesa, assim como fora lançada em DVD.

Anteriormente exibida no período da tarde, agora está indo ao ar em novo horário. De segunda à sexta-feira, à partir das 11h30.

A Rede Vivax TV pode ser sintonizada em todo o Brasil através de antena parabólica, no canal 334, ou pelo site oficial: www.vivaxtv.com

 

- Confira um review completo sobre a série Spectreman no Blog Sushi POP, clicando aqui.

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terça-feira, 18 de junho de 2024

MAIS UM EPISÓDIO PERDIDO MUNDIAL DE "CHAPOLIN" ENCONTRADO

 

Cena do episódio "Al robot se le infectaron los transistores", de Chapolin Colorado

No ano de 2023, os fãs brasileiros das séries Chaves e Chapolin Colorado, organizados em vários sites e fóruns, encontraram dois episódios perdidos das famosas séries criadas por Roberto Gómez Bolaños (Chespirito). Na série Chapolin Colorado, foi encontrado o episódio intitulado "O Bandido do Hospital" (No por mucho amenazar, nos madrugan más temprano), gravado e exibido originalmente em 1974. Já em Chaves, o episódio "As Trapaças da Chiquinha" (Las Trampas de la Chilindrina), gravado e exibido originalmente em 1978.

Nos últimos anos em que a s séries vinham sendo exibidas, nenhuma emissora em todo o mundo transmitia os citados episódios, já que não eram mais distribuídos pela Televisa após a remasterização dos programas. O arquivo de Chapolin foi encontrado à partir de uma gravação feita em fita VHS no ano de 1985 em Cancún. Já o arquivo de Chaves, foi disponibilizado por um colecionador peruano, tendio sido encontrado à partir de uma gravação feita em fita VHS no ano de 1993, quando o episódio foi exibido pela emissora América Television, do Perú.

A grande novidade deste mês de junho de 2024 foi o encontro de mais um episódio "perdido mundial" da série Chapolin Colorado, intitulado "O Robô" (Al robot se le infectaron los transistores), exibido originalmente no México em 18 de agosto de 1976. 

O episódio trata-se de uma regravação (remake) do episódio "Um Robô Desparafusado" (El hombre que costó 6 pesos), de 1973. A trama apresenta um cientista (Ramón Valdés) que criou um robô com aparência humana (Carlos Villagrán), para que lhe servisse como empregado doméstico. O problema é que o mesmo ficou louco, atacando as pessoas quando menos se espera. Assim, a sobrinha do cientista (Florinda Meza) invoca o Chapolin Colorado (Chespirito) para resolver a situação.

 

A versão mais conhecida no Brasil, gravada em 1979.
 

Tal roteiro é mais conhecido no Brasil por sua terceira regravação, exibida originalmente no México em 1979, onde o cientista é interpretado por Edgar Vivar e o robô por Rúben Aguirre. A dublagem brasileira, realizada pela MAGA nos estúdios da TVS, intitulou o episódio como "O Robô, que pirou" (Al robot se le infectaron los transistores).

Ainda existem muitos episódios perdidos de Chaves, Chapolin e até mesmo do programa Chespirito, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Tais episódios não são distribuídos pela Televisa desde os anos 80. Entre estes estão a primeira parte do episódio em que o ator Héctor Bonilla aparece em Chaves, intitulado "Um Astro Cai na Vila - Parte 1" e a terceira e última parte do episódio "Os Piratas" em Chapolin. 

Curiosamente, no Brasil foram exibidos alguns episódios que não estão disponíveis em nenhuma emissora de outros países, como "Muitas Marteladas - Parte 2" e "Um Festival de Vizinhos - Parte 2" em Chaves e "Aventuras em Vênus" e "Dr. Chapatin e o Contrabando / Com essa pulgas não se brinca de pula-pula!" em Chapolin.

Assista abaixo ao citado episódio de Chapolin, postado no YouTube. O arquivo foi disponibilizado por Claudio Matuc (RETROMAGIA ROSARIO). A gravação foi feita através do Canal 5 de Rosário (Santa Fe, Argentina), em meados de 1983.

 




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segunda-feira, 17 de junho de 2024

"AS AVENTURAS DE TINTIN" E "O MUNDO DE BEAKMAN" DE VOLTA À TV ABERTA

As clássicas séries de grande sucesso na década de 1990, As Aventuras de Tintin e O Mundo de Beakman estão de volta à grade de programação da TV Cultura, em comemoração aos 55 anos da emissora de São Paulo.


As Aventuras de Tintin é uma série animada criada por Hergé, baseada nas histórias em quadrinhos de mesmo nome, publicadas em jornais europeus à partir de 1929. A animação foi produzida pelos estúdios Ellipse Animation (França) e Nelvana (Canadá) entre 1991 e 1992. Mostra as aventuras do repórter investigativo, Tintin, em sua jornada de investigações dos mais mosteriosos casos de polícia. Teve um total de 39 episódios, divididos em 3 temporadas.

O Mundo de Beakman é um programa estadunidense baseado nas tiras de jornal You Can with Beakman and Jax, de Jok Church. Voltado a ensinar ciências e vários tipos de experiências ao público infantil, de um modo extremamente divertido, é apresentado pelo cientista Beakman (Paul Zaloom), o rato de laboratório Lester (Mark Ritts) e suas assistentes Rosie (Alana Ubach), Liza (Eliza Schneider) e Phoebe (Senta Moses). Foi produzido pela Columbia Pictures entre 1992 e 1998, com um total de 91 episódios divididos em 4 temporadas.

A estreia de O Mundo de Beakman acontece hoje (17), sendo que o programa será exibido de segunda à sexta-feira, às 19h00. As Aventuras de Tintin irá ao ar nas noites de quinta-feira, às 19h30.


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terça-feira, 11 de junho de 2024

"SPEED RACER" NA ISTV

A ISTV, emissora conhecida por exibir várias séries, desenhos e filmes clássicos em sua programação, segue trazendo novidades ao público nostálgico, com uma programação de qualidade. A novidade desta semana foi a inserção do clássico animê: Speed Racer.

A série foi uma criação de Tatsuo Yoshida, produzida no Japão pela Tatsunoko Productions e levada ao ar originalmente entre 2 de abril de 1967 e 3 de março de 1968 pela TV Fuji. Teve um total de 52 episódios.

A trama gira em torno do jovem de 18 anos, Speed Racer (Go Mifune), que sonha em tornar-se o maior piloto de corridas do mundo. Para isto, terá que provar a seu pai, o engeheiro Pops Racer (Daisuke Mifune), que tem habilidade e coragem o suficiente para isto. Seu carro é o fabuloso Mach 5, um veículo que conta com diversos acessórios que ajudam Speed nas mais perigosas pistas de corridas.

O animê é considerado um dos maiores sucessos entre as animações japonesas em vários países, como Estados Unidos e Brasil. Passou por várias emissoras, como TV Tupi, TV Record, MTV, Cartoon Network, Boomerang e Rede Brasil de Televisão.

Está sendo exibido todas as manhãs no programa infantil Hora Animada, pela ISTV (emissora sediada na Baixada Santista). O programa é exibido de segunda à sábado das 09h00 às 11h00, sendo que Speed Racer vai ao ar na faixa das 10h20.

A emissora é transmitida via TV aberta na região da Baixada Santista (SP) e pode ser assistida em todo o Brasil através de seu aplicativo disponível para smart TVs e Smartphones, além de seu site oficial: www.istv.com.br/

 

Confira um review completo sobre SPEED RACER no Blog Sushi POP, clicando aqui.

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segunda-feira, 10 de junho de 2024

A DUBLAGEM PERDIDA DE "ZILLION"

 

No final da década d e 1980, o público brasileiro conheceu um dos animês mais simpáticos já exibidos por aqui: Zillion (Akai Kōdan Zillion). Produzido em uma parceria da Sega e Tatsukono Productions, a série foi feita para alavancar as vedas do jogo homônimo para o console Master System, assim como sua respectiva pistola, vendida como acessório para o mesmo. Foi exibida na televisão japonesa pela Nippon Television entre 12 de abril e 13 de dezembro de 1987.

A série, estrelada pelo trio de atiradores da White Nuts, JJ, Champ e Apple, mostrava os humanos no ano de 2387, quando a colonização de outros planetas era realidade. Assim, o planeta Maris passa a ser alvo de invasores alienígenas, liderados pelo terrível Barão Ricks. A única forma de proteger a humanidade era usar três poderosas e misteriosas pistolas chamadas Zillion. Para esta missão, o trio de protagonistas fora escalado, devido a suas brilhantes habilidades como atiradores.

O animê estreou no Brasil no final dos anos 80 pela Globo, passando pela TV Gazeta nos anos 90 e tendo sua última reprise em 2022 pela Rede Brasil de Televisão.

A dublagem nacional ficou à cargo do estúdio paulista Alamo, contando com as vozes de Carlos Laranjeira como JJ, Eduardo Camarão como Champ, Neusa Maria Faro como Apple, Cristina Maria Rodrigues como Anne, Jorge Pires como Senhor Gordon e Ricardo Medrado como Dailble. A narração ficou à cargo de Nair Silva.

Curiosamente, foi descoberto há pouco tempo que a versão Alamo trata-se na verdade de uma segunda dublagem, já que uma dublagem de teste, nunca exibida na televisão, foi realizada no estúdio MAGA, de propriedade de Marcelo Gastaldi (dublador do Chaves), que prestava serviços à TVS (atual SBT). Alguns trechos gravados de uma fita com o primeiro episódio foram vazados e disponibilizados no YouTube pelos canais "O COLECIONADOR" e "Beto A.".

Outra curiosidade é o fato da série ter sido trazida inicialmente pela distribuidora Everest Vídeo, de propriedade de Toshihiko Egashira. O mesmo a trazer os sucessos Jaspion e Changeman ao Brasil na mesma época. Acontece que após a realização da primeira dublagem na MAGA, a Everest fechou um acordo com a Alien Internacional, que levou o animê para ser dublado na Alamo, estreando na TV logo em seguida com todos os seus 31 episódios.

O elenco da primeira dublagem contava com Wendel Bezerra como JJ, Fábio Villalonga como Champ, Neusa Maria Faro como Apple, Márcia Gomes como Anne, Gastão Malta como Senhor Gordon e Marcelo Gastaldi como Daible. A narração ficou à cargo de Osmiro Campos.


Confira abaixo a junção dos trechos encontrados no canal Tv a Lenha e Os Viajantes do Tempo:

 

Leia um review completo do animê Zillion no Blog Sushi POP, clicando aqui.

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quinta-feira, 9 de maio de 2024

PERDIDOS NO ESPAÇO (1965)


As aventuras espaciais da família Robinson.
 

A década de 1960 ficou marcada por várias produções televisivas voltadas para a ficção científica, sobretudo pela Corrida Espacial envolvendo americanos e soviéticos no período da Guerra Fria. Um produtor que fez grande fama neste período foi Irwin Allen. Por ser especialista em filmes com temática de catástrofes, foi apelidado como "The Master of Disaster" (O Mestre do Desastre). Seu sucesso com filmes como O Mundo Perdido (1960), Viagem ao Fundo do Mar (1961) e tantos outros, o levaram a produzir também seriados de televisão. Desta forma ganhou maior fama, especialmente por quatro produções: Viagem ao Fundo do Mar (série homônima ao filme de 1961), O Túnel do Tempo, Terra de Gigantes e, finalmente, o tema desta matéria, Perdidos no Espaço (Lost in Space).

Após trabalhar com o tema de monstros submarinos, em Viagem ao Fundo do Mar em 1964, era chegada a hora de utilizar o assunto do momento, a já citada Corrida Espacial. Surge assim a série futurista, Perdidos no Espaço, mostrando as aventuras de uma típica família americana enviada ao espaço para desbravar um novo planeta.

A produção ficou à cargo da 20th Century Fox, rendendo três temporadas e um total de 83 episódios. A exibição original ocorreu entre 15 de setembro de 1965 e 6 de março de 1968 na rede CBS.

O episódio piloto, intitulado "No Place to Ride", chamou a atenção da produtora, assim como da direção da emissora, por tratar do tema mais falado na época e colocar uma família como protagonista, podendo atingir várias faixas etárias. Embora aprovado, o piloto apresenta diferenças do resultado final da série, como não contar com um antagonista na viagem espacial, no caso o Dr. Smith, e ter um tom mais sério de ficção científica ao apresentado no decorrer da temporadas.

Guy Williams (1924-1989)
 

Para o elenco principal foram escolhidos nomes de peso, com destaque para Guy Williams, no papel do pai da família Robinson, conhecido por interpretar o personagem Zorro na série homônima de 1957, produzida por Walt Disney. Ainda o caçula da família, interpretado pelo ator mirim Billy Mumy, que anteriormente havia feito testes para estrelar a série cômica Os Monstros, na ocasião não aceitando o papel devido ao uso excessivo de maquiagem.

A primeira temporada foi filmada em preto e branco, enquanto as duas seguintes foram apresentadas em cores. É notória a diferença do clima do primeiro ano da série, que apresentava roteiros um pouco mais sérios e misteriosos, enquanto os demais eram mais voltados ao humor e cenários coloridos, por influência de outra série de grande sucesso na época: Batman, estrelada por Adam West. 

Major West, Maureen e John (ao fundo). Will, Penny, Dr. Smith, Judy e B-9 (à frente)

A trama, baseada no livro "The Swiss Family Robinson" de 1812, se passava no, até então, futurista ano de 1997, quando a Terra sofria o problema da superpopulação. Deste modo, um grande projeto de colonizar o planeta Alpha Centauri foi colocado em prática, onde uma família com grande coragem e aptidões de verdadeiros pioneiros seria enviada para iniciar a missão. 

Os escolhidos para esta missão foram os membros da família Robinson, formada pelo pai, Professor John Robinson (Guy Williams), a mãe Maureen Robinson (June Lockhart), a filha mais velha Jude Robinson (Marta Kristen), a filha do meio, Penny Robinson (Angela Cartwright) e o caçula Will Robinson (Billy Mumy). Ainda seria enviado para pilotar a nave, Jupiter II, o Major Don West (Mark Goddard) e um robô, chamado B-9, com habilidades especiais para auxiliar na jornada.

A grande surpresa foi o aparecimento do malígno espião, Dr. Zachary Smith (Jonathan Harris), que se disfarçou como membro da equipe avaliadora da família, assim como da nave Jupiter II. O que ele não esperava é que a nave partiria enquanto ele sabotava seu painel de controle. Durante a execução de seu trabalho sujo, a porta se fecha e o mesmo parte rumo ao espaço, mudando a rota da nave devido a seu peso extra. A família Robinson viajava adormecida em cápsulas de suspensão. Em situação de total desespero, Smith desperta a tripulação na tentativa de voltar à Terra.

Assim, a família Robinson, Major West e Dr. Smith ficam literalmente perdidos no espaço, passando por grandes desafios, como desviar de chuvas de meteoros, cair em planetas misteriosos e enfrentar os mais variados tipos de alienígenas que, na maioria das vezes, tentavam sequestrá-los ou, até mesmo, destruí-los. Com o passar do tempo, Smith faz amizade com o garoto Will, sendo este o único membro da família a ver algo de bom no sujeito de caráter questionável.

B-9 e Dr. Smith

Muitas das cenas mais engraçadas dos episódios são protagonizadas por Smith e o robô B-9, que estavam sempre discutindo. Smith chamava-o como "lata de sardinha". Outros bordões do horas vilão, horas aliado, Dr. Smith eram: "Oh, dor!" e "Nada Tema! Com Smith, não há problema!". Já o robô, quando captava algum sinal de alerta dizia: "Perigo! Perigo! Perigo!"

Em vários episódios, o cínico Dr. Smith coloca os Robinson em perigo, já que os mesmos seguiam focados em encontrar Alpha Centauri, enquanto ele tentava voltar à Terra de qualquer maneira. Em muitas ocasiões, chegava a fazer acordos e alianças com os terríveis seres espaciais, mas no final se dava mal e precisava do perdão e ajuda da família. Por tais razões, era o grande desafeto do enérgico Major West.

Curiosamente, o personagem Dr. Smith participaria da série apenas nos cinco primeiros episódios, mas o carisma do ator e suas trapalhadas ao lado do robô chamaram a atenção do público. Assim, seguiu como "ator especialmente convidado" (conforme era citado pelo narrador na abertura) até o final da série.

Em um dos episódios mais marcantes, os tripulantes conseguem voltar à Terra. Porém, percebem que voltaram no tempo, estando na década de 1970, enquanto haviam deixado o planeta, rumo ao espaço, no ano de 1997. 

Al Lewis (à esquerda) como convidado em um dos episódios.
 

Vários atores famosos participaram como convidados, como Kurt Russel (ainda criança), Al Lewis (Vovô em "Os Monstros"), entre outros.

O sucesso da série, fez com que fossem produzidas novas adaptações posteriores, como o filme homônimo para cinema em 1998 e uma série reboot para o serviço de streaming Netflix em 2018.

Perdidos no Espaço, estreou na televisão brasileira em 1966 pela TV Record com grande sucesso, sendo exibida inicialmente nas tardes de domingo. Na década de 1970, teve passagens pela Globo e TV Tupi. Na década de 80 passou a ser exibida pela TV Bandeirantes e, pouco depois, na TV Gazeta. Na década de 90, voltou à TV Record para uma nova reprise. Na TV paga foi exibida entre os anos 90 e início dos 2000 pela Fox e FX. Desde 2007, vem sendo reprisada na TV aberta pela Rede Brasil de Televisão.

Borges de Barros (dublador) e Jonhatan Harris (Dr. Smith).
 

Em 1969, no auge da série no Brasil, o ator Jonhatan Harris (Dr. Smith) fez uma visita ao país, concedendo entrevistas em importantes programas de televisão, como Hebe e Clube do Capitão AZA. Na ocasião, conheceu seu dublador brasileiro, Borges de Barros, ao qual teceu elogios por seu brilhante trabalho, considerando-o seu melhor dublador em todo o mundo.

A dublagem brasileira ficou à cargo do estúdio paulista AIC, contando com as vozes de Astrogildo Filho (1ª voz) e Rebello Neto (2ª voz) como John Robinson, Helena Samara como Maurren Robinson, Ary de Toledo como Don West, Borges de Barros como Dr. Zachary Smith, Neuza Maria (1ª voz) e Áurea Maria (2ª voz) como Judy Robinson, Magali Sanchez (1ª voz) e Maria Inês (2ª voz) como Will Robinson, Cristina Cmargo (1ª voz) e Aliomar de Matos (2ª voz) como Penny Robinson. Finalmente, José Soares (1ª voz), Jorgeh Ramos (2ª voz), Amaury Costa (3ª voz) e Gilberto Baroli (4ª voz) como Robô B-9.

A série foi lançada por completo em em três boxes de DVDs no país pela 20th Century Fox, mantendo a clássica dublagem da AIC e trazendo conteúdos extras, como entrevistas com os atores e o episódio piloto da produção (este apenas com legendas em português).

 

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KOLCHAK E OS DEMÔNIOS DA NOITE (1974)

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