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quinta-feira, 9 de maio de 2024

PERDIDOS NO ESPAÇO (1965)


As aventuras espaciais da família Robinson.
 

A década de 1960 ficou marcada por várias produções televisivas voltadas para a ficção científica, sobretudo pela Corrida Espacial envolvendo americanos e soviéticos no período da Guerra Fria. Um produtor que fez grande fama neste período foi Irwin Allen. Por ser especialista em filmes com temática de catástrofes, foi apelidado como "The Master of Disaster" (O Mestre do Desastre). Seu sucesso com filmes como O Mundo Perdido (1960), Viagem ao Fundo do Mar (1961) e tantos outros, o levaram a produzir também seriados de televisão. Desta forma ganhou maior fama, especialmente por quatro produções: Viagem ao Fundo do Mar (série homônima ao filme de 1961), O Túnel do Tempo, Terra de Gigantes e, finalmente, o tema desta matéria, Perdidos no Espaço (Lost in Space).

Após trabalhar com o tema de monstros submarinos, em Viagem ao Fundo do Mar em 1964, era chegada a hora de utilizar o assunto do momento, a já citada Corrida Espacial. Surge assim a série futurista, Perdidos no Espaço, mostrando as aventuras de uma típica família americana enviada ao espaço para desbravar um novo planeta.

A produção ficou à cargo da 20th Century Fox, rendendo três temporadas e um total de 83 episódios. A exibição original ocorreu entre 15 de setembro de 1965 e 6 de março de 1968 na rede CBS.

O episódio piloto, intitulado "No Place to Ride", chamou a atenção da produtora, assim como da direção da emissora, por tratar do tema mais falado na época e colocar uma família como protagonista, podendo atingir várias faixas etárias. Embora aprovado, o piloto apresenta diferenças do resultado final da série, como não contar com um antagonista na viagem espacial, no caso o Dr. Smith, e ter um tom mais sério de ficção científica ao apresentado no decorrer da temporadas.

Guy Williams (1924-1989)
 

Para o elenco principal foram escolhidos nomes de peso, com destaque para Guy Williams, no papel do pai da família Robinson, conhecido por interpretar o personagem Zorro na série homônima de 1957, produzida por Walt Disney. Ainda o caçula da família, interpretado pelo ator mirim Billy Mumy, que anteriormente havia feito testes para estrelar a série cômica Os Monstros, na ocasião não aceitando o papel devido ao uso excessivo de maquiagem.

A primeira temporada foi filmada em preto e branco, enquanto as duas seguintes foram apresentadas em cores. É notória a diferença do clima do primeiro ano da série, que apresentava roteiros um pouco mais sérios e misteriosos, enquanto os demais eram mais voltados ao humor e cenários coloridos, por influência de outra série de grande sucesso na época: Batman, estrelada por Adam West. 

Major West, Maureen e John (ao fundo). Will, Penny, Dr. Smith, Judy e B-9 (à frente)

A trama, baseada no livro "The Swiss Family Robinson" de 1812, se passava no, até então, futurista ano de 1997, quando a Terra sofria o problema da superpopulação. Deste modo, um grande projeto de colonizar o planeta Alpha Centauri foi colocado em prática, onde uma família com grande coragem e aptidões de verdadeiros pioneiros seria enviada para iniciar a missão. 

Os escolhidos para esta missão foram os membros da família Robinson, formada pelo pai, Professor John Robinson (Guy Williams), a mãe Maureen Robinson (June Lockhart), a filha mais velha Jude Robinson (Marta Kristen), a filha do meio, Penny Robinson (Angela Cartwright) e o caçula Will Robinson (Billy Mumy). Ainda seria enviado para pilotar a nave, Jupiter II, o Major Don West (Mark Goddard) e um robô, chamado B-9, com habilidades especiais para auxiliar na jornada.

A grande surpresa foi o aparecimento do malígno espião, Dr. Zachary Smith (Jonathan Harris), que se disfarçou como membro da equipe avaliadora da família, assim como da nave Jupiter II. O que ele não esperava é que a nave partiria enquanto ele sabotava seu painel de controle. Durante a execução de seu trabalho sujo, a porta se fecha e o mesmo parte rumo ao espaço, mudando a rota da nave devido a seu peso extra. A família Robinson viajava adormecida em cápsulas de suspensão. Em situação de total desespero, Smith desperta a tripulação na tentativa de voltar à Terra.

Assim, a família Robinson, Major West e Dr. Smith ficam literalmente perdidos no espaço, passando por grandes desafios, como desviar de chuvas de meteoros, cair em planetas misteriosos e enfrentar os mais variados tipos de alienígenas que, na maioria das vezes, tentavam sequestrá-los ou, até mesmo, destruí-los. Com o passar do tempo, Smith faz amizade com o garoto Will, sendo este o único membro da família a ver algo de bom no sujeito de caráter questionável.

B-9 e Dr. Smith

Muitas das cenas mais engraçadas dos episódios são protagonizadas por Smith e o robô B-9, que estavam sempre discutindo. Smith chamava-o como "lata de sardinha". Outros bordões do horas vilão, horas aliado, Dr. Smith eram: "Oh, dor!" e "Nada Tema! Com Smith, não há problema!". Já o robô, quando captava algum sinal de alerta dizia: "Perigo! Perigo! Perigo!"

Em vários episódios, o cínico Dr. Smith coloca os Robinson em perigo, já que os mesmos seguiam focados em encontrar Alpha Centauri, enquanto ele tentava voltar à Terra de qualquer maneira. Em muitas ocasiões, chegava a fazer acordos e alianças com os terríveis seres espaciais, mas no final se dava mal e precisava do perdão e ajuda da família. Por tais razões, era o grande desafeto do enérgico Major West.

Curiosamente, o personagem Dr. Smith participaria da série apenas nos cinco primeiros episódios, mas o carisma do ator e suas trapalhadas ao lado do robô chamaram a atenção do público. Assim, seguiu como "ator especialmente convidado" (conforme era citado pelo narrador na abertura) até o final da série.

Em um dos episódios mais marcantes, os tripulantes conseguem voltar à Terra. Porém, percebem que voltaram no tempo, estando na década de 1970, enquanto haviam deixado o planeta, rumo ao espaço, no ano de 1997. 

Al Lewis (à esquerda) como convidado em um dos episódios.
 

Vários atores famosos participaram como convidados, como Kurt Russel (ainda criança), Al Lewis (Vovô em "Os Monstros"), entre outros.

O sucesso da série, fez com que fossem produzidas novas adaptações posteriores, como o filme homônimo para cinema em 1998 e uma série reboot para o serviço de streaming Netflix em 2018.

Perdidos no Espaço, estreou na televisão brasileira em 1966 pela TV Record com grande sucesso, sendo exibida inicialmente nas tardes de domingo. Na década de 1970, teve passagens pela Globo e TV Tupi. Na década de 80 passou a ser exibida pela TV Bandeirantes e, pouco depois, na TV Gazeta. Na década de 90, voltou à TV Record para uma nova reprise. Na TV paga foi exibida entre os anos 90 e início dos 2000 pela Fox e FX. Desde 2007, vem sendo reprisada na TV aberta pela Rede Brasil de Televisão.

Borges de Barros (dublador) e Jonhatan Harris (Dr. Smith).
 

Em 1969, no auge da série no Brasil, o ator Jonhatan Harris (Dr. Smith) fez uma visita ao país, concedendo entrevistas em importantes programas de televisão, como Hebe e Clube do Capitão AZA. Na ocasião, conheceu seu dublador brasileiro, Borges de Barros, ao qual teceu elogios por seu brilhante trabalho, considerando-o seu melhor dublador em todo o mundo.

A dublagem brasileira ficou à cargo do estúdio paulista AIC, contando com as vozes de Astrogildo Filho (1ª voz) e Rebello Neto (2ª voz) como John Robinson, Helena Samara como Maurren Robinson, Ary de Toledo como Don West, Borges de Barros como Dr. Zachary Smith, Neuza Maria (1ª voz) e Áurea Maria (2ª voz) como Judy Robinson, Magali Sanchez (1ª voz) e Maria Inês (2ª voz) como Will Robinson, Cristina Cmargo (1ª voz) e Aliomar de Matos (2ª voz) como Penny Robinson. Finalmente, José Soares (1ª voz), Jorgeh Ramos (2ª voz), Amaury Costa (3ª voz) e Gilberto Baroli (4ª voz) como Robô B-9.

A série foi lançada por completo em em três boxes de DVDs no país pela 20th Century Fox, mantendo a clássica dublagem da AIC e trazendo conteúdos extras, como entrevistas com os atores e o episódio piloto da produção (este apenas com legendas em português).

 

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quarta-feira, 1 de maio de 2024

POLE POSITION (1984)

 

Em 1982, foi lançado um jogo de videogame com temática automobilística para o console Atari e, posteriormente, para arcade, com o título Pole Position. O jogo produzido pela desenvolvedora japonesa Namco fez grande sucesso, sendo considerado um clássico entre os amantes de videogames até os dias de hoje. Na onda deste sucesso, foi planejada uma série animada de mesmo nome para alavancar a franquia.

A produção do desenho ficou à cargo do estúdio DiC Enterprises, sendo desenvolvida pelo francês Jean Chalopin. Este já havia trabalhado com outras animações de sucesso, como Inspetor Bugiganga, Ulisses 31 e Nossa Turma. Assim, a série franco-americana foi exibida na rede CBS entre 15 de setembro e 8 de dezembro de 1984, rendendo apenas uma temporada com um total de 13 episódios.

Pole Position apresentava algumas diferenças de seu jogo homônimo, já que seria necessária a inserção de personagens não existentes no videogame, além de outras adaptações que atraíssem o público infantil. O resultado foi um desenho divertido, com personagens cativantes e roteiros que lembravam os filmes e séries de espionagem dos anos 80.

Daisy, Tess, Faísca e Dan.

A trama apresentava os irmãos Darret, sendo Dan, Tess e a caçula Daisy combatendo o crime, através de uma organização denominada Força Secreta, liderada por seu tio, Dr. Zachary Darret. Paralelamente às missões passadas pelo tio, o trio de irmãos também tentava encontrar seus pais que haviam desaparecido misteriosamente há algum tempo. Quando não estavam investigando, seguiam trabalhando no negócio da família, com shows de acrobacias de veículos.

Os carros da equipe, que também eram usados nas missões secretas, possuiam inteligência artificial, sendo módulos conectados aos painéis dos veículos. Seus nomes eram Rodão (Roadie, no original) e Wheels. Ambos eram também a parte cômica da série, pois sempre estavam discutindo ou fazendo piadas entre si. Possuiam avançados equipamentos, como planadores e esquis aquáticos.

Durante o trabalho, a pequena Daisy estava sempre querendo brincar com os módulos falantes, assim como com seu mascote Faísca (Kuma), que parecia um gato com manias de macaco. Dan e Tess eram habilidosos investigadores e recebiam as missões, passadas pelo Dr. Zachary, através de um monitor de uma sala localizada em seu caminhão de transporte dos veículos.

Wheels e Rodão.

Os episódios eram recheados de ação e aventura, agradando não somente às crianças, mas também o público adulto. Sua trilha sonora era muito marcante, sobretudo o inesquecível tema de abertura e encerramento.

Embora a série fosse muito bem trabalhada, ainda era um produto dependente do mercado de videogames, que estava em crise durante sua produção. Mesmo que pouco tempo depois a Nintendo reascendesse o mercado, Pole Positon acabou sendo cancelado após uma única temporada de 13 episódios por se tratar de uma série feita para alavancar o principal produto da franquia, o videogame.

A série animada chegou ao Brasil na segunda metade da década de 1980 pela TVS (atual SBT), sendo exibida em vários programas infantis da emissora até o início da década de 90. Em 2004, teve um breve retorno no programa Sábado Animado, que infelizmente durou poucas semanas. Nunca foi lançado em fitas VHS ou DVD, nem mesmo disponibilizado em serviços de streaming no país.

A dublagem ficou à cargo do estúdio carioca Herbert Richers, contando com as vozes de Armando Braga como Dan, Ângela Bonatti como Tess, Guilene Conte como Daisy, Francisco José como Wheels, Márcio Simões como Rodão e Dario Lourenço como Dr. Zachary Darret.

Leia também:

TURBO MAN (1984)

THUNDERCATS (1985)

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quinta-feira, 25 de abril de 2024

A MARCANTE NARRAÇÃO DE ABERTURA NOS EPISÓDIOS DE "SPECTREMAN"

 

Spectreman, sem dúvida, marcou a infância de quem assistia as aventuras do guerreiro de Nebula 71 nos anos 80, primeiramente na TV Record e em seguida pela TVS (SBT). Dentre os elementos marcantes na série estão suas tramas bem elaboradas, personagens carismáticos, tema de abertura e, por fim, a narração que marcava o início dos episódios em suas partes iniciais, já que a maioria dos arcos são duplos. 

Quem não se lembra da imponente fala:  

"Planeta Terra, cidade Tóquio. Como todas as metrópoles, Tóquio se acha hoje em desvantagem contra o maior inimigo do homem, a poluição. Mas apesar dos esforçoes das autoridades em todo o mundo, pode chegar um dia em que o ar, o mar e a terra, venham se tornar letais para toda e qualquer forma de vida. Quem poderá intervir? Spectreman!"

A versão da série que chegou ao Brasil foi editada nos Estados Unidos, por Richard L. Rosenfeld, ganhando o famoso tema de abertura que conhecemos, além de alguns cortes e inserções de cenas, como é o caso desta icônica narração. 

Cena de Tóquio mostrada durante a narração.
 

Acontece que as imagens de Tóquio exibidas durante a citada fala aparecem apenas no primeiro episódio da série, em sua edição original japonesa. Assim, a versão americana adicionou a narração com a premissa da série nestas cenas, passando a inserí-las em todos os inícios de episódios, até o final da série. 

A narração foi dublada por três vozes no Brasil. A primeira foi de Older Cazarré (dublador do Jaiminho na série Chaves), a segunda não foi identificada até o momento (provavelmente o mesmo, usando um tom ligeiramente diferente e falando de forma pausada) e a terceira de João Ângelo, voz dos Dominantes e diretor de dublagem ao lado de Marcelo Gastaldi

Quem assistir a série através dos DVDs, lançados no Brasil pela distribuidora World Classics, notará que a narração acontecerá apenas no primeiro episódio, já que a versão utilizada para tal lançamento é a original japonesa. Uma boa oportunidade para ver como a série era exibida na TV japonesa (exceto pelos previews dos episódios seguintes, que foram cortados nesta edição).

Apenas materiais gravados da TV na época, por colecionadores, possuem a narração no início de cada episódio.

 

Confira dois vídeos abaixo, com as respectivas vozes na icônica narração:


 

Leia um review completo sobre a série no Blog Sushi POP (de Alexandre Nagado), clicando aqui.

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segunda-feira, 8 de abril de 2024

ISTV: UMA EXCELENTE OPÇÃO PARA O PÚBLICO NOSTÁLGICO

 

A emissora da Baixada Santista que vem conquistando o Brasil!
 

Nas últimas décadas, estamos vendo uma grande queda na qualidade dos conteúdos apresentados na TV aberta. Especialmente no que se refere a filmes, seriados e desenhos animados clássicos. Até mesmo algumas emissoras da TV paga, especializadas neste tipo de conteúdo tem encerrado suas atividades, deixando à grade das operadoras, como nos casos dos canais TCM (que exibia filmes e séries) e Tooncast (especializado em desenhos animados dos anos 60 à 2000). A única emissora de TV aberta, operando em em rede nacional, que ainda exibe várias sessões com clássicos é a Rede Brasil de Televisão. Porém, há uma outra alternativa, vinda da Baixada Santista, que pode ser sintonizada em todo o país através de antena parabólica e aplicativo para smartphones e smart TVs, a ISTV (Ilha do Sol TV).

Conhecida como a "TV dos clássicos", a emissora fundada em 2004, iniciou como afiliada do Canal Futura, entre 2004 e 2015, posteriormente retransmitindo a programação da Rede Brasil e passando a ter grade própria em 2018. Possui uma programação agradável e diferenciada, trazendo ao público uma sensação de volta aos bons e velhos tempos da televisão. Possui várias sessões de cinema, como Cine ISTV Play, Madrugada Cinéfilos e Cine no Break, que dentre vários títulos exibem filmes como Rambo, 007, Batman, Planeta dos Macacos, Rocky, Guerra dos Mundos, Velocidade Máxima, A Fantástica Fábrica de Chocolate, entre tantos outros pertencentes à grandes e consagradas franquias.

Propaganda com filmes clássicos do acervo da emissora

Já entre as séries, estão títulos como Agente 86, CHiPs, Batman e Robin, Mulher Maravilha, O Incrível Hulk, Mr. Bean, ALF - O Eteimoso, O Elo Perdido, Zorro, Além da Imaginação, A Noviça Voadora, Esquadrão Classe A, A Super Máquina, Jeannie é um Gênio, A Feiticeira, Chaparral, entre tantas outras conhecidas pelo público. Ainda há outras que estavam há muito tempo fora da TV, já esquecidas ou até mesmo desconhecidas por muitos, como Super Vicky e Anos Incríveis. Ainda, os clássicos super-heróis japoneses que marcaram gerações no Brasil, como National Kid e Cybercop, Os Policiais do Futuro, exibidos na sessão Super Séries.

Algumas séries exibidas pela emissora.

Quanto a sessões com desenhos animados, é oferecido ao público um verdadeiro festival de clássicos, em horário nobre, para ninguém colocar defeito. Assim como nos bons tempos da TV aberta, o programa Hora Animada invade as manhás da emissora, com clássicos como ThunderCats, Caverna do Dragão, Dennis - O Pimentinha, A Familia Addams, Superman, Manda Chuva, Os Jetsons, Transformers, Batman - A Série Animada, He-Man, As Tartarugas Ninja, Rambo - A Força da Liberdade, A Pantera Cor-de-Rosa, entre tantos outros. Ainda, uma segunda exibição diária do programa infantil, ocorre nos inícios de noite.

Grandes desenhos apresentados no programa Hora Animada

O canal também possui programação com conteúdos próprios, com programas esportivos, jornalismo, entrevistas e variedades. Quanto à propagandas, a emissora possui um serviço de vendas, com os mais variados tipos de produtos, chamado ISTV Shop, com seus comerciais exibidos durante os intervalos. Ainda há anúncios de lojas e serviços da região da baixada santista, além de grande destaque em propagadas de hotéis localizados na baixada e interior paulista. 

Há alguns anos, a emissora ainda exibia comerciais de produtos antigos, como salgadinhos, chicletes e outros produtos antigos, como uma forma de tornar sua programação ainda mais atrativa ao público nostálgico. Ao exibir tais propagandas antigas, com produtos fora de linha há muitos anos, a emissora marcava no canto superior da tela a escrita "apoio cultural clássico", mostrando ser uma exibição meramente nostálgica, não comercial. Esta propagandas deixaram de ser exibidas há algum tempo.

Outro diferencial da emissora é possuir seu próprio serviço de streaming, a ISTV Play, também focado em filmes e seriados clássicos.

ISTV Play, o serviço de streaming da emissora.

A ISTV vem se mostrando uma ótima alternativa à falta de bons conteúdos para a família nas chamadas grandes emissoras. Como foi mencionado no início do post, pode ser sintonizada em sinal digital, via antena UHF (canal 36), apenas na região da baixada santista. Para o restante do país através do sinal de antena parabólica, aplicativo próprio para smartphones e smart TVs, além do site oficial: www.istv.com.br.


 

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quarta-feira, 3 de abril de 2024

ESQUADRÃO CLASSE A (1983)

 

A série que marcou a geração oitentista!
 

A década de 1980 é conhecida por sua grande variedade de produções criativas, no cinema, desenhos animados e, principalmente, nas séries de TV. Os gêneros ação e aventura se sobressaem neste período. Uma série que representou de forma brilhante tais gêneros foi Esquadrão Classe A (The A-Team). Produzida pela Universal Television e Stephen J. Canell Productions, exibida originalmente entre 23 de janeiro de 1983 e 8 de março de 1987 pela rede estadunidense NBC.

Apresentava um grupo de mercenários, veteranos da Guerra do Vietnã, que eram contratados para resolver os mais variados problemas, usando seus conhecimentos e habilidades. O grupo havia sido condenado em 1972 por um crime que não havia cometido. A equivocada acusação fez com que os veteranos fossem presos, sob alegação de um suposto roubo de banco. Logo, o grupo consegue escapar da prisão, vivendo como fugitivos e sendo contratados para as mais perigosas e mirabolantes missões.

A abertura dos episódios iniciava com uma narração que resumia a situação que levou o esquadrão a viver como um grupo de mercenários, seguido da marcante trilha sonora instrumental que nunca saiu da memoria de quem acompanhou a série.

A narração era a seguinte:

“Há dez anos, uma equipe de comandos especiais foi mandada para a prisão por um tribunal militar por crime que não haviam cometido. Esses homens escaparam da prisão militar de segurança máxima passando a viver secretamente em Los Angeles. Ainda hoje são procurados pelo governo e sobrevivem como aventureiros. Soldados da Fortuna. Se você tem algum problema, se ninguém mais puder ajudá-lo e se conseguir encontrá-los, talvez consiga contratar o Esquadrão Classe A!”.

Esquadrão A, pronto para a missão!

O "Esquadrão A" (abreviação de "Esquadrão Alpha"), como era chamado por seus próprios membros, era liderado pelo estrategista e brilhante mestre dos disfarces, John "Hannibal" Smith (George Peppard). Contava com o mal-encarado mecânico B.A. Baracus (Mr. T), que embora fosse muito valente e bom de briga, morria de medo de altura, tendo sempre que ser desmaiado por seus companheiros ao andar em aviões e helicópteros. Ainda, o galã da equipe, Tenente Templeton Peck, mais conhecido como Cara-de-Pau (interpretado por Tim Dinigan no episódio piloto, sendo substituído por Dirk Benedict no restante da série), que sempre conseguia os aparatos necessários por ser bom de papo. O lunático Capitão Murdock (Dwight Schultz), que sempre era resgatado do manicômio para realizar as missões, sendo um habilidoso piloto de aeronáves. Por fim, a garota da equipe, Amy Amanda Allen (Melinda Culea), uma repórter aliada do grupo que os acompanhava e ajudava nas missões.

Cada episódio trazia novas situações e perigosas missões aceitas pela esquadrão, como defender comerciantes de chantagistas que ameaçavam o bairro, enfrentar um grupo de fanáticos seguidores de uma seita, resgatar pessoas importantes, etc.

O principal veículo do esquadrão era o icônico furgão preto, dirigido por B.A. Personagem este, que aparentava estar sempre de mau humor e vivia discutindo com Murdock por suas loucuras.

B.A. e seu icônico furgão.

Durante suas cinco temporadas, ocorreram algumas mudanças de elenco, quando personagens como Amanda foram substituídos e outros foram inseridos ao esquadrão. Como nos casos de Tawnia Baker (Marla Heasly), que substituiu Amanda. Eddie Valez (Frankie Santana), que foi integrado ao grupo. Por fim, o General Hunt Stockwell (Robert Vaughn), para quem o esquadrão passou a prestar serviços, entre outros.

No último ano, algumas alterações no enredo e características dos protagonistas acabaram não agradando o público, culminando com o cancelamento da série. Dentre estas mudanças pode-se destacar o fato do esquadrão, que sempre trabalhou por conta própria, passar a ter um "chefe" para prestar contas, no caso o General Stockwell, e a cura da loucura de Murdock, descaracteriznado por completo o personagem que, diga-se de passagem, era um dos mais queridos e marcantes.

Assim, a série foi encerrada com um total de 98 episódios de 45 minutos de duração. Com excessão do filme piloto que teve 90 minutos. Chegou a ser um dos programas mais assistidos dos Estados Unidos durante sua exibição original, ganhando várias reprises mesmo após seu cancelamento.

No início da década de 1990, foi cogitada a produção de um longa-metragem baseado na série, onde o esquadrão teria sua inocência provada e seria perdoado pelo governo americano. Porém, infelizmente, o ator Geoge Peppard viria a falecer em 1994, engavetando assim o projeto do filme. Apenas em 2010 houve uma adaptação para o cinema, porém, contando com novo elenco para os papéis principais.

O "Esquadrão A" em sua formação original.

Estreou no Brasil em 6 de abril 1984 pela TVS (atual SBT) com grande sucesso, chegando a concorrer ao Troféu Imprensa na categoria Filme Seriado, perdendo para outra série de grande sucesso na época, A Super Máquina.

O sucesso era notório, não somente entre o público adulto, mas também com as crianças. Tal fato levou a fabricante Glasslite a lançar uma linha de brinquedos da série no mercado nacional.

Na década de 1990 passou a ser reprisada pela Globo. Já nos anos 2000 foi exibida pelo canal pago TCM e teve as duas primeiras temporadas lançadas em DVD pela Universal, contando apenas com opção de áudio original em inglês e legendas em português. Pouco depois, teve alguns volumes avulsos lançados pela Elabor Midia, contendo dois episódios por disco (apenas da primeira temporada), desta vez contando com a dublagem original.

A dublagem nacional ficou à cargo do estúdio paulista BKS, contando com as vozes de Francisco Borges como Hannibal, Antônio Moreno como B.A., Ézio Ramos como Cara-de-Pau, Hélio Porto (1ªa voz) e Nelson Batista (2ª voz) como Murdock e Nair Silva como Amy.

Atualmente, a série vem sendo reprisada pela Rede Brasil de Televisão (rede nacional) e ISTV (emissora da Baixada Santista) com sua clássica dublagem.



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sexta-feira, 1 de março de 2024

CHESPIRITO (1980)


O programa que reuniu toda a genialidade e personagens de Roberto Gómez Bolaños
 

Entre as décadas de 1950 e 60, o jovem mexicano Roberto Gómez Bolaños iniciou sua carreira como redator de televisão, rádio e cinema. Sua genialidade lhe rendeu um apelido por parte do diretor Agustín P. Delgado. Este passou a chamá-lo como o Pequeno Shakespeare, que na lígua espanhola seria Chespirito. Dentre seus principais trabalhos no citado período, destacam-se o programa humorístico Cómicos y Canciones, estrelado pela famosa dupla Viruta e Capulina, e o filme Los Legionarios, de 1958.

Chespirito teve sua primeira participação como ator ainda no programa Cómicos y Canciones, quando precisou substituir um ator que havia faltado às gravações, provando que era talentoso, não apenas na escrita, mas também em frente às câmeras. A princípio, seu foco maior era mesmo seguir escrevendo, mas novas oportunidades de atuar seguiram aparecendo. Em 1969 foi contratado pelo produtor Sérgio Pena, da TV TIM (Televisión Independiente de México), para escrever e atuar no papel principal da série humorística El Cidadano Gómez. Apesar da produção contar com apenas 7 episódios, foi o suficiente para fazer de Chespirito um dos grandes nomes do humor mexicano.

Já entre 1969 e 1970, passou a escrever para o programa Sábados de la Fortuna, onde criou o quadro Os Supergênios da Mesa Quadrada (Los supergenios de la Mesa Cuadrada). O sucesso da atração fez com que o mesmo logo se tornasse um programa independente com horário próprio. Foi nesta atração que surgiram os famosos personagens Dr. Chapatin (interpretado por Chespirito) e Professor Girafales (interpretado por Rúben Aguirre), que posteriormente seriam utilizados nas séries de maior sucesso de Bolaños, Chaves e Chapolin Colorado.

Os Supergênios da Mesa Quadrada: Ramón, Maria Antonieta, Dr. Chapatin e Prof. Girafales

A partir de outubro de 1970, o programa mudaria de nome para Chespirito, onde várias esquetes estreladas pelos personagens de Bolaños eram exibidas, agora com duração de uma hora. Foi nesta fase que surgiria o herói atrapalhado, Chapolin Colorado, e pouco depois o garoto do barril, Chaves. Outras esquetes que se destacam neste período são Chaparrón Bonaparte (Los Chifladitos), Chompiras e Peterete (Os Ladrões), Dr. Chapatin e outras histórias soltas de Chespirito.

Esta fase do programa durou até meados de 1973, quando os personagens Chaves e Chapolin passaram a ter maior destaque, substituindo assim o programa Chespirito com suas respectivas séries independentes. Tais séries foram exibidas por vários anos, sendo o programa de Chapolin Colorado encerrado em 1979 e Chaves no início de 1980.

Com o final das duas citadas séries, Bolanõs planejava o retorno de seu clássico programa humorístico composto por várias esquetes de seus personagens, agora estando na maior emissora do México, a Televisa. Assim, mesmo com seus programas indepedentes encerrados, Chaves e Chapolin ainda seriam atrações da nova fase do programa Chespirito, ao lado de outros personagens como Chompiras e Botijão (Los Caquitos), Chaparrón Bonaparte (Los Chifladitos), Dr. Chapatin e Vicente Chambón (La Chicharra).

Quadro de reestreia de Chaparrón Bonaparte em 1980.

Na primeira metade da década de 1980, o programa Chespirito era composto, na maioria das vezes, por quatro ou cinco esquetes semanais dos citados personagens. Embora, em algumas ocasiões, houvessem programas inteiros dedicados a uma única história de 45 minutos (fora os intervalos comerciais). Dentre estes programas especiais, com apenas uma esquete em destaque, estavam vários episódios de Chaves e Chapolin Colorado. Curiosamente, um destes episódios de Chapolin, intitulado "Aventuras em Marte", gravado em 1981, contava com duas partes e foi editado como um filme de 90 minutos, sendo dublado e exibido no Brasil pelo SBT em 1998 na sessão Cinema em Casa.

Destaque para as esquetes do personagem Vicente Chambón, intitulado La Chicharra, que apresentava o repórter homônimo (interpretado por Chespirito) que era muito atrapalhado e distraído, sempre trabalhando ao lado de sua melhor amiga, a fotógrafa Cândida (Florinda Meza). Tal esquete fora baseada em uma pequena série de mesmo nome, apresentada em apenas 14 episódios no ano de 1979, substituindo a série Chapolin Colorado.

A partir da segunda metade da citada década, mais precisamente no ano de 1987, o programa começou a dar maior destaque para as esquetes de Chompiras e Botijão (Los Caquitos). Baseada na antiga esquete Os Ladrões, estrelada por Chespirito e Ramón Valdéz no início dos anos 70, agora a dupla tinha como o novo parceiro de Chompiras o egocêntrico Botijão, interpretado por Edgar Vivar. Na primeira metade da década, as esquetes seguiam o mesmo padrão das histórias da dupla de ladrões atrapalhados que nunca conseguiam roubar nada. Já em 1987, uma nova fase chegava, mostrando a dupla arrependida de seus crimes e passando a trabalhar no hotel do Senhor Lúcio (Don Lucho), interpretado por Carlos Pouliot.

Além das esquetes dos personagens mais conhecidos, como o médico ranziza Dr. Chapatin e a dupla de loucos Chaparrón Bonaparte e Lucas Pirado (Lucas Tañeda), haviam também novos personagens, como Dom Caveira, um dono de funerária com um humor um tanto sombrio, e esquetes em homenagem à personagens clássicos, como O Gordo e o Magro (brilhantemente interpretados por Edgar Vivar e Chespirito, respectivamente) e por vezes homenageando importantes figuras da história, como Guilherme Tell e Cristóvão Colombo.

Chompiras, Chimoltrúfia e Botijão em Los Caquitos.

Após a mudança nas histórias de Chompiras, a esquete foi gradativamente tornando-se o carro-chefe do programa, chegando ao ponto de nos anos 90 ser praticamente o único quadro apresentado nos 45 minutos da atração, por vezes sendo acompanhado por pequenos quadros de Dom Caveira, Chaparrón e Dr. Chapatin. Especialmente após o ano de 1993, quando Chaves e Chapolin deixaram de ser gravados definitivamente.

As tramas passadas no dia a dia do Hotel do Senhor Lúcio agradaram o público mexicano, tornando os personagens da esquete extremamente populares. Destaque para a escandalosa Chimoltrúfia, brilhantemente interpretada por Florinda Meza. Era a camareira do hotel, que vivia cantarolando aos berros, enquanto fazia seu trabalho. Botijão era o ascensorista do elevador, sendo que sempre mandava os hóspedes subirem pela escada, já que o equipamento não suportava seu peso. Chompiras, o astro da esquete, era um despreocupado carregador de malas, que fazia seu trabalho apenas quando lhe ofereciam boas gorjetas.

Em 1993 houve outra mudança no enredo dos episódios, quando o trio Chompiras, Botijão e Chimoltrúfia ficaram desempregados durante algum tempo. Logo conseguiram trabalho em outro hotel, chamado Boa Vista, de propriedade do Seu Cecílio, interpretado por Moisés Suárez.

A popularidade da esquete, especiamente da personagem Chimoltrúfia, levou a editora mexicana Pregón Editorial a publicar a revista em quadrinhos La Chimoltrufia, entre 1990 e 1994. Entre os anos 70 e 80, vários personagens de Chespirito haviam ganhado publicações em quadrinhos, como Chaves, Chapolin e até mesmo Los Caquitos. Porém, o fato de ser lançada uma revista com uma personagem que, à princípio, era secundária, mostra sua importância e sucesso junto ao público.

Revista em quadrinhos de La Chimoltrufia nº 3, publicada nos anos 90.

Assim como na fase clássica das séries Chaves e Chapolin, nos anos 70, as esquetes de Chompiras contavam com vários episódios marcantes e até mesmo sagas de dois ou mais episódios. Dentre estes estão "Hospital do Barulho", "Atentado ao Delegado", "Ali Babá e os 40 Comilões", "A Volta de Chamóis, o Bandido das Mil Faces", "Corra que o Gorila vem aí", "A Praça Não é Nossa", "Procurando Emprego", entre outros.

O programa foi exibido até 1995. Neste ano, o mesmo foi perdendo espaço na grade da Televisa, chegando a ter apenas 30 minutos de duração em seus episódios finais, já que a emissora estava passando por reformulações e não mais exibiria atrações humorísticas na faixa noturna. O último programa foi exibido em 25 de setembro de 1995, sendo composto pelos esquetes: Dr. Chapatin: "O Depósito",  Chespirito: "O Bêbado e a Casa Maluca", Chompiras: "Um Dia no Zoológico".

 

A EXIBIÇÃO NO BRASIL

Após 13 anos de sucesso das séries Chaves e Chapolin no Brasil, exibidos pelo SBT desde 1984, chegava ao país uma grande novidade envolvendo os até então "novos" e desconhecidos personagens de Roberto Bolaños. Em 1997, era a vez de outra emissora assinar um contrato para a exibição de produtos da Televisa, a rede CNT. O pacote contava com várias telenovelas e, a grande supresa humorística, programa Chespirito.

Várias chamadas especiais eram exibidas com grande destaque durante os intervalos da emissora, enquanto o público aguardava ansiosamente para conhecer o novo programa, assim como para conhecer seus respectivos personagens. A estreia ocorreu em um domingo, 30 de maio de 1997. Logo a exibição se estendeu a todos os dias da semana, em horário nobre, no ínicio da noite. 

 

Recorte de jornal da época, mencionando a estreia de Chespirito.

Foram exibidos cerca de 100 episódios das temporadas gravadas entre 1990 e 1995, que ganharam dublagem, à princípio no estúdio paulista BKS. Chespirito foi dublado por Sérgio Galvão, já que o dublador oficial de Chaves e Chapolin no SBT, Marcelo Gastaldi, havia falecido em 1995. Os demais dubladores originais foram mantidos, em sua maioria. Duas exceções foram os personagens dos atores Rúben Aguirre e Edgar Vivar, que originalmente eram dublados por Mário Vilela e Osmiro Campos, respectivamente. Os personagens de Aguirre aqui ganharam a voz de Sidney Lilla, enquanto os de Vivar a voz de Ivo Roberto "Tatú".

Um segundo lote chegou a ser dublado por outro estúdio, a Parisi Video, também de São Paulo, onde o elenco da versão BKS foi mantido. Consta que em certa altura do trabalho, o dublador dos personagens do ator Raúl Padilla (O carteiro Jaiminho em Chaves), no caso Eleu Salvador, precisou ser substituído. Na ocasião, o diretor de dublagem, José Parisi Júnior, escalou Mário Vilela em seu lugar, mas infelizmente estes episódios não chegaram a ser exibidos antes do término de contrato da CNT com a Televisa.

"Clube do Chaves", o novo título do programa Chespirito no SBT.

Quatro anos mais tarde, o SBT anunciou a estreia do programa Chespirito. Porém, com novo título, adaptado para Clube do Chaves, e nova dublagem realizada no estúdio paulista Gota Mágica, que escalou o ator Cassiano Ricardo na voz do protagonista. A estreia na emissora ocorreu em um sábado, 2 de junho de 2001, às 13h30.  Os episódios exibidos, assim como na CNT, eram das temporadas gravadas entre 1990 e 1995.

Os grandes problemas da exibição da série no SBT foram a mudança do título do programa, focando no personagem Chaves, que já não era o carro-chefe de Chespirito neste período, e a tradução para a dublagem. Muito diferente do humor sadio de Bolaños, que o público estava acostumado, foram usados alguns termos baixos que não estavam nos scripts originais. Até mesmo nomes de personagens foram trocados, como no caso de Chompiras que virou "Chaveco" e Chaparrón Bonaparte, agora chamado como "Pancada Bonaparte". Logo, as exibições aos sábados foram canceladas, mais precisamente em 4 de maio de 2002, e o programa voltou apenas em meados de 2006 como tapa-buraco nas madrugadas da emissora. Entre janeiro e junho de 2017, o Clube teve sua última, e breve, passagem pela emissora no horário do almoço.

Na TV paga, o programa foi exibido com o título As Novas Aventuras do Chaves, pela emissora TLN (pertencente à Televisa) com a dublagem da Gota Mágica. Em meados de 2019 foi disponibilizado para o assinantes do serviço de streaming da Amazon, Prime Video, deixando o catálogo em 2020 quando o programa, assim como as séries Chaves e Chapolin, teve sua exibição bloqueada em todo o mundo por impasse de direitos autorais.

Entre 2005 e 2008, a distribuidora Amazonas Filmes lançou vários episódios de Chespirito, ao lado de Chaves e Chapolin, em 8 boxes de DVDs no mercado nacional. As grandes novidades do lançamento foram a nova dublagem, realizada pelo Studio Gábia-SP, e o grande número de episódios inéditos disponíveis nos discos, incluindo alguns da primeira fase dos anos 80. Na ocasião, os personagens de Chespirito foram dublados por Tatá Guarnieri, que embora tenha dividido opiniões como a nova voz de Chaves e Chapolin, fez um trabalho primoroso em Chompiras, Dr. Chapatin e Chaparrón Bonaparte.

 


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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

GORENGER (1975)

O Esquadrão Secreto Gorenger!

 Conhecendo a série precursora da franquia Super Sentai que chegou ao Brasil em mangá.

Desde a estreia da série Esquadrão Relâmpago Changeman no Brasil, na segunda metade da década de 1980, o público passou a conhecer e admirar as séries tokusatsu da franquia Super Sentai. Esta apresenta esquadrões, geralmente compostos por cinco heróis, com uniformes coloridos, lutando contra terríveis impérios que pretendem dominar a Terra. Além de Changeman, outras três séries desta franquia foram exibidas posteriormente na televisão brasileira, sendo Goggle V - Os Guerreiro do Espaço, Comando Estelar Flashman e Defensores da Luz Maskman. Porém, a série que iniciou a citada franquia foi exibida no Japão no ano de 1975. Seu título é Himitsu Sentai Gorenger (Esquadrão Secreto Gorenger).

A princípio, Gorenger seria uma série isolada, já que na época não se cogitava a criação de uma franquia nos moldes apresentados pela produção. O termo "sentai" foi usado pela primeira vez no título da série Taiyo Sentai Sun Vulcan, de 1981. A produtora Toei Company oficializou a franquia como tendo sido iniciada com a série Battle Fever J, de 1979. Posteriormente, as séries Gorenger e JAKQ, exibidas em 1975 e 1977, respectivamente, passaram a figurar na lista como as duas primeiras produções.

Shotaro Ishinomori, o criador da série.
 

A criação de Gorenger foi uma sugestão do produtor Toru Hirayama (1929-2013), sendo seu conceito desenvolvido pelo renomado mangaká Shotaro Ishinomori (1938-1998), autor de títulos aclamados, como Kamen Rider e Kikaider. Enquanto as séries tokusatsu dos anos 60 foram marcadas por heróis gigantes, como Ultraman e Vingadores do Espaço, o início dos anos 70 trouxe heróis solitários que lutavam em tamanho humano, como Lion Man e o já citado Kamen Rider. No intuito de fazer algo diferenciado, Ishinomori trouxe uma temática inovadora para os live action, criando uma equipe com cinco heróis que enfretariam uma organização maligna. Grupos de heróis já haviam sido apresentados em animês, como Gatchaman e Cyborg 009 (criado pelo próprio Ishinomori), sendo algo pouco explorado em séries tokusatsu.

Assim, em 5 de abril de 1975, estreia na televisão japonesa, com produção da Toei Company, a série Himitsu Sentai Gorenger (em português pode ser traduzido como "Esquadrão Secreto Gorenger"), pela NET (atual TV Asahi). O sucesso foi imediato e seu último episódio foi ao ar em 26 de março de 1977, totalizando 84 episódios. Uma marca considerável para um tokusatsu, cujas séries não costumam passar da casa dos 50 episódios. Devido à grande repercussão, foi encomendada outra série nos mesmos moldes para estrear ainda em 1977. A série seguinte, também criada por Ishinomori e produzida por Hirayama, foi chamada como JAKQ.

Os vilões recebendo ordens de Führer da Cruz Negra

A trama de Gorenger se inicia quando a Terra é ameaçada por uma terrível organização terrorista, chamada como Exército da Cruz Negra. Tal organização tinha por objetivo a destruição do planeta. Seu líder era o cruel Führer da Cruz Negra e contava com vários generais e monstros a seu serviço. Apenas a organização EAGLE (Earth Guard League) teria condições para defender a humanidade desta terrível ameaça.

O primeiro episódio mostra o Exército da Cruz Negra atacando as várias bases da EAGLE. Neste ataque foram mortos quase todos os oficiais, exceto cinco soldados. Estes foram convocados pelo chefe da EAGLE Japão, Gonpachi Edogawa, para integrar um esquadrão secreto chamado Gorenger. Sua base secreta ficaria localizada abaixo do restaurante "Snack Gon". Ali receberiam instruções sobre suas missões em defesa da Terra. Ainda contariam com vários equipamentos e veículos de combate, como a fortaleza voadora Variblune.

Daita Oiwa, Akira Shinmei, Tsuyoshi Kaijo, Peggy Matsuyama e Kenji Asuka.

Os cinco jovens oficiais receberiam trajes de combate que lhes concederia grande força e habilidades especiais. Cada um teria uma cor, codinome e ataques específicos. Estes jovens eram Tsuyoshi Kaijo, o líder da equipe, com seu traje de combate vermelo é chamado como Akarenger. Akira Shinmei, o segundo em comando, com seu traje de combate azul é chamado como Aorenger. Daita Oiwa, possuidor de grande força física, com seu traje de combate amarelo é chamado como Kirenger. Peggy Matsuyama, a única garota da equipe, com seu traje de combate rosa é chamada como Momorenger. Finalmente, Kenji Asuka, o mais jovem da equipe, com seu traje de combate verde é chamado como Midorenger.

O personagem Daita Oiwa se destaca por sua personalidade forte, grande força física e estar sempre com fome, almoçando no restaurante Snack Go nas horas vagas. Além destas características, foi promovido a Chefe da filial de Kyushu da EAGLE, sendo substituído na equipe Gorenger por Daigoro Kumano, entre os episódios 55 e 67. Daigoro morre em um dos combates, fazendo com que Daita voltasse ao posto de Kirenger.

Gorenger ganhou seis filmes especiais, entre 1975 e 1978, sendo que o último colocou o esquadrão ao lado dos heróis da série JAKQ. A série é tida como um dos maiores clássicos da televisão japonesa. Além do Japão, foi exibida também nas Filipinas, onde fez grande sucesso e foi chamada como Star Rangers.

Ganhou adaptação para mangá, publicado entre abril de 1975 e julho de 1976 na revista Shonen Sunday, da editora Shogakukan, rendendo dois volumes. Em 2022, o título foi anunciado no mercado brasileiro, pelo selo Xogum da editora NewPOP, sendo que posteriormente o lançamento foi adiado para 2023.

Capa do mangá lançado no Brasil pela NewPOP Editora.
 
 
 
 
 
 
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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

COLUMBO (1971)

Columbo/Universal Studios

Um investigador brilhante e peculiar!

Nas décadas de 1960 e 70, surgiram vários seriados norte-americanos com temática investigativa, estrelando os mais variados tipos de detetives. Dentre estes um se destacou, não apenas por seus roteiros inteligentes, mas também por seu protagonista que passava longe de ser um galã. Esta série chamava-se Columbo, sendo considerada, até os dias de hoje, como um marco no gênero.

O personagem central, chamado como Tenente Columbo (Peter Falk), investigava casos envolvendo criminosos, sempre montando as peças dos quebra-cabeças de forma bastante peculiar. Com aspecto de um detetive lento e desinteressado, sabia levar suas testemunhas de forma que não percebessem que estavam sendo importantes peças no jogo investigativo. 

Além de seu jeito próprio de investigar, o Tenente da Divisão de Homícidios da Polícia de Los Angeles veste sempre um jaleco de aspecto surrado e envelhecido. Seu veículo era um Peugeot 403 Cabriolet.

Outra característica marcante no personagem era sempre citar sua esposa, chamada Kate, embora esta nunca apareça nos episódios.

Columbo e seu Peugeot 403

Curiosamente, o personagem não fora criado originamente para a série de TV, mas para o telefilme Enough Rope, gravado em 1961, baseado em uma história criada por William Link e Richard Leviston, publicada na revista Alfred Hitchcocks's Mistery Magazine. O Tenente Columbo, na verdade, não existia na história original, sendo uma inserção adaptada para o filme. 

Algum tempo depois também houve uma adaptação para peça de teatro, sendo nesta ocasião intitulada Prescription for Murder, que assim como o filme contava com o personagem. Mesmo não sendo o protagonista da trama, Columbo, aqui interpretado por Thomas Mitchell, chamou muito a atenção do público. Notando o sucesso do investigador, os autores decidiram usá-lo como astro de uma série de TV.

Antes da estreia dos episódios regulares foi gravado um filme piloto. Para estrelar a versão televisiva de Columbo convidaram o ator Peter Falk, que ficaria marcado para sempre como o peculiar detetive de jaleco surrado e grande inteligência. O piloto estreou em 20 de fevereiro de 1968.

Os episódios regulares da série só foram exibidos na televisão à partir de 1971, contando com temporadas curtas, tendo uma média de 3 a 8 episódios cada. A razão do baixo número de episódios por temporada era o fato da série ser apresentada em um bloco que contava com outros títulos, sendo cada série exibida em determinado período do ano.


  
    Ao centro o famoso ator Leslie Nielsen, como convidado em um dos episódios.

Cada episódio tinha início com o caso dia, apresentando um assassinato e seu respectivo contexto. Na maioria das vezes o público já tinha o conhecimento de quem era o assassino. Apenas no segundo bloco o protagonista aparecia, já investigando o caso a seu modo peculiar, conversando com as testemunhas e montando as peças do quebra-cabeça, demonstrando sua genialidade que contrastava com seu modo de agir, assim como com sua aparência um tanto desleixada.

As temporadas foram gravadas e exibidas até o ano de 1978, quando houve um grande hiato da série sem novos episódios. As gravações foram retomadas em 1989, tendo seus últimos episódios gravados em 1994. Ainda teve 8 especiais para a TV, gravados entre 1991 e 2003.

A série teve um total de 69 episódios, divididos em 11 temporadas, produzidos pela Universal e exibidos pela rede NBC.

Box de DVD's lançado no Brasil

Estreou no Brasil em meados de 1972 pela extinta TV Tupi, sendo apresentada nas noites de sábado ao lado de outras séries de investigação no bloco denominado Os Detetives. Posteriormente, teve passagens pela TV Record e TVS (SBT), sendo exibida até o final da década de 1980 na TV aberta. No final da década de 1990 foi exibida pelo extinto canal pago USA Network. Desde fevereiro de 2022 vem sendo exibida nas noites de segunda-feira no bloco Séries de Ouro da Rede Brasil de Televisão.

A dublagem nacional ficou à cargo do extinto estúdio carioca Herbert Richers, onde Columbo ganhou a voz de Nilton Valério nos primeiros episódios, sendo posteriormente substituído por Celso Vasconcellos.

As três primeiras temporadas foram lançadas em DVD pela Universal no início dos anos 2000. Porém, apenas a segunda temporada continha a dublagem original em português, enquanto as demais vinham com áudio original em inglês e apenas legendas em português. Posteriormente, a distribuidora lançou um novo box compacto com 5 discos, contendo a primeira temporada com a respectiva dublagem dos estúdios Herbert Richers.


CURIOSIDADES:

- O primeiro nome de Columbo nunca foi citado na série.

- Há quem diga que a série Monk - Um Detetive Diferente (2002) foi inspirada em Columbo, já que ambos os protagonistas são detetives brilhantes e possuem perfis peculiares.

 

 

 
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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

MEDABOTS (1999)

Um clássico animê repleto de ação e aventura, protagonizado por simpáticos robôs de combate!

No início dos anos 2000, uma grande leva de animês com temática de batalhas entre monstros e disputas de jogos, tendo crianças como protagonistas, tomou conta da televisão brasileira. O sucesso iniciado com as séries Pokémon e Digimon logo trouxe outros títulos, como Monster Rancher, Beyblade e Yu-Gi-Oh. Dentre estes, estava um animê diferenciado, pois não apresentava duelos com monstros, cartas ou piões. Desta vez as batalhas eram entre pequenos robôs que davam título à série, Medabots.

Baseado no jogo para Game Boy, Medarot (originalmente "Medarotto"), lançado em 1997, o animê foi produzido pelo estúdio Bee Train. A exibição na televisão japonesa ocorreu entre 2 de julho de 1999 e 30 de junho de 2000 pela TV Tokyo, totalizando 52 episódios. Uma sequência, intitulada Medabots Spirits (Medarot Damashii) foi exibida entre 7 de julho de 2000 e 30 de março de 2001, com um total de 39 episódios.

Durante a exibição da série original, a franquia ganhou também uma versão em mangá. Publicado na revista Comic Bom Bom, da editora Kodansha, entre 6 de julho de 1999 e 6 de junho de 2000. O sucesso da franquia ainda lhe rendeu outros jogos de videogames, sendo lançados para consoles como Game Boy Advance, GameCube e Nintendo DS.

Medabots para Game Boy Advance.

A distribuição ocidental da série ficou à cargo da empresa canadense Nelvana, que fez alterações em nomes de personagens e adaptou novos temas para abertura e encerramento dos episódios.

A trama se passa no ano de 2122, quando os robôs denominados Medabots serviam à humanidade, desenvolvendo os mais variados tipos de tarefas. Porém, entre as crianças, a função favorita para os robôs era a disputa de Cyberlutas. O protagonista da série era o garoto de 10 anos, Ikki Tenryou, sendo o único aluno de seu colégio a não possuir um Medabot, apesar de sempre pedir para que seus pais lhe dessem um de presente.

Certo dia, ao caminhar perto de um rio, Ikki encontra uma rara medalha. Tal peça era utilizada como a alma dos medabots, contendo suas habilidades e características. Esta medalha havia sido perdida pelo misterioso Fantasma Renegado. Mesmo sem um Medabot, o garoto guarda a medalha com muito cuidado.

Ikki já havia tentado comprar um Medabot na loja em que trabalhava o jovem Henry. Porém, o único exemplar que poderia comprar com suas economias era um antigo modelo KBT, que estava no estoque da loja há muito tempo por ser ultrapassado. Assim, o garoto prefere esperar para adquirir um modelo mais recente. Até que sua melhor amiga, Erika, a fotógrafa do jornal do colégio, se encontra em apuros com a terrível Gangue dos Roqueiros, fazendo com que ele tenha que reconsiderar e adquirir o velho Medabot para assim salvar a garota. Erika era a dona do Medabot Brass.

Henry, Metabee e Ikki.

A princípio, Ikki tem problemas com a personalidade forte de seu novo Medabot, a quem chamou como Metabee. O robô era muito teimoso e não queria obedecer às ordens de seu dono, devido as características contidas em sua rara medalha, que também lhe conferia uma Medaforça extraordinária. Com o passar do tempo as coisas começam a mudar, e a amizade entre garoto e seu robô começa a ganhar novos rumos, abrindo caminho para que Ikki se torne um grande medalutador e ambos participem do esperado Torneio Mundial de Cyberlutas.

Entre os personagens ainda se destacam Koji, um grande medalutador e rival de Ikki. A garota rica, Karen, por quem Ikki é apaixonado. O trio Samantha, Spyke e Sloan, conhecido como a Gangue dos Malucos. O irritante garoto Rintaro, que está sempre seguindo Ikki e Metabee. Dr. Aki, presidente da Corporação Medabot. O hilário Sr. Juiz, árbitro das cyberlutas que sempre surge dos lugares mais inesperados. Ainda os principais vilões da série, conhecidos como a Gangue dos Robôs de Borracha, liderada pelo Dr. Meda-Malvado, que está sempre em busca de medalhas raras.

No decorrer dos episódios surgem vários mistérios e revelações sobre o passado dos Medabots, que tinham ligação com a antiga civilização dos Medalorians. Algumas passagens marcantes envolvem o surgimento do Medalutador Espacial X e os temidos 10 dias de escuridão.

Mesmo sendo uma série contemporânea à Pokémon e Digimon, Medabots possui um estilo de animação que remete à animês mais antigos. Seus traços, longe de depreciar a produção, tornam a animação ainda mais simpática e interessante, apresentando um estilo próprio.

Erika, Ikki, Samantha e Koji com seus respectivos medabots.

A série estreou no Brasil em 19 de novembro de 2001 pelo extinto canal pago Fox Kids. A exibição ocorria no bloco Invasão Anime ao lado de vários outros títulos nipônicos. No ano seguinte chegou à TV aberta, pela Globo, estreando em 22 de abril no programa infantil TV Globinho com muito sucesso. Posteriormente, foi exibida também pelo extinto canal Jetix, que substituiu a Fox Kids em 2004. Consta que a série Medabots Spirits nunca foi exibida na TV aberta.

A dublagem ficou à cargo do estúdio paulista Mastersound. Contou com as vozes de Diego Marques como Ikki, Wendel Bezerra como Metabbe, Melissa Garcia como Erika, Silvia Suzy como Brass, Fábio Lucindo como Koji, Márcio Araújo como Henry, Gabriel Noya como Rintaro, Carlos Silveira como Sr. Juiz, Tatá Guarnieri como Fantasma Renegado, Luiz Laffey como Medalutador Espacial X, Walter Breda como Dr. Aki e Luiz Carlos de Moraes como Dr. Meda-Malvado. A narração ficou à cargo de Júlio Franco. O tema de abertura foi cantado por Nil Bernardes.

Vários produtos foram lançados no país, como bonecos, figurinhas (no chiclete Ping Pong Ploc), revistas de atividades, mangá (pela Editora Abril), fitas VHS e DVDs com os quatro primeiros episódios.







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